O Masterchef desta terça-feira (28/7) contou com cozinheiros que entraram no jogo e ainda explorou a emoção deles, na medida do possível
Parecia até o MasterChef das antigas. Adaptado ao novo formato, com apenas oito participantes por semana, o reality teve nesta terça-feira (28/7) o primeiro episódio da nova fase em que elementos do programa nos foram servidos: histórias emocionantes, trapalhadas na cozinha, treta entre participantes e pratos saborosos. Dava até para achar que estávamos de volta ao normal.
O aperitivo veio antes da disputa, quando a apresentadora Ana Paula Padrão contou um pouco da história de vida de alguns participantes e explorou bem o lado emotivo de Sara, que tenta participar da competição desde a primeira temporada; e de Renan e Fernanda, que levaram terços para representar a avó deles. Aliás, rolou uma química entre os jovens ー seria um casal ou pelo menos uma dupla de aliados, caso houvesse mais tempo.
Nas duas provas que se seguiram os aspirantes a MasterChef mostraram logo que a regra era clara: tudo é permitido para atrapalhar o oponente em nome do jogo. No leilão, vale dar lances para carnes que você não quer apenas para ver o coleguinha perder tempo, né Renan? Não tem problema ignorar que a amiga está triste porque pegou água de coco achando que era leite. E, na hora da vantagem da prova eliminatória, também pode fingir que não ouviu a preferência do companheiro e tirar dele justamente o item que ele preferia, não é mesmo, Juliana?
Mas teve momentos fofos, embora perigosos em tempos de pandemia, como troca de ingredientes entre participantes que se esqueceram de pegar ovo, por exemplo.
Saiba como foram as provas do MasterChef desta terça (28/7)!
A primeira prova da noite foi o leilão de carnes — tradição no MasterChef. Sob o comando de Ana Paula Padrão, os participantes foram dando lances de tempo a ser descontado na prova e arrematando peças de picanha (Tiago, que nunca havia feito picanha na vida), prime rib (Pedro), bochecha (Renan, outro que nunca havia trabalhado com o corte), chorizo (Fernanda), filé-mignon (Valter, que teve apenas 10 minutos para cozinhar devido à acirrada disputa), maminha (Alessandra), shoulder (Juliana, que nunca tinha nem ouvido falar do corte, mas não queria ficar para o final) e fraldinha (Sara).
Os cozinheiros amadores tinham que fazer a carne brilhar com um acompanhamento e um molho. Os três minutos do mercado foram, mais uma vez, o momento em que o isolamento social foi menos respeitado (fora um tapinha no ombro de Jacquin que Fogaça deu ao avaliar os pratos). O interessante é que os alimentos se encontravam condicionados em embalagens higienizadas e talvez estejam mal caracterizados, o que pode explicar que duas cozinheiras tenham confundido água de coco com leite e a outra não soubesse que queijo estava dentro do pacote.
Na hora da avaliação, Érick Jacquin, Paola Carosella e Henrique Fogaça tiveram uma dúvida ー seria a prova do limão, pois quase todos usaram o ingrediente ou no molho ou de alguma outra forma? ー e uma certeza: o cítrico não combina com aquelas carnes, salvo as exceções. O ponto da carne foi o grande desafio para os competidores e para os jurados também. Paola não quis comer o prime rib cru de Pedro (ela passou na bancada do rapaz antes e disse que ele estava planejando o tempo errado… custava ouvir a especialista em carnes, jovem?) e Jacquin cuspiu o filé-mignon bem passado de Valter. Além deles dois, deixaram a competição Sara e Tiago.
Em compensação, Juliana e Renan ouviram muitos elogios do trio. Alessandra agradou Paola e Fogaça e desagradou Jacquin pelo mesmo motivo: fez “comida de mãe”. No fim das contas, Juliana foi a melhor e levou uma vantagem para a prova seguinte, disputada, ainda com Fernanda.
Em seguida, Juliana, Renan, Alessandra e Fernanda descobriram que o próximo desafio era servir uma massa fresca recheada com molho. Paola Carosella deu uma aula para os cozinheiros que levou Renan às lágrimas. A vantagem de Juliana era escolher a massa que cada um faria. Renan estava ao lado dela e comentou que gostaria do capeletti. Anotado, viu?
Na hora da distribuição, Juliana ficou com o ravioli para ela e deu para Alessandra o capeletti ー mas não era pro Renan?. O rapaz acabou com caneloni e Fernanda teve que fazer rondelli. Depois Juliana ainda tentou dar uma de arrependida dizendo que entendeu que Renan queria qualquer massa, menos o capeletti. Será?
O fato é que o rapaz se reergueu, fez uma massa bonita e era apontado pelos jurados como o mais organizado e o que estava trabalhando melhor. Isso até o momento de empratar. Com medo de servir massa fria para os jurados, Renan demorou a começar o processo e os canelones começaram a quebrar e isso o deixou desesperado. Sem tempo e sem calma, Renan não montou um dos três pratos e foi eliminado antes mesmo de a receita dele ser provada.
Juliana deve ter ficado arrasada, né? Mas não foi dela a melhor receita. A mineira até tentou impressionar falado nomes de molhos estrangeiros ー todos deliciosamente errados. Mas quem levou a melhor mesmo foi Alessandra. Mordida pelas críticas de Jacquin na prova anterior, ela se superou e fez um capeletti digno do troféu MasterChef.