Segunda temporada de Sob pressão volta a discutir o sistema de saúde pública e traz a corrupção como tema. Humberto Carrão reforça o elenco!
A crítica e o entretenimento estão lado a lado mais uma vez, com a estreia da segunda temporada do seriado Sob pressão(leia aqui a nossa crítica da primeira temporada). Com supervisão de texto de Jorge Furtado e direção de Andrucha Waddington, a atração chega à Globo nesta terça-feira, depois de Segundo sol.
O foco de Sob pressão continua sendo a luta dos médicos Carolina (Marjorie Estiano) e Evandro (Júlio Andrade) para levar saúde de qualidade à rede pública, mesmo sem contar com investimentos grandes e aparelhagem de qualidade. Na segunda temporada, a direção do hospital passa a ser ocupada por Renata (Fernanda Torres), o que abre caminho para a discussão sobre corrupção e desvio de verba.
Quem também estreia nesta temporada é Humberto Carrão, que viverá o arrogante cirurgião ortopedista Henrique. “É muito interessante entrar numa série que já tem a equipe tão entrosada. Sob pressão tem uma importância muito grande por discutir o sistema de saúde pública no país. O Henrique participará da discussão sobre para onde vai o recurso público por causa da corrupção”, afirma Humberto, em entrevista ao Correio.
Mais acostumado a fazer novelas do que séries, Humberto comenta que no formato mais fechado é possível compor o personagem com mais clareza. “Fazer novela é um exercício difícil. É uma surpresa a cada bloco de capítulos que a gente recebe. Os personagens podem ir mudando de acordo com o que o público pensa. Eu passei duas vezes pela experiência de o vilão que eu fazia virar mocinho. Na série, tem um limite estabelecido, o que é muito bom para o ator”, compara Humberto, que esteve em novelas como A lei do amor (2016) e Geração Brasil (2014).
Sob pressão é um sucesso tão grande que, antes de a segunda temporada estrear, a terceira está sendo gravada. Mas Humberto não estará na próxima leva de episódios porque vai se dedicar ao roteiro de um longa-metragem que ele está escrevendo e a um curta que ele quer dirigir.
Humberto Carrão é apaixonado por cinema
O cinema é uma grande paixão de Humberto, que já dirigiu dois curtas e atuou em outros tantos, como Paraíso perdido (2018) e Aquarius (2016). “Estudei cinema na minha faculdade. Minha vontade de escrever e dirigir é tão grande quanto a de atuar. Tem assuntos de que eu quero falar e levar às telas”, afirma.
Além de ator e diretor, Humberto é também apresentador do programa Pausa pro café, no Canal Brasil, dedicado a curtas-metragens. “O curta é fundamental para o cinema, para a formação cultural. A gente vive um momento que a Ancine lança um edital de pontuação que é muito estranho porque não leva a qualidade artística como critério, tem a ver com o mercado, com a audiência. O edital ignora o curta-metragista, que não recebe nem um ponto. A impressão que dá é que eles querem matar o cinema”, lamenta Carrão.
Para ele, um dos locais de discussão para que isso não aconteça são os festivais. Há menos de um mês, Humberto esteve na capital para ser jurado do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Na oportunidade, o ator voltou a Brasília, onde já tinha vindo duas vezes, mas nunca por tanto tempo. “Brasília é uma loucura. É a nossa capital. Passar pelo Palácio do Planalto, pelo Congresso Nacional, pela Esplanada dos Ministérios é uma sensação muito boa. Dá um ‘uau’, sabe? Saber que é ali que se decidem várias coisas do Brasil inteiro”, conta Humberto, ressaltando que voltará sempre que possível.