Por Pedro Ibarra*
Versatilidade, inovação e amor pelo que faz são três características do ator Rodrigo Pandolfo. Conhecido primeiramente por viver Juliano na franquia Minha mãe é uma peça, o artista se dá bem com todo tipo de história. E, mesmo reconhecido pela comédia, não se acomoda. “Eu sempre tive a oportunidade de caminhar por todos os gêneros, seja no teatro, na televisão ou no cinema. É uma dádiva” resume ele, que agora vai se aventurar no drama em Verdades secretas 2.
Rodrigo viverá Benji, um traficante de elite, na produção que está em período de gravações. “Benji caminha entre dois mundos muito interessantes: de um lado, os negócios da noite, o pragmatismo, a ambição, a dificuldade de uma vida em risco; do outro, um ser humano que carrega dores profundas, um desejo enorme por liberdade e que, na tentativa desesperada de conquistar um lugar ao sol, cai na própria armadilha”, explica o ator sobre o personagem. “Tenho mergulhado em lugares mais ousados e encontrado caminhos incríveis”, exalta Pandolfo.
Por mais que agora esteja trabalhando em um drama, foi com a comédia que Rodrigo ficou conhecido, mais especificamente trabalhando com Paulo Gustavo, de quem era próximo. Ele classifica a perda do amigo como “um golpe para o Brasil”. “Estar ao seu lado nesse trabalho foi uma oportunidade valiosa de aprender muito como ator, mas, sobretudo, aprender que a vida é para ser celebrada diariamente, com muita leveza e alegria”, fala o ator sobre a experiência com Paulo.
Como tem sido as gravações de Verdades secretas 2 e o que o público pode esperar da produção?
Tem sido um deleite, um desafio muito prazeroso. Tenho nas mãos um personagem diferente de tudo o que já fiz anteriormente e que está me dando margem para experimentar um sabor totalmente inédito. O público pode esperar uma obra irretocável, feita com muito apreço, em que o bom gosto, a elegância e o suspense imperam na tela.
O que você pode adiantar do segundo título de Verdades secretas?
Posso dizer que essa nova versão vem ainda mais radical, livre e bela. É uma nova era, um mundo quase futurista, porém, muito próximo. Questões superatuais e relevantes estão sendo apresentadas com muita inteligência pelo autor e pela direção. Estou ansioso pra assistir!
Como tem sido as gravações no tal “novo normal”? Como é estar de volta ao trabalho após tanto tempo?
O “novo normal” tem sido mais saboroso. Primeiro pela calma das gravações…estamos seguindo protocolos super-rigorosos e, naturalmente, um novo tempo, o que é superpositivo para todos. E segundo, pela felicidade de estar trabalhando neste momento tempestuoso, sobretudo numa obra tão especial e aguardada, como Verdades Secretas 2.
Você é um ator que transita muito bem entre a comédia e o drama. Como essa sua habilidade tem sido explorada em seus trabalhos recentes?
Essa questão é muito interessante, pois o mercado facilmente encaixa o artista em uma determinada gaveta que, muitas vezes, não é a gaveta que ele se sente mais confortável e potente. No meu caso, embora a grande popularidade tenha vindo de Minha mãe é uma peça, eu sempre tive a oportunidade de caminhar por todos os gêneros, seja no teatro, na televisão ou no cinema. É uma dádiva. Nos últimos trabalhos, tenho descoberto uma chave que muda tudo: a humanidade. Qualquer personagem, independentemente do gênero, tem falhas, é vulnerável, é imperfeito. Essas têm sido qualidades que venho explorando bastante no meu trabalho ultimamente.
Você interpretou Juliano na franquia Minha mãe é uma peça ao lado de Paulo Gustavo, que perdemos de forma tão triste há poucos meses. Qual foi a importância de Paulo para sua carreira?
Perder o Paulo foi um golpe para o Brasil, uma puxada de tapete severa… triste demais. Ele emprestou a sua história para ajudar milhares de pessoas e o fez com muito êxito. Foi um artista brilhante e vai fazer muita falta. O Paulo me deu um dos maiores presentes da vida: Minha mãe é uma peça. Estar ao seu lado nesse trabalho foi uma oportunidade valiosa de aprender muito como ator, mas, sobretudo, aprender que a vida é para ser celebrada diariamente, com muita leveza e alegria.
Qual o legado que ele deixa?
O Paulo representa a liberdade, o dinamismo, o otimismo, o futuro, o amor. Foi uma força que foi, mas ficou, nos deixando uma coragem brutal de ser quem se é; sem medo, sem dúvida, com firmeza, verdade e integridade.
*Estagiário sob a supervisão de Sibele Negromonte
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