A estreia da terceira temporada do MasterChef Profissionais, nesta terça-feira (21/8), contou com a participação de um morador de Brasília. Transexual, o chef nascido em Formosa (GO) Thales Alves conquistou uma vaga entre os profissionais que disputarão o título da temporada e mais R$ 200 mil, R$ 1 mil em compras e uma cozinha equipada. Cada prova individual vencida dará R$ 1 mil em compras. As miniprovas darão R$ 500 em compras.
Pela primeira vez, as dolmas do MasterChef Profissionais foram decididas em disputas entre cozinheiros (às vezes em duplas, às vezes em quartetos), nos mesmos moldes já usados nas temporadas dos amadores. A tática deixou o programa mais dinâmico e matou as saudades (será que deu tempo de sentir saudades?) de provas como as caixas misteriosas, de vacilos como os chefs esquecerem de pegar ingredientes essenciais no mercado e da contagem regressiva mais angustiante da tevê brasileira. Ao todo os 26 cozinheiros disputarão 14 vagas oficiais — mas, a que tudo indica, vai rolar uma repescagem aí!
Para conquistar a vaga no MasterChef Profissionais, Thales Alves enfrentou Franklin Bin num prova de confeitaria. Eles tinham que escolher um ingrediente inusitado para ser a base da sobremesa entre coentro, gorgonzola, pimenta dedo-de-moça, bacon e wasabi. Em poucos segundos, a dupla escolheu o queijo azul. Thales mostrou que não tem papas na língua e criticou a sobremesa do adversário várias vezes — “se eu perder para uma gelatina de avó, vou ser zoado a vida inteira”.
A jurada Paola Carosella elogiou o sabor da sobremesa criada pelo morador de Brasília, goiabada com queijo numa base crocante, mas criticou a apresentação do doce. Mas a receita de Franklin, um cheesecake de gelatina de morango, foi mais criticada e perdeu a disputa.
Mais do que a sobremesa, a história de vida de Thales chamou a atenção dos jurados Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça, da apresentadora Ana Paula Padrão e dos colegas do chef goiano. Thales contou que nasceu em Formosa e que mora na capital federal há seis anos — “mais um da minha terra”, comemorou Ana Paula Padrão. Mas emocionou mesmo ao revelar que é um homem trans. “Ele nasceu mulher”, explicou uma cozinheira para um colega, no mezanino.
“A cozinha é o lugar em que eu mais me encontro. Aqui posso ser quem eu sou. Eu me sinto acolhido”, afirmou Thales, que continuou dizendo que resolveu falar isso no programa porque acha importante que as pessoas ouçam falar mais sobre o assunto e por considerar essa uma forma de quebrar o preconceito.
Como é tradição no MasterChef, antes de terminar o programa imagens do próximo episódio são mostradas. Ali, pudemos ver o chef André Rochadel, também de Brasília, cozinhando por uma dolma. Será que ele conseguiu?
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