depoisdouniverso Cena do filme Depois do universo | Foto: Natalia Odenbreit/Netflix Cena do filme Depois do universo

Netflix apresenta ‘Depois do universo’, novo romance brasileiro

Publicado em Filmes

O longa dirigido por Diego Freitas e protagonizado pela cantora Giulia Be e o brasiliense Henry Zaga chega na próxima sexta (28/10)

Por Pedro Ibarra

O amor surge na busca por expressão. Este é o mote do longa Depois do universo, produção da Netflix, dirigida por Diego Freitas, que chega à plataforma na próxima sexta-feira. A história mistura amor, música e o drama pessoal de um relacionamento improvável.

A trama segue Nina, personagem da estreante Giulia Be, uma jovem pianista que está em tratamento de lúpus, na fila para receber um transplante de rim, e acaba criando uma conexão intensa com Gabriel, vivido por Henry Zaga, um dos médicos que está cuidando do caso dela. A relação faz com que ela volte a seguir o sonho na música, em um desenrolar de uma bonita paixão.

A história emocionante vai para além das telas, já que esse filme é especial para ambos os protagonistas. Be, cantora indicada a Artista revelação no Grammy Latino de 2021, atua pela primeira vez em um longa, e Zaga faz o primeiro papel em português da carreira, que até então se concentrou em produções internacionais, como 13 reasons why e Os novos mutantes.

Giulia comemora a personagem que a apresentou para o mundo dos cinemas e streaming. “Ter conquistado a oportunidade de viver a história da Nina neste filme foi uma das realizações mais gratificantes da minha vida — eu me doei por inteira e evoluí muito, como artista e pessoa”, pontua.

A atriz e cantora ainda exalta a possibilidade de viver a própria arte de diversas formas. “Tenho um amor incondicional pela arte, em todas as suas formas, e esse processo foi um passo fundamental para entender como seguir traçando a minha trajetória da maneira mais autêntica possível daqui pra frente, sempre me arriscando a alçar grandes voos e encarar novos desafios”, conta.

O brasiliense Henry Zaga lembrou que o longa o salvou da fossa que estava sentindo durante toda a pandemia. “Estava em casa, no Brasil, muito preocupado, sem saber quando teríamos vacina, algum sinal de trabalho ou de voltar à rotina, enquanto me deparava com a mortalidade e a vulnerabilidade de todos ao meu redor”, recorda o artista, que diz ter sido salvo dessa tristeza ao receber um áudio do diretor com a história do filme.

“Uma história de esperança, resiliência, amor e música. Foi um presente e que ainda reforçava muito intimamente a minha relação com essa profissão. Escolhi o ofício de ator com o sonho de inspirar, informar e emocionar os outros, assim como essa história de Diego Freitas e muitas obras cinematográficas influenciaram a minha vida”, conta.

Duas perguntas para Diego Freitas

O que este longa traz de novo no contexto cinematográfico brasileiro atual, principalmente no que diz respeito ao streaming?

Um cinema popular com qualidade técnica e artística é o meu maior desejo como realizador no Brasil. É muito importante mostrarmos para o mundo a potência das nossas histórias e o talento do brasileiro na realização das nossas ideias. Temos estrutura técnica e grandes profissionais no Brasil e é uma alegria saber que podemos ser competitivos com filmes americanos, europeus, asiáticos… E isso é muito bom, porque resolve um grande problema do cinema brasileiro, que é a distribuição. O filme chega nas pessoas e acaba encontrando seu público. Isso nos força a pensar globalmente. Tenho orgulho de dizer que o Depois do Universo é um primor técnico, feito com talento 100% brasileiro. Para além da produção, o filme traz à tona assuntos muito importantes, como a conscientização sobre o lúpus e a hemodiálise, temas inéditos na nossa filmografia. Tudo isso embalado em muita música e romance.

Como foi o trabalho com a Netflix? Você teve a liberdade para entregar a produção que queria?

A Netflix me deu total autonomia criativa para construir essa história, que nasceu de uma forma muito íntima no meio da pandemia. Mais do que isso, encontrei uma parceira criativa que sempre procurou defender e trazer o melhor para o filme. Sejam nas escolhas artísticas, como ter grande parte da minha equipe desde O Segredo de Davi nas funções principais, seja na estrutura de filmagem de ponta, gerenciada pela Camisa Listrada. Eu torço para que, cada vez mais, a Netflix e os outros streamings continuem a investir no cinema brasileiro. Muitas histórias ainda precisam ser contadas e talentos serem descobertos. O público tem respondido com muito entusiasmo e nosso mercado tem se fortalecido.