Por Patrick Selvatti
Amanda Azevedo, a Luiza de De volta aos 15, não liga muito para o passado. Ao contrário da personagem Anita, dividida por Maísa Silva e Camila Queiroz na série da Netflix, a atriz de 26 anos está focada lá na frente. “Sou uma pessoa que olha mais pro futuro”, afirma.
Na produção, Amanda vive a irmã da protagonista na adolescência. Ela divide o papel da mocinha exemplar que, na verdade, é reprimida pelos valores da mãe até que, na fase adulta, já na pele de Mariana Rios, ela se torna uma mulher infeliz. “É interessante como a Luiza traz essa reflexão da menina que se reprime pra se encaixar num estereótipo feminino limitante”, observa a leonina, nascida em Santos, litoral de São Paulo.
Confira o bate papo* com o Próximo Capítulo:
Sou uma pessoa que olha mais para o futuro. Mas, quando me sinto na dúvida de certos caminhos ou um pouco insegura, gosto de relembrar momentos parecidos que já atravessei no passado e então resgatar aquela coragem. E também adoro os momentos nostálgicos de ouvir as músicas, relembrar das histórias e de como as coisas mudaram.
Se pudesse estar “de volta aos 15”, o que você gostaria de mudar na sua jornada e como faria diferente?
Me cobraria menos e curtiria mais. Acho que eu me preocupava muito com as coisas, com a opinião dos outros e acabava me bloqueando e me sobrecarregando um pouco. Foi aí que o teatro virou meu lugar de expressão, me sentia protegida pela personagem e assim conseguia me soltar.
Como foi gravar uma série em plena pandemia, repleta de restrições?
A primeira temporada foi bem desafiadora, tivemos poucos ensaios e muitas restrições de convívio. Na segunda temporada já estava mais flexível, então conseguimos ficar mais próximos como elenco, ganhar mais espaço de preparação, saímos muito juntos e assim criamos uma intimidade maior que acredito que transparece na tela.
Sendo filha única, lamenta o fato de não ter irmãos?
Hoje não. Estou super acostumada a ter meu espaço e tenho melhores amigas de infância que são como irmãs pra mim. Mas adoro observar de perto as relações de irmãos. O bom é que na minha profissão eu posso experienciar isso, mesmo que na ficção, como em De volta aos 15 com a Maisa. Foi muito divertido construir isso com ela.
Sua personagem traz uma reflexão sobre o silenciamento feminino. Como tem algum tipo de atuação feminista? Acha importante levantar essa bandeira em seus trabalhos?
Acho importante, o feminismo é uma pauta que está frequente no meu dia a dia, no meu olhar pras relações, no trabalho. A arte está aí para abrir diálogos, pra gente se questionar, se reconhecer, e no que eu puder fazer pra contribuir com esse movimento, eu farei. É interessante como a Luiza traz essa reflexão da menina que se reprime pra se encaixar num estereótipo feminino limitante e que na segunda temporada, quando vai em busca da sua autodescoberta, ela se torna muito mais radiante e confiante.
Como tem sido a repercussão nas suas redes sociais?
Estou bem feliz que o público adorou a evolução da Luiza (minha personagem) na segunda temporada, virou uma das queridinhas da internet. A galera se apaixonou pela transformação dela e o vídeo do novo visual está batendo quase 1 milhão de reproduções no instagram, fora a quantidade de edits dos fãs e comentários falando dela. Estou adorando! A série como um todo foi muito bem recebida.
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