Matheus Costa vive Peppe na novela Amor sem igual
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Matheus Costa fala sobre sonhos como o Peppe de Amor sem igual

Publicado em Entrevista

O ator Matheus Costa começou a carreira ainda criança e, agora, encara o primeiro papel adulto na tevê: o Peppe da novela Amor sem igual, da Record. Ao Próximo Capítulo, ele fala sobre sonhos e sobre cinema. Confira!

O ator Matheus Costa e Peppe, personagem que ele vive na novela Amor sem igual, têm o fato de acreditarem em sonhos em comum. E, por essas coincidências da vida, Peppe quer ser jogador de futebol, profissão que Matheus já quis ter, quando criança.

“Já quis ser jogador de futebol, fiz escolinha do núcleo do Vasco e tudo. Eu era bem pequeno, gostava muito de jogar na lateral esquerda”, revela o ator, em entrevista ao Próximo Capítulo.

Mas Matheus sabe que a importância de Peppe não é abordar apenas o universo esportivo. É maior. É dar asas aos nossos desejos, especialmente no início do ano. “Falar sobre sonhos em um momento em que as pessoas não acreditam nem umas nas outras é poder dar o recado de que alguma coisa está fora da ordem. Todo início de ano fazemos planos, metas, sonhamos com dias melhores. Nada é impossível, basta seguir o caminho certo e estar sempre aberto para as oportunidades que surgem. E, se por algum motivo, não tiver essa oportunidade, nunca deixar de sonhar, de acreditar”, reflete.

O sonho de Matheus de entrar em campo foi, naturalmente, se transformando no sonho de entrar em cena, seja na televisão, seja no cinema, seja nos palcos. O menino que encantou o Brasil como o Rique de América (2005) e como o Sushi de Cobras & lagartos (2006) já tem 21 anos e uma certeza: a arte é o caminho a ser seguido por ele.

Ele descobriu isso ao viver Chico Xavier quando jovem no filme que leva o nome do médium brasileiro: “Foi a minha primeira experiência intensa de laboratório para o personagem. Mudei o cabelo radicalmente, fiz prosódia, viajamos por um longo tempo com a equipe toda. Foi uma vivência incrível e foi onde comecei de fato a ter o interesse de como funcionavam câmeras, lentes, iluminação, fotografia, foi um amor que não consigo explicar. Parece que completou o que faltava na minha profissão na frente das câmeras e ali decidi também estudar cinema. Vi que era o que eu queria fazer para o resto da minha vida, estando na frente das câmeras ou nos bastidores”.

Na entrevista a seguir, o quase lateral esquerdo Matheus Costa fala sobre Amor sem igual, o início da carreira e os próximos trabalhos no cinema, os filmes Derrapada e Carlinhos e Carlão. Confira!

Entrevista // Matheus Costa

Ator Matheus Costa
Matheus Costa quase foi jogador de futebol, mas a carreira artística falou mais alta

Como você definiria o Peppe?
O Peppe é pé no chão. Ele tem o sonho de ser jogador de futebol, mas enquanto a oportunidade não chega, trabalha com a família e é um ótimo filho.

Um dos sonhos do personagem é ser jogador de futebol, o mesmo de uma porção de meninos e jovens brasileiros. Você já quis ser jogador? Em que posição jogaria?
Já quis ser jogador de futebol, fiz escolinha do núcleo do Vasco e tudo. Eu era bem pequeno, gostava muito de jogar na lateral esquerda.

Seu personagem acaba falando de sonhos. Qual é a importância de se falar sobre isso no início do ano e para um país com a população desesperançosa em alguns aspectos?
Falar sobre sonhos em um momento em que as pessoas não acreditam nem umas nas outras é poder dar o recado de que alguma coisa está fora da ordem. Todo início de ano fazemos planos, metas, sonhamos com dias melhores. Nada é impossível, basta seguir o caminho certo e estar sempre aberto para as oportunidades que surgem. E, se por algum motivo, não tiver essa oportunidade, nunca deixar de sonhar, de acreditar.

O Peppe é seu primeiro “personagem adulto”. Qual é a diferença?
Agora tenho a oportunidade de falar sobre alguns temas que não podia num personagem infantil.

As pessoas te reconhecem como um ator mirim nas ruas? Qual a reação delas ao ver que o Rique de América ou o Sushi de Cobras & lagartos cresceu?
Algumas pessoas ainda ficam na dúvida se sou eu ou não (risos). Outras sabem que sou eu e dizem que o tempo passou rápido. Acho natural isso acontecer porque, de alguma forma, essas pessoas acompanharam o meu crescimento e o meu trabalho.

Quando “virou a chave” e você passou a considerar ser ator uma profissão para o resto da vida?
Foi quando fiz o filme Chico Xavier. Foi a minha primeira experiência intensa de laboratório para o personagem. Mudei o cabelo radicalmente, fiz prosódia, viajamos por um longo tempo com a equipe toda. Foi uma vivência incrível e foi onde comecei de fato a ter o interesse de como funcionavam câmeras, lentes, iluminação, fotografia, foi um amor que não consigo explicar. Parece que completou o que faltava na minha profissão na frente das câmeras e ali decidi também estudar cinema. Vi que era o que eu queria fazer para o resto da minha vida, estando na frente das câmeras ou nos bastidores.

Você está no elenco de Carlinhos e Carlão. Como é seu personagem no filme? O longa tem data de estreia?
Meu personagem é o Léo. Sobrinho de Carlão (Luís Lobianco), filho de Pedroca (Cláudio Mendes) e Bianca (Letícia Isnard), tem 16-17 anos. Léo é descolado, não acredita em rótulos e tem uma banda em que se vestem de drag para as apresentações. A família não entende e desconfia da sexualidade dele. Isso é o que faz com que ele e o tio se aproximem. Tem estreia prevista para 2020.

O filme acaba falando de preconceito, já que seu personagem tem uma banda que se apresenta de drag queen. Qual a repercussão espera ter do personagem em nossa sociedade em que homossexuais são diariamente assassinados?
Precisamos ter mais respeito uns com os outros, em todos os sentidos, ser mais tolerante, julgar menos as pessoas e ter mais amor ao próximo.

E sobre Derrapada, o que pode adiantar?
Faço o Samuca em Derrapada, meu primeiro protagonista. Um skatista de 17 anos que descobre que a namorada está grávida, repetindo a “derrapada” que também aconteceu com a mãe quando engravidou dele. O filme é inspirado no livro Slam, do escritor e roteirista Nick Hornby. O longa trata de assuntos delicados como família,  a questão do pai ausente, gravidez na adolescência, preconceito e traz como pano de fundo as ocupações das escolas em 2015 e 2016. Fui convidado para fazer o filme quando ele ainda estava no papel, e é incrível saber que estão escrevendo o personagem pensando em você. Estou muito animado. Derrapada tem estreia prevista para 2020 também.