Melhores episódios de 2020
Melhores episódios de 2020 Créditos: Netflix/Reprodução - Netflix/Reprodução - HBO/Reprodução Melhores episódios de 2020

Retrospectiva: Os 10 melhores episódios de 2020

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A já tradicional lista do Próximo Capítulo destaca as produções que mais brilharam em um ano tão conturbado

A reta final de 2020 é uma oportunidade de olhar para trás. Aqui no Próximo Capítulo, anualmente montamos uma lista com os melhores episódios das produções do ano. Dessa forma, podemos avaliar o ápice de cada série. E em 2020, diferentemente de 2019, o ranking teve uma presença imponente da Netflix, porém quem brilha no 1º lugar não é o streaming do “N” vermelho. Confira a lista!

10º lugar: The view from halfway down (6×15) — BoJack Horseman (Netflix)

A segunda parte da sexta e última temporada da produção criada por Raphael Bob-Waksberg chegou à Netflix em 31 de janeiro, trazendo um episódio de despedida para não se esquecer. A ironia e a metáfora de BoJack são características da produção e estão fortes The view from halfway down. No 15º episódio, a ligação com a morte, o passado, e de certa forma, o futuro, elevaram o grau de intelectualidade — sem perder a diversão — a um patamar que deu gosto. Um marco para os fãs.

9º lugar: Trouble don’t last always (Especial) — Euphoria (HBO)

O nono lugar foi travado em árdua batalha entre o piloto de Your honor e a primeira parte do especial de Euphoria. Mas a produção da HBO levou a melhor. É importante citar o embate para deixar claro que aqui não é necessariamente a qualidade técnica que vingou, mas o conjunto, e especialmente, a mensagem do capítulo. Se uma ganhadora do Emmy, no caso de Zendaya, não é o suficiente (tudo bem, Your honor também tem Bryan Craston como detentor de algumas estatuetas), Trouble don’t last always entrega uma sensibilidade e uma intensidade que muitas vezes é perdida na televisão, cada vez mais refém de algoritmos e lógicas matemáticas que perseguem a audiência. Um grande destaque no fim de 2020.

8º lugar: What I know (2×8) — The Boys (Amazon Prime Vídeo)

Entre muito sangue, bizarrice e piadinhas, The Boys entrega discussões atuais e uma “personalidade” singular. O episódio de conclusão do segundo ano que o diga. What I know mostrou como é importante os personagens evoluíram ao longo da história e entregou toda a bagunça que os fãs tanto curtem.

7º lugar: Adam und Eva (3X3) — Dark (Netflix)

Dark foi o grande sucesso de 2020. A produção alemã jogou muito na mesa (desde viagem do tempo, até mudança de passado, presente e futuro) e acabou conseguindo amarrar (pelo menos a maioria) das pontas e dos suspenses que lançou ao longo da breve trajetória de três temporadas. O destaque do terceiro episódio (dos últimos oito) fica com a percepção de controle e organização da série ao revelar o grande “vilão” em contexto que alguns já suspeitavam, mas que não deixou de ser surpreendente.

6º lugar: Fire pink (3×9) — Ozark (Netflix)

Ozark está quase no fim, e com apenas mais uma temporada para a conclusão das “aventuras” da família Byrde, havia uma grande expectativa no terceiro ano da produção. E se no começo, alguns tropeços e repetições chegaram a incomodar, a reta final da temporada colocou importantes personagens “na parede” e surpreendeu. Em Fire pink, o penúltimo episódio da sequência, uma nova dinâmica foi proposta. Como a própria série defende: amigos se tornam inimigos e a família é sempre imprevisível.

5º lugar: Episode 6 (6)a teacher (FX/Hulu)

A produção criada, escrita e dirigida por Hannah Fidell estreou na nova parceria da FX e do Hulu nos Estados Unidos em novembro. A proposta é ousada: apresentar um romance proibido (e ilegal) entre uma professora de ensino médio e um aluno. A abordagem de a teacher é o grande trunfo. Com um mergulho em traumas e abusos psicológicos de poder, ao longo de 10 episódios, a série tem um ritmo ágil (mas não atropelado). O destaque do 6º capítulo da história fica com a chocante revelação pública da “relação” e as consequências do ato.

4º lugar: Episode 9 (9)Normal people (BBC/StarPlay)

A produção da BBC britânica (no Brasil disponível pelo streaming StarPlay) é uma daquelas memoráveis. A princípio, o romance entre Marianne (Daisy Edgar-Jones) e Connell (Paul Mescal) parece mais um recheado de clichês e superficialidade. Mas ao longo da série (e da vida de ambos), a narrativa entrega os mais sutis e profundos dilemas da individualidade, da descoberta, do amor próprio e do amor ao outro. Se destaca no 9º episódio (de um total de 12), um momento decisivo para Marianne, que “se encontra” ao se “se perder” totalmente.

3º lugar: God Blessed Texas (1) — Cheer (Netflix)

Em uma ambígua (mas eficiente) mistura de gêneros, Cheer apresenta o encontro de documentário com série que chamou a atenção no começo do ano: em 8 de janeiro. Sob uma perspectiva dos próprios “personagens”, a produção investiga como funciona o mundo profissional dos líderes de torcida norte-americanos sob o comando da forte Monica Aldama. O piloto introduz todo esse universo do limite do corpo e da razão humana entre jovens quem nem sempre tem o trabalho exaustivo que realizam valorizado.

2º lugar: Pilot (1) — Defending Jacob (Apple TV+)

Uma superprodução da estreante Apple TV+, Defending Jacob prometia muito, e acabou entregando. Toda a minissérie tem um desenvolvimento muito eficaz, e por mais que o tema já seja bem saturado, a narrativa abordou novos “pontos de vistas” para o tradicional “Quem é o assassino?”. No destaque, o piloto de Defending Jacob apresentou o que a maioria das séries têm mais dificuldade: uma introdução que não perde tempo, não se atropela e ainda destrincha o psicológico dos personagens de forma cativante.

1º lugar: Episode 11 (11) — Normal people (BBC/StarPlay)

Violência, opressão, amor e liberdade. Temas que passaram uma vida inteira no subconsciente de várias gerações humanas fazem parte do turbilhão de substantivos que Normal people — de forma quase brilhante — aborda no penúltimo episódio da saga. É a natureza humana entre tantas falhas e alguns acertos.

A abordagem antissensacionalista do 11º episódio, sobre um prisma geral, foi uma lição que Normal people deixa em uma televisão onde as coisas parecem tão extremas a todo o momento.