Quarentena do Próximo do Capítulo – Parte 2: Mais cinco indicações de acordo com a que estamos assistindo no isolamento

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Próximo Capítulo continua em casa, cumprindo o isolamento social e aproveitando para maratonar séries novas e clássicas. Confira algumas dicas!

Depois das dicas de séries para maratonar dadas por Adriana Izel na primeira parte da nossa quarentena chegou a vez de vocês conhecerem as minhas sugestões. Entre os títulos estão dramas e comédias nacionais e estrangeiras. Confira!

Succession

Logan Roy (Brian Cox) é o patriarca de uma família que comanda um dos maiores conglomerados do mundo na área de comunicação e entretenimento. Idoso e com a saúde fragilizada, ele começa a se afastar lenta e naturalmente dos negócios, o que gera uma disputa nada velada entre os quatro filhos dele pelo poder (e pelo dinheiro, naturalmente) herdado de Logan. Só falta combinar com ele que é hora de parar e, mais do que isso, que um dos quatro filhos seria o sucessor dele na empresa.

É interessante ver como esse jogo de poder vai além dos negócios dos Roy, atingindo a relação entre os irmãos Kendall (Jeremy Strong), Roman (Kieran Culkin), Shiv (Saraha Snook) e Connor (Alan Ruck), além de pautar as relações deles com esposas, maridos, filhos e amigos. Os personagens que poderiam ser odiosos são construídos de uma forma que nos leva a tentar entender cada coisa que eles fazem e, às vezes, até a torcer por eles.

Succession tem duas temporadas disponíveis no HBO GO e a terceira já está confirmada. A série ganhou dois Globos de ouro neste ano: melhor série dramática e melhor ator em série dramática (Brian Cox) e dois Emmys ano passado: melhor roteiro de um episódio e melhor trilha sonora.

Alto-mar

A série espanhola da Netflix tem um ar de mistério que ronda as duas temporadas disponíveis no serviço de streaming ー a terceira está confirmada e deve trazer o brasileiro Marco Pigossi no elenco.

A trama se passa em 1940, quando Carolina (Alejandra Onieva) e Fernando (Eloy Azorin) resolvem se casar a bordo de um navio transatlântico que vem da Espanha para o Brasil. Na tripulação estão familiares da noiva, como a irmã Eva (Ivana Baquero) e o tio Pedro (José Sacristán), que buscam deixar segredos do passado para trás assim que pisarem o solo brasileiro.

O problema é que durante a viagem três assassinatos acontecem ー e isso não é spoiler, pois é revelado numa das primeiras cenas da série. Sem saber quem os cometeu, se há ligação entre eles e se as mortes vão parar, a viagem segue em clima de total suspense.

A segunda temporada de Alto-mar ganha ares de sobrenatural, com o navio resgatando náufragos um tanto quanto estranhos. Alto-mar é daquelas séries que te prendem pelo mistério e também por belas histórias de amor, perfeitas para maratonar.

Elite


Elite tem três temporadas que mostram que a série é bem mais do que uma simples história juvenil. A trama da Netflix (mais uma espanhola da lista) tem muito do universo teen, afinal se passa numa escola, mas traz uma atmosfera de mistério que domina a cena.

O que mais chama a atenção em Elite é a estrutura narrativa. A primeira temporada começa com uma série de interrogatórios policiais sobre um assassinato em cenas intercaladas com flashbacks e dias posteriores aos relatos. Não sabemos nem quem morreu até o fim do primeiro episódio e ficamos sem saber quem matou até que a temporada termine.

A segunda temporada perde um pouco a força, mas mantém o ar de mistério, ganhando novos e importantes personagens e apresentando um novo olhar sobre o crime cometido. Samuel (Itzan Escamilla), Christian (Miguel Herrán), Nadia (Mina El Hammani), Guzmán (Miguel Bernardeau), Polo (Álvaro Rico), Carla (Ester Expósito), Ander (Arón Piper), Lucrécia (Danna Paola), Nano (Jaime Lorente), e Omar (Omar Ayuso) ganham a companhia de Valério (Jorge López), Rebeca (Claudia Salas) e Cayetana (Georgina Amorós).

Na terceira temporada, Elite volta à melhor forma com um desfecho coerente para o primeiro ano. Mais uma vez, a estrutura narrativa funciona, mas, agora, os novos personagens não acrescentam muito à trama. Com tantas reviravoltas na trama, o gancho para a quarta temporada existe, mas a nova leva de episódios ainda não foi confirmada pela Netflix e teria que trazer muitos elementos novos para funcionar.

Aruanas

Talvez Aruanas tenha sido a primeira série do Globoplay com cara de série mesmo, sem jeitão de novela. A trama (muito bem escrita) de Estela Renner e Marcos Nisti e dirigida por Carlos Manga Jr gira em torno da luta da ONG Aruanas por causas ambientais. Desta vez, as diretoras Luísa (Leandra Leal), Verônica (Taís Araújo) e Natalie (Debora Falabella), a estagiária Clara (Thainá Duarte) e o faz tudo André (Vitor Thiré) querem impedir o empresário Miguel (Luiz Carlos Vasconcelos) de erguer uma mineradora em plena Amazônia. Ele conta com a ajuda do fiel escudeiro Felipe (Gustavo Falcão) e da advogada Olga (Camila Pitanga).

É bom ver que o trio de ativistas tem uma causa nobre, bem determinada, mas que elas passam longe de serem perfeitas, têm defeitos (alguns graves e éticos, diga-se), o que as tira do pedestal incômodo de apenas heroínas. O discurso de Aruanas é mais do que atual, o que é um trunfo da série. A produção traz as atrizes principais em muito boa forma, além de um inspirado Luiz Carlos Vasconcelos, ator que sempre rende o esperado dele.

Shippados

Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch estrelam Shippados, série do Globoplay escrita por Alexandre Machado e Fernanda Young. A comédia, ácida como é o trabalho da dupla de autores, diverte ao trazer Tatá e Eduardo como Rita e Enzo, um casal que se conhece de uma maneira meio bizarra: eles marcam um encontro por meio de um aplicativo de relacionamentos, mas levam o bolo.

O desabafo após o sofrimento faz com que eles percebam que pode haver mais semelhanças entre eles e que, dali, pode sair um grande amor.

A química entre os protagonistas é um dos destaques de Shippados, trabalho em que Eduardo dá as cartas e mostra o bom humorista que é. Yara de Novaes, como a mãe de Rita, também se destaca. Shippados é daquelas séries que você maratona rapidinho: são 12 episódios de cerca de meia hora cada um.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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