MAYANS M.C. -- Pictured: JD Pardo as EZ Reyes. CR: Prashant Gupta/FX Crédito: Prashant Gupta/FX

Mayans M.C., spin-off de Sons of Anarchy, traz refências da série original em formato mais cru

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Estreia nesta sexta-feira (9/11), às 20h na Fox Premium 2, a série Mayans M.C.. Leia crítica do primeiro episódio!

Exibida entre 2008 e 2014 nos Estados Unidos, a série Sons of Anarchy se tornou um sucesso ao retratar, pela história do protagonista Jax Teller (Charlie Hunnam), a rotina de tráfico e da criminalidade nos motoclubes nos EUA e no mundo, sob o ponto de partida da Samcro (Sons of Anarchy Motorcyle Club, Redwood Original) e da família Teller.

Após sete temporadas no ar, a atração encerrou a sua história e deixou “gostinho” de quero mais, além de uma possibilidade de produções derivadas pela quantidade de personagens e motoclubes explorados ao longo dos seis anos de trajetória. E foi exatamente isso que aconteceu neste ano. Kurt Sutter, produtor-executivo e criador de Sons of Anarchy, coproduziu Mayans M.C., o spin-off da produção, que estreia nesta sexta-feira (9) no Brasil.

Mayans M.C., como o próprio nome diz, acompanha o cenário do motoclube Mayans Motorcycle Clube, que apareceu diversas vezes em Sons of Anarchy. Formado por latinos ou descendentes, a gangue de motoqueiros controla parte da Califórnia e de Nevada e é comandada pelo presidente Marcus Álvarez (Emilio Rivera), o “padrinho”.

Crédito: Prashant Gupta/FX

Apesar de acompanhar os Mayans, a série não se foca no grupo específico de Álvarez, mas em uma ramificação que fica na fictícia cidade de Santo Padre, em que Ezekiel Reys (J.D. Pardo), um aspirante a um cargo no grupo, é o personagem central. Depois de um tempo na prisão, o jovem sai da cadeia e, por intermédio do irmão, entra no motoclube.

O primeiro episódio serve para colocar o espectador a par do contexto da série. Por isso, o capítulo mostra que, em Santo Padre, os Mayans são responsáveis por fazer o transporte de drogas do cartel local e tudo isso por meio de roupas feitas em uma confecção. Além disso, o piloto aproveita para centrar o espectador sobre o novo protagonista.

Ezekiel é o tipo de personagem que não gostaria de estar na situação em que está. Na adolescência, ele tinha uma namorada Emily Thomas (Sarah Bolger) e sonhava em casar com ela. Porém, acabou sendo preso e esse sonho foi por água abaixo. O problema é que, agora, Sarah retorna à vida dele pelo fato de estar casada com Miguel Galindo (Danny Pino), o empresário à frente do cartel que está envolvido com os Mayans, logo num momento em que Ezekiel se vê em crise entre a fidelidade ao motoclube ou ao irmão.

Crítica de Mayans M.C.

Mayans M.C. consegue ser ao mesmo parecida e diferente de Sons of Anarchy. Os sussurros do protagonista Ekeziel lembram o de Jax. Porém, os personagens são bem diferentes. Enquanto Jax era um membro importante do motoclube, Ezekiel é apenas um “estagiário”. E, claro, o contexto de cada um deles é diverso. Jax tinha todo o drama familiar centrado na figura do falecido pai, além da mãe e da namorada. Já Ezekiel traz os problemas de um personagem vindo de uma família de latinos e que acaba numa realidade sem ter uma escolha de verdade.

Crédito: Prashant Gupta/FX

Para os fãs de Sons of Anarchy, o episódio inicial de Mayans M.C. faz questão de dar um agrado mostrando personagens da série original, além de Marcus Álvarez, quem aparece é — a amada e odiada — Gemma Teller Morrow (Katey Sagal), mãe de Jax e esposa de Clay Morrow (Ron Perlman).

Apesar da escolha narrativa ser um pouco diferente, o visual de Mayans M.C. bebe da fonte de Sons of Anarchy e a violência, que era constante na trama original, também está presente no spin-off, porém tudo isso é feito de uma forma mais crua.

Pelo episódio inicial é difícil ter uma opinião fechada sobre Mayans M.C.. A série ainda está muito ligada e referenciada a original. É preciso ver se ao longo da primeira temporada a série consegue dar liga, tanto em relação aos personagens quanto à trama. Pela estreia, o seriado tenta, já que deixa um cliffhanger no final do episódio e apresenta um grupo que enfrenta o cartel e, consequentemente, o motoclube, Los Olvidados.