Uma coisa que irritava muitas mulheres em Sex an the city, era o enorme estereótipo de mulheres que só sabiam falar, respirar e pensar em homens. Todas as ações do quarteto eram pautadas pela vontade de conseguir um homem. Ou vários homens, no caso de Samantha (não é a toa que ela era uma das favoritas hihi). Mas The bold type consegue quebrar essa barreira e entrega protagonistas muito mais inteligentes, ambiciosas e simpáticas.
A história se passa nos bastidores da fictícia revista Scarlet, baseada na Cosmopolitan, uma publicação norte-americana voltada para o público feminino, que há decadas pauta moda, conversas e relacionamentos entre o público jovem. As protagonistas são três garotas que se conheceram no início da carreira, quando elas ainda eram assistentes. O primeiro episódio segue a história quatro anos após elas iniciarem na empresa. Jane acaba de ser promovida para escritora, Kat é a diretora de mídias sociais, e Sutton segue como assistente, mas tem ambições muito maiores, apesar de não saber exatamente quais são.
Elas são a representação fiel das millennials, e por isso é tão fácil para o público jovem se identificar com elas. A luta para crescer profissionalmente em um mercado de trabalho saturado, a batalha para ser levada a sério em um mundo machista, os problemas nos relacionamentos (que continuam existindo, mesmo com as redes sociais, sexualidade fluida e encontros casuais).
O tema central de cada episódio gira um pouco ao redor dos temas sobre os quais Jane escreve. Ela é a mais insegura do trio, e também a mais inexperiente. Os casos vão desde “como stalkear o ex que não usa redes sociais” até “eu nunca tive um orgasmo”. Apesar do enredo ser bem batido (eu já avisei isso, lá no início do texto), é cativante. Quando ela conhece um futuro interesse romântico, imediatamente você já sabe que eles vão terminar o episódio se beijando. É previsível, mas ainda assim, gostoso de acompanhar.
A química entre as três garotas com certeza é o maior trunfo de The bold type. A amizade convence, as risadas, a cumplicidade, e acima de tudo a sororidade. Todas temos aquela amiga para quem ligamos quando estamos bêbadas demais, pensando em ligar para o ex, ou para quem desabafamos quando fazemos algo extremamente embaraçoso. Assistir a série é quase uma experiência nostálgica.
Kat, com certeza é a personalidade mais marcante da produção, uma jovem que abraça as causas em que acredita, segura de si, determinada, e que não aceita injustiças. Sutton é uma jovem ainda perdida, sem saber exatamente que caminho profissional quer seguir, mas que comemora todas as vitórias das amigas sem invejas.
No fundo, não tem como não se identificar um pouquinho com cada uma das garotas. E acho que assim como o mundo foi dividido entre Samanthas, Carries, Charlottes e Mirandas depois de Sex and the city, acho que logo, logo, devem aparecer os testes: quem é você em The bold type.
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