Credito : Vinícius Mochizuki/Divulgação. Ator Roger Gobeth. Crédito : Vinícius Mochizuki/Divulgação. Ator Roger Gobeth.

Vinte anos depois da estreia em Malhação, ator Roger Gobeth volta ao folhetim para nova temporada

Publicado em Entrevista, Novela

Em entrevista ao Correio, Roger Gobeth fala do retorno à Malhação e da importância dos temas discutidos pelo folhetim que é dedicado ao público teen

Há exatos 20 anos, Roger Gobeth estreou na televisão na sexta temporada de Malhação. Na época, com 26 anos, ele deixou a capital paulista para morar no Rio de Janeiro e interpretar o personagem Alfredo Fernandes, mais conhecido como Touro. O que ele pensou que fosse durar apenas três meses se tornou numa participação em três temporadas do folhetim e numa residência fixa na cidade maravilhosa, já que ele emendou trabalhos atuando em O quinto dos infernos, Coração de estudante, Kubanacan e Da cor do pecado até deixar a Globo e se enveredar em outras emissoras em novelas como Floribella, Chamas da vida e O Rico e o Lázaro.

No ano em que completou essa marca, Gobeth foi agraciado com um novo papel em Malhação. A convite do diretor Adriano Melo e do autor Emanuel Jacobina, com quem trabalhou em 1999, ele voltou ao folhetim, agora para dar vida ao policial Luiz Peixoto na temporada batizada de Toda forma de amar. Apesar de estar no mesmo folhetim, Roger Gobeth vive um personagem completamente diferente daquele que o levou ao estrelato.

Touro era um dos jovens estudantes da novela. Jogador do time de polo aquático da escola, ele vivia um romance com a personagem de Samara Felippo, a jovem Érica, que descobria ter Aids. Agora, ele interpreta um personagem mais maduro. Luiz Peixoto é um capitão da polícia, um homem formado com desvios de caráter e ética. O núcleo discute a violência, em meio ao contexto atual do Rio de Janeiro.

Em entrevista ao Correio, Roger Gobeth fala do retorno à Malhação, da importância dos temas discutidos pelo folhetim que é dedicado ao público teen e da volta a Globo, emissora a qual estava distante desde 2005.

Entrevista / Roger Gobeth

Você está voltando à Malhação, folhetim que o projetou anos atrás, para uma nova temporada. Como é para você voltar a um projeto que teve grande importância na sua trajetória?
São 20 anos! Uma vida. Quando vim para o primeiro contrato com a emissora em setembro de 1999, achava que três meses depois estaria de volta a São Paulo. Grande engano: estou morando no Rio desde então, com minha carreira se desenvolvendo neste período. O Capitão Peixoto, meu personagem na trama, foi um convite do diretor geral Adriano Melo, do autor Emanuel Jacobina e da área de Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico, o DAA.

Quais são as diferenças de Touro para o seu atual personagem o Luiz Peixoto?
São personagens completamente diferentes. Enquanto o Touro era um estudante adolescente do 2° grau, vivendo aventuras e desventuras próprias dessa fase da vida; o Capitão Peixoto é um homem formado, um militar com possíveis desvios de caráter e ética.

Crédito: Estevam Avellar/Divulgação. Luiz Peixoto ( Roger Gobeth ).

Malhação é a novela mais duradoura no ar. Porque a trama se mantém até os dias de hoje com público e revelando tantos atores e atrizes?
Malhação é uma marca. A cada ano ela se reinventa e sofre uma mudança total de sua história, seus personagens, sua equipe. E apesar da mudança do consumo que temos hoje, daquilo que se produz na tevê aberta, uma boa história terá sempre público interessado.

Desde o início Malhação ficou marcada por debates de temas atuais e importantes. Qual é a importância desse tipo de debate no entretenimento?
Quando um programa se relaciona majoritariamente com um público jovem, como é o caso da Malhação, se faz necessário esse debate, uma vez que aquilo acaba sendo espelhado para um debate junto a este grupo de pessoas, junto à família, que neste momento está sempre atenta ao desenvolvimento dos filhos adolescentes. Neste ano teremos uma história plural, com personagens fortes das mais variadas classes sociais, que habitam diferentes bairros, nobres e populares, centrais e periféricos do Rio de Janeiro, cidade que vem passando por um período muito crítico de violência, descaso do poder público, e que levantarão temas como adoção, preconceito, sexualidade, violência urbana, arte e cultura.

Essa estreia na nova temporada de Malhação também marca seu retorno ao Globo. Como é voltar para a emissora? E que balanço faz desse período em outro canal?
Desde minha vinda ao Rio de Janeiro tive a oportunidade de desenvolver trabalhos variados não somente na tevê, mas também no teatro e no cinema. Acredito que sempre somos a soma das nossas experiências, então estou muito feliz por esse retorno, e também sou muito grato a tudo que vivi e que pude desenvolver profissionalmente nesses anos todos.