O trio de jurados do MasterChef estava deliciosamente azedo no episódio desta terça-feira (21/7). Não se sabe se propositadamente, mas o rigor e as tiradas espirituosas de Paola Carosella, Érick Jacquin e Henrique Fogaça (um pouco mais comedido) fizeram bem ao segundo episódio do reality com o novo formato, adaptado ao protocolo de segurança por causa da covid-19. Será que eles entenderam que, sem a jornada completa dos participantes da semana, eles terão que assumir mais o protagonismo?
O episódio foi disputado por Anna Paula, Eduardo, Fernanda, Jordana, Leonardo, Paloma, Rubens e Wesley (saiba um pouco mais sobre os participantes). Ao contrário do que se pensava, nas redes sociais dava para perceber a torcida dos tuiteiros ー e era por Paloma e Wesley. Também dava para ver a antipatia despertada por Jordana, que entrou na cozinha gritando e acabou criando um bordão que foi parar até na boca da apresentadora Ana Paula Padrão: “o trem é f…”. A dançarina tinha potencial para ser uma formadora de meme daquelas nos antigos moldes do MasterChef.
(Com spoilers!)
A primeira prova da noite era de réplica. Os cozinheiros amadores tinham que refazer uma tarte tatin, tradicional sobremesa francesa que é uma torta de maçã invertida. Desespero total! O doce realmente costuma ser o maior calo de quem está na cozinha do MasterChef. “Tenho certeza que não vou conseguir fazer”, disse Fernanda. “Estou até tremendo. Doce não é a minha especialidade”, confessou Anna Paula. “Ele escolheu essa receita para dar tudo errado”, explicou Paola Carosella, confirmando que a torte tatin é mesmo difícil.
Mas nem tudo estava perdido: o francês Érick Jacquin mostrou a eles como se faz a receita passo a passo. Neste momento, o distanciamento imposto pela pandemia de covid-19 foi deixado de lado e os participantes se aproximaram uns dos outros, assim como na apresentação de cada um deles ao público, no início do programa. Está certo que a proximidade foi menor do que na estreia, na semana anterior, mas isso ainda tem que ser observado e corrigido.
Logo no início da prova, cozinheiros como Leonardo, por exemplo, se atrapalharam com a ordem dos processos e deixaram Paola Carosella irritada: “eu não vou ajudar. Se você viu a ordem na aula e não segue, deixa errar”. Esse foi apenas um dos momentos de raiva da argentina, que pediu para Fernanda não chorar diante da avaliação para ela não parecer mais brava do que é.
Os erros de execução não demoram a aparecer: Paloma tem que fazer outra massa porque a primeira não deu certo, Leonardo esquece do chantilly e pede emprestado para Eduardo (cadê a segurança, gente?) e Jordana ouve de Ana Paula Padrão que tem hora que só orando mesmo. A cara de desânimo era grande nos três jurados
Na avaliação, duas broncas de Jacquin chamaram a atenção. A primeira, em Wesley, que mudou a receita e acrescentou cravo, anis estrelado e noz moscada à maçã. Além de exagerar no cravo, Wesley não soube o que dizer quando Jacquin perguntou o motivo da mudança e acabou ouvindo o francês dizer que o amador se achava melhor do que ele e que, por isso, mexeu na receita.
Logo ao chegar à bancada para avaliação, Leonardo já ouviu a pergunta se ele que havia feito o chantilly. Jacquin sabia que não. “Você não tem vergonha?”, bradou o chef, conhecido pelo temperamento explosivo. Para completar, o rapaz havia feito um cisne de maçã para decorar e Jacquin não perdoou, criticando também.
No fim das contas, Anna Paula foi a melhor da prova e ganhou uma vantagem para a etapa final. Mesmo com muitas críticas a seu doce, Jordana continuou na disputa e assistiu à eliminação de Leonardo, Rubens, Paloma e Wesley.
Última prova
O vencedor deste episódio do MasterChef seria o que fizesse o melhor hambúrguer. Prova anunciada, o sorriso se abriu no rosto de Leonardo, à vista dos jurados (o que nunca é bom porque eles cobram mais) e de Anna Paula, que ainda não sabia qual seria a vantagem dela.
Para vencer, eles tiveram que fazer, o blend, o molho e os acompanhamentos e assar a massa do pão, fornecida pronta pela produção. “Olha que massa bonita. Tem que ser muito ruim para estragá-la”, observa Paola.
Os tradicionais três minutos de mercado foram mais um momento em que o distanciamento não foi cumprido. Antes de a prova começar, Anna Paula descobre que a vantagem dela é tirar tempo dos oponentes, deixando Jordana sem 5 minutos, Fernanda com 10 minutos a menos, e o expert Eduardo começando a cozinhar 15 minutos depois.
A massa pronta ajudou, mas não resolveu o problema dos participantes. Jordana abria a massa enquanto Paola se perguntava se aquilo era um pão ou um ravioli. Para Fogaça, estava mais perto de uma “panquequinha”. Anna Paula tinha, segundo Paola, um hambúrguer popular porque era suficiente para alimentar toda a população. Espirituosa a argentina é! Com todos os pães dando errado, os jurados resolveram não levar o item em consideração na escolha do vencedor.
Ao fim da prova, marcada por pães crus e blends criativos, Fogaça disse que anunciaria o resultado do “MasterChef relâmpago”. E Anna Paula levou a melhor pela segunda vez na noite com um blend de linguiça e fraldinha, molho de tomate fresco bastante elogiado e cebola caramelizada e batata frita de acompanhamento. Não deu para Eduardo, que na televisão pôde ver Jordana rindo quando a avaliação dele não foi das melhores. O MasterChef realmente perdeu uma vilã que adoraríamos ter odiado por mais tempo.
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