Por Pedro Ibarra, enviado especial
São Paulo – Uma das séries brasileiras de mais impacto na Netflix, De volta aos 15 retorna para uma segunda temporada na gigante vermelha nesta quarta-feira (5/7). A série retorna para o segundo ano e Anita (Maísa/Camila Queiroz) está mais leve e curtindo mais as voltas no tempo. No entanto, o acesso de Joel (Antonio Carrara/Gabriel Stauffer) à conta do Floguinho da protagonista o torna um viajante do tempo e cria problemas no futuro perfeito que a personagem havia criado para si mesma.
A temporada tem como foco a busca dos personagens por identidade, encontrar um lugar no mundo. “A gente não pode fugir de quem a gente é. A Anita está tentando corrigir versões dela que não deram certo, mas que era apenas ela sendo ela mesma. Nessas tentativas de consertar muita coisa o caos se estabelece, se desse tudo certo não ia ter série”, explica João Guilherme em entrevista ao Próximo Capítulo. “Essa temporada sai um pouco da pira de corrigir e mostra uma Anita mais próxima de viver essa oportunidade de voltar para o passado”, explica o artista.
O ator divide o personagem Fabrício com Bruno Montaleone e vê em De volta aos 15 uma mensagem valiosa. “A vida é sobre acertar, errar e aprender. Mesmo que você erre, se você souber lidar e tirar algo disso é um acerto também”, explica. Ele conta que leva isso até para a própria vida. “Nós falhamos no nosso trabalho, com nós mesmos e nos cobramos muito. Mas acho que a vida é isso. É tentar não errar duas vezes, tirar do erro algo melhor. Erro é apenas a resposta para não errar novamente”, complementa.
Por viver a versão mais nova do personagem, João Guilherme aproveita para curtir viver em tempos que era muito novo para ser um adolescente. O ator tem 21 anos, então tinha apenas 4 aninhos no tempo em que Fabrício viveu, no ano de 2006. “Viver em uma época em que eu não fui adolescente é muito legal”, conta o artista que aproveita para refletir sobre: “É interessante ver como esse fenômeno e essa sensação nostálgica pega as pessoas. Quando toca uma música que as pessoas ouviam, ou aparece uma tendência fashion como maquiagem e roupas, um brinquedinho, ou qualquer febre da época as pessoas já se sentem mexidas”, finaliza.
Apesar de o personagem Fabrício não viajar no tempo, João Guilherme tem boas ideias para usar o poder. “Eu voltaria no tempo para fazer uma boa, inventar a Netflix. Era voltar no tempo e Tudum! Eu faria isso. Depois dessa eu financiaria outras viagens do tempo, porque é isso que o dono da Netflix deve estar fazendo”, afirmou o artista que cedeu a entrevista durante o evento Tudum o qual o Próximo Capítulo foi convidado em junho.
Mas não é só na ficção que João Guilherme vive em um tempo bom. A produção é a primeira em que ele trabalha com muitos amigos. “Processo mais divertido e gostoso não teve. Eu trabalho com o que eu amo e nessa série em específico eu tenho muitos amigos, não são só colegas de elenco e de trabalho, são amigos mesmo”, conta o ator que está mais feliz ainda porque uma das suas melhores amigas é a protagonista. João e Maísa trabalham juntos desde que eram do elenco mirim do SBT. “É muito legal porque esse é verdadeiramente o primeiro projeto que trabalhamos juntos. A gente trabalhou por muito tempo na mesma emissora, mas em projetos distintos, então é muito bom finalmente poder se encontrar”, afirma o artisra. “A troca com a Maísa é maravilhosa, a gente está confortável um com outro e nos divertimos e damos muita risada”, completa.
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