Camila Botelho - foto de Andre Hawk

Sem gostar de filme de terror, atriz Camila Botelho se desafia em Desalma

Publicado em Séries

Camila Botelho conta como é viver a protagonista da série Desalma mesmo morrendo de medo de filmes de terror. Ela interpreta Melissa na trama do Globoplay

Às vezes uma atriz tem que enfrentar os próprios medos para encarar uma boa personagem. Camila Botelho confessa que não curte muito assistir a filmes de terror, “por puro medo. Eu sou muito sensível às imagens e ver cenas de terror é algo que me abala de verdade. Fico com aquilo preso na memória e tenho muito pesadelo”, revela, aos risos.

Por isso, o sabor de ver a segunda temporada de Desalma no ar é ainda mais gostoso para Camila. Na caprichada série do Globoplay, Camila vive Melissa, uma das protagonistas da trama. Agora, ela volta com um desafio a mais, pois está possuída pelo espírito de Halyna. “Foi ainda mais especial porque a personagem teve uma reviravolta e cresceu bastante na história. Como Melissa volta possuída, é como se fosse outra personagem”, afirma, animada.

Melissa (Camila Botelho) e Halyna (Anna Melo)

Ainda na primeira temporada, Melissa já se mostrou uma personagem complexa, com várias nuances e não linear. Além disso, a jovem passa por um amadurecimento grande na trama. Para Camila, isso tudo só faz engrandecer o desafio de dar vida à menina. “Entender o que cada momento dela na história significa faz parte do processo de construção da personagem. É um trabalho gostoso de estudo, de pesquisa. O arco da Melissa foi particularmente interessante para mim porque foi uma experiência muito presente na minha vida: de mudança, transformação, amadurecimento e adaptação. É algo que eu vivi e continuo vivendo, porque estou sempre me mudando de casa, de cidade, de estilo de vida”, reflete.

Mas Camila ressalta que Desalma é mais do que uma série de terror, pois ela traz à tona toda uma cultura nórdica a qual não éramos apresentados. “É um tema muito interessante, pouco se sabe sobre a cultura dos descendentes de ucranianos no Brasil. Antes de fazer a série eu nem sabia que existia essa comunidade. E mergulhar nessa cultura é algo fantástico. Além disso, a série tem uma qualidade técnica maravilhosa, como a fotografia, que é lindíssima. Eu não esperava essa repercussão, apesar de ter achado o nível de qualidade da série altíssimo”.