Com protagonistas fracos, O sétimo guardião tem outros atrativos. Confira!

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O casal Gabriel e Luz não emplacou. Mas não é o fim. Veja cinco motivos para você continuar ligado em O sétimo guardião!

Parece uma praga! Depois dos insossos Beto Falcão (Emilio Dantas) e Luzia (Geovanna Antonelli) de Segundo sol entram Gabriel (Bruno Gagliasso) e Luz (Marina Ruy Barbosa). O principal casal de O sétimo guardião padece do mesmo mal do anterior: falta (e falta muito!) empolgar o público.

É a tal “falta de química” de que a gente tanto fala. São dois bons atores ー gosto mais dele do que dela, geralmente ー , mas que, juntos, não estão funcionando. Marina está se esforçando e realmente em nada lembra a chata personagem que viveu na péssima Deus salve o rei. Bruno é bom ator, mas parece que está eternamente atordoado como Gabriel. Não dá nem pra dizer que é efeito do acidente porque ele está assim desde sempre.

E o quadro só piora para o rapaz porque é visível que o casal Gabriel e Laura (Yanna Lavigne) dá liga. Até na cena em eles se falam por telefone quando ela chega a Serro Azul isso é perceptível. E olha que Yanna está bem longe de ser uma grande atriz.

Mesmo com tanta falta de química entre os dois protagonistas, ainda há motivos para você continuar acompanhando a novela de Aguinaldo Silva, acredite! O Próximo Capítulo selecionou cinco.

Confira cinco destaques de O sétimo guardião

O gato
O gato León é uma das estrelas de O sétimo guardião. O felino tem roubado a cena de atores experientes, como Lília Cabral, a Valentina. Agora, se você quer ver León corre porque ele deve voltar a ser gente em breve. O Próximo Capítulo já dedicou um post ao animal. Confira aqui!

Os seis guardiões

Ana Beatriz Nogueira merece um papel como Ondina há muito tempo

O sétimo guardião, sabemos, é Gabriel e ele não convence muito. Mas os outros seis têm histórias interessantes ー uns mais do que os outros, é bem verdade. Fazia tempo que Ana Beatriz Nogueira merecia um papel de destaque no horário nobre. Isso acontece com a cafetina Ondina, que parece guardar um segredo além do que a fonte misteriosa de água. A atriz brilha em cena. Milhem Cortaz também está muito bem como o delegado Machado, que, na intimidade, usa calcinhas no lugar de cuecas. O prefeito Eurico, de Dan Stulbach, é uma boa oportunidade para Aguinaldo discutir corrupção e política de uma maneira leve. O núcleo familiar de Aranha (Paulo Rocha) discute alcoolismo e ainda tem uma inspirada Elisabeth Savalla a tiracolo. Os outros guardiões, Feliciano (Leopoldo Pacheco) e Milu (Zezé Polessa), ainda não despontaram, mas têm potencial.

Os shows de Elisabeth Savalla e Theodoro Cochrane

Theodoro Cochrane está no seu melhor momento na Globo como Adamastor

A gente já está acostumado a ver Elisabeth Savalla sendo apontada como uma coadjuvante de luxo. A beata Mirtes já tem lugar cativo na galeria de tipos inesquecíveis criados por ela. As cenas dela com a nora, Stela (Vanessa Giácomo), e com Ondina são muito boas. E ainda tem a implicância dela com o genro João Inácio (Paulo Vilhena). A beata, que de defensora dos bons costumes não tem nada, rende e muito à novela.

Quem também está muito bem é Theodoro Cochrane como Adamastor. Pela primeira vez, o rapaz tem destaque em uma trama e mostra que segura muito bem o rojão. Quando contracena com Carol Duarte (a Stefânia, também muito bem em cena) e com Ana Beatriz Nogueira, ele cresce ainda mais.

O texto de Aguinaldo Silva
Aguinaldo Silva é um ás da escrita para folhetim. Tiradas muito bem-humoradas ー a maioria delas dada a Lília Cabral (Valentina) e a Elisabeth Savalla ー fazem constante relação da situação de Serro Azul com a do Brasil atual. O paralelo ainda rende bons momentos ao prefeito Eurico. O dilema de Adamastor de se assumir ou não homossexual também rende boas tiradas, quase todas à moda Aguinaldo Silva de ser. Ou seja: sem se prender muito ao politicamente correto.

As referências a novelas antigas
À primeira vista pode parecer narcisismo. Mas e se for, quem liga? O fato é que é muito divertido acompanhar O sétimo guardião e se deparar com referências a outras tramas do autor, como Tieta, A indomada e Fera ferida. É para quem pode!

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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