“É como voltar para visitar a nossa família”. A frase do ator Rafael Infante resume o momento que ele vive na carreira, com o regresso ao elenco do Porta dos Fundos. “Acho que a única diferença mesmo é o momento que vivemos. Com a quarentena, tivemos que adequar tudo para poder a continuar a fazer um trabalho de qualidade, que chegue ao público e seja entendido”, reflete.
Rafael conta que tiveram que se adaptar aos tempos de coronavírus: “Temos que adaptar o roteiro para que possa ser feito em casa, sem perder a qualidade de humor que o Porta sempre trouxe. Fazemos nossas reuniões e finalizamos o roteiro de forma remota. Depois gravamos os vídeos de casa mesmo.”
A volta de Rafael à trupe foi em alto estilo, bombando na internet como Carlinhos Avelar. “Ele quer dar a notícia, mas sempre dando uma resumida na situação. O grande barato dele é que ele tem humor na hora de falar, isso diferencia um pouco”, define o comediante. Carlinhos é aquele personagem que se enrola todo ao contar uma história e acaba não passando a mensagem.
Mais do que divertir, para Rafael, a comédia tem a função de manter nossa sanidade mental em dia. “Existe muita pressão e várias dúvidas nas cabeças de todos nós e para não pirarmos é bom ter essa ‘janela’ que nos ajuda a respirar e seguir em frente de forma mais leve”, explica.
Leia a seguir a entrevista completa com Rafael Infante, na qual ele fala sobre quarentena, Porta dos Fundos e relembra a estreia em novelas, como o Pablo de Bom Sucesso.
Como foi voltar ao Porta dos fundos? Sente alguma diferença entre essas duas passagens pelo grupo?
É como voltar para visitar a nossa família, pois é assim que me sinto. Todos foram muito receptivos. Acho que a única diferença mesmo é o momento que vivemos. Com a quarentena, tivemos que adequar tudo para poder a continuar a fazer um trabalho de qualidade, que chegue ao público e seja entendido.
O Carlinhos Avelar fez grande sucesso nessa volta. Qual é o segredo do personagem?
Acho que o Carlinhos não tem muito segredo. Na verdade, ele é até bem comum. Sabe quando a gente quer explicar uma situação e ela tem tantos desdobramentos que acabamos por querer resumir tudo? Assim é o Carlinhos Avelar, que quer dar a notícia, mas sempre dando uma resumida na situação. O grande barato dele é que ele tem humor na hora de falar, isso diferencia um pouco.
Com tantos anos de carreira você já consegue “prever” o que vai dar certo no ar?
Acho que não dá para “prever”. O que fazemos é tentar ao máximo acertar, pois sempre queremos que o público se identifique com o nosso trabalho.
Como estão sendo as gravações em tempos de isolamento social?
Nos adaptamos a essa situação, fazemos nossas reuniões e finalizamos o roteiro de forma remota. Depois gravamos os vídeos de casa mesmo. Por isso, temos que adaptar o roteiro para que possa ser feito em casa, sem perder a qualidade de humor que o Porta sempre trouxe.
Estamos passando por um momento difícil com a pandemia de coronavírus. Como a comédia pode ajudar a superar isso?
Acredito que a comédia, assim como outras formas de entretenimento, tem um papel bem importante nesse momento. Existe muita pressão e várias dúvidas nas cabeças de todos nós e para não pirarmos é bom ter essa “janela” que nos ajuda a respirar e seguir em frente de forma mais leve.
Como está sendo sua quarentena?
Além de continuar a trabalhar, tanto no Porta quanto em projetos pessoais, tenho aproveitado ao máximo o tempo com a minha esposa e minha filha, isso ajuda a passar por esses dias tão longos às vezes.
Você estreou em novelas em Bom sucesso. Como foi a experiência? Há mais novelas em seus planos?
Foi uma experiência maravilhosa, estava junto a grandes profissionais e também com amigos de longa data, como a Ingrid Guimarães. Então foi uma delícia. Se houver convites para novas novelas eu iria adorar fazer.
Seu personagem na novela era homossexual e tinha um namorado. Vocês protagonizaram o primeiro beijo gay do horário. Como foi a recepção do Pablo por parte do público? Sentia mais carinho ou rejeição?
A recepção foi ótima e não poderia ser diferente, pois não foi nada mais que duas pessoas que se amam demonstrando afeto. Sempre senti o carinho do público, seja nas redes sociais ou nas ruas, se houve rejeição, acho que não chegou em mim, sei que existe, mas é tanta energia positiva que essa outra vibe não chega até nós.
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