Conheça séries que fazem uma boa representação LGBT

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Esqueça as séries que retratam a comunidade LGBT de forma caricata e estereotipada! Próximo Capítulo indica produções com boa representatividade

A presença de personagens homossexuais não é uma novidade no mundo das séries. No entanto, durante muito tempo esses papéis eram secundários e com uma representação estereotipada. Com o passar dos anos isso tem mudado, principalmente, nas produções feitas fora do Brasil. Ainda em celebração ao mês do orgulho LGBT, lembrado em junho, o Próximo Capítulo consultou pessoas da comunidade LGBT para indicar séries que fazem uma boa representação de gays, lésbicas, bissexuais e trans. Confira a seguir e já separe tempo para uma maratona!

Transparent, Glee e Please like me — Indicação do DJ Danillo Costa

No âmbito da televisão, a representatividade está cada vez mais constante, mas por questões comerciais. É necessário ter personagens LGBTs para se ter a audiência desse público. Então qualquer série americana hoje tem personagens fixos ou participações homossexuais, até mesmo as mais comerciais, como How to get away with murder, Quântico, American gods, Grey’s anatomy e Orphan black. Existe uma representatividade superficial, mas existe.

Mas temos ótimas séries que se aprofundam mais no assunto, como Transparent, Glee e Please like me. Nestas, a representatividade é bem consciente e didática. No Brasil, eu acho que ainda não temos bons representantes. A grande maioria dos personagens são caricatos e sexualizados, uma visão bem datada da nossa realidade.

Crédito: Tyler Golden/FOX. Blaine, Karofsky e Kurt, alguns dos personagens LGBTs de Glee

Transparent: A produção da Amazon é uma dramédia que tem como foco a história de Maura Pfefferman (Jeffrey Tambor), uma trans que precisa assumir aos três filhos sua identidade de gênero. A série possui três temporadas e, em sua trajetória, teve bastante reconhecimento em premiações.

Glee: O seriado, que durou seis temporadas, retratava o dia a dia de alunos que não se encaixavam nos grupos “padrões” dentro de um coral de uma escola norte-americana. A série se destacou pela diversidade e, claro, por retratar personagens principais de diferentes orientações sexuais, como Blaine (Darren Criss), Kurt (Chris Colfer), Santana (Naya Rivera), Brittany (Heather Morris), Dave (Max Adler), Dani (Demi Lovato) e Shannon (Dot-Marie Jones). A produção conseguiu representar gays, lésbicas, bissexuais e transexuais.

Please like me: O seriado australiano teve três temporadas e acompanhava a história de Josh (Josh Tomas), um jovem que após levar um fora da namorada começa a se aceitar como gay. A produção mostra mais sobre essa descoberta do protagonista.

The Fosters, Gracie and Frankie e Ellen – Indicação da professora Isadora Bernardes

A representatividade nas séries tem crescido, mas eu acredito que ainda não incorpora todas as letras do LGBT+, porque muita série acha que colocando um homem gay já traz representatividade.

Também sinto muita falta de personagens protagonistas lésbicas, gays e trans. Geralmente somos coadjuvantes. Mas admito que tem crescido muito. Temos séries hoje como Orange is the new black que tem uma representatividade lésbica bem alta. mas eu acredito que vamos ter uma verdadeira representatividade quando formos protagonistas de séries comuns e quando toda e qualquer série tiver pelo menos um personagem LGBT, afinal a gente existe, não só na prisão feminina, mas nas escolas, hospitais, lojas, bancos e etc.

The Fosters: A história gira ao redor de uma família formada por duas mães e seus filhos biológicos e adotados. A produção está na quarta temporada nos Estados Unidos e três delas já estão no catálogo da Netflix.

Grace and Frankie: Este drama cômico vem com um elenco de arrepiar. As personagens principais, que dão nome ao seriado, são interpretadas por Jane Fonda e Lily Tomlin. Elas são mulheres casadas, e seus maridos são grandes amigos. A série começa com a descoberta de que eles na realidade tem um caso, e por isso pedem o divórcio. A partir de então, as duas mulheres com personalidades completamente opostas são obrigadas a viver juntas.

Ellen: A série estrelada por Ellen DeGeneres que foi ao ar na década de 90, entrou para a história quando em 1997 a personagem (que também se chamava Ellen) e a atriz saíram do armário e assumiram ser lésbicas. De uma hora para outra, o programa que era um sucesso nos Estados Unidos, foi abandonado pelos fãs e bombardeado pela crítica, chegando a ser cancelado um ano depois. DeGeneres foi jogada no ostracismo, situação que lutou para converter, meta alcançada com muita competência. Prova disso é o sucesso do atual talk show da apresentadora.

Sense8 e Orange is the new black — Indicação da hair designer Gabriela Almeida

Temporada de Sense8 traz cenas gravadas no Brasil

Sense8: O seriado conta a história de oito pessoas que não se conhecem, são de países e cultura diferentes, e, subitamente, têm a mesma visão. A partir deste momento, quando compartilham a morte violenta de uma mulher, eles descobrem que estão todos ligados, tanto mentalmente quanto emocionalmente. Entre os oito personagens principais temos representantes LGBTs, além dos sensates compartilharem vários momentos íntimos.

Orange is the new black: A séria acompanha a jornada de Piper, uma bissexual que é presa por narcotráfico. Na cadeia, ela encontra sua ex-namorada e conhece diversas outras detentas, cada uma com um passado diferente que as levou até ali.

Por Adriana Izel e Luisa Ikemoto

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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