Bruna Surfistinha, alcunha da DJ e escritora Raquel Pachecho, é, sem dúvidas, uma das (ex-) garotas de programa mais conhecidas do Brasil. Há mais de 10 anos, a paulista compartilhou sua história em um blog e também em seu livro de estreia, O doce veneno do escorpião — O diário de uma garota de programa. A história da jovem de 17 anos que deixou a vida de classe média alta para virar prostituta continua a ser produto de curiosidade, rendendo um filme, lançado em 2011, e, desde o ano passado, a série Me chama de Bruna, produzida pelo grupo Fox.
“Há uma década que essa pessoa (Bruna Surfistinha/Raquel Pacheco) está no imaginário do brasileiro. Existia um certo receio das pessoas achando que esse era um assunto esgotado. Mas a série veio para surpreender e mostrar que existe um outro olhar para essa história, um olhar que realmente se aprofunda”, analisa Maria Bopp, que dá vida à garota de programa no seriado. Após o sucesso da primeira temporada, que teve bons números no Brasil e em outros países da América Latina, estreia neste domingo (22/10), a partir das 22h45, no Fox Premium 1, a segunda temporada de Me chama de Bruna.
Na sequência, Bruna Surfistinha (Maria Bopp) está com 19 anos e em busca de novidades. Depois de se destacar como prostituta num bordel em São Paulo, a protagonista quer mais. Independente e morando em um flat, Bruna conhece o Paradise, casa de prostituição de luxo. “Ela percebe muito cedo que só contar com seus institutos não será o suficiente. Ela terá que descobrir as regras e as chaves desse novo lugar. Esse é o primeiro momento da temporada”, adianta Maria.
De acordo com a atriz, essa será uma temporada com episódios focados também na dubiedade de Bruna Surfistinha. “A gente passa a temporada inteira vendo o conflito dela de ser Bruna Surfistinha e Raquel Pacheco, que são pessoas completamente diferentes dentro de uma mesma”, completa.
Além de todo um novo contexto, os episódios introduzirão mais personagens, como Marcelo (Gabriel Godoy) e Miranda (Maitê Proença). “Veremos a Bruna se relacionando romanticamente com o Marcelo e também a busca dela pela fama por meio da Miranda. Também será uma temporada que entra mais no universo das drogas, que abre um buraco psicológico. Será uma sequência muito rica”, garante a atriz.
A personagem de Maitê Proença é a apresentadora Miranda, com quem Bruna terá um relacionamento afetivo, sexual e também de interesse. “É um envolvimento que está recheado de interesses por ambas as partes. A Bruna entende que ela representa uma possibilidade de projeção de sua própria imagem. E a Miranda vê na Bruna uma possibilidade de audiência e polêmica. A Miranda tem um papel fundamental no conflito dessa temporada: a dualidade de ser Raquel e Bruna”, afirma.
A história é baseada na vida de Raquel Pacheco. A segunda temporada ainda é fiel a acontecimentos da vida de Bruna ou começou a ter mais situações de ficção?
A série é baseada e inspirada na premissa da história de Bruna Surfistinha. Tudo o que aconteceu com ela, obviamente, temos na série. Mas os fatos e os eventos são bastantes ficcionais. Para se construir uma série é preciso criar outros enredos e núcleos para rechear essa história, por mais rica que seja. A ficção está aí para agregar e fazer a história crescer.
Me chama de Bruna teve uma ótima repercussão no Brasil e fora dele. A que atribui o sucesso da atração?
Acho que foi uma série que surpreendeu. Todo mundo já conhece a história da Bruna. Mas acho que o sucesso se deve a esse olhar fresco e novo sobre a Bruna Surfistinha.
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