Folhetim de João Emanuel Carneiro, Avenida Brasil é uma das novelas mais elogiadas e adoradas pelo público nos últimos anos. Protagonizada por Débora Falabella, a produção retrata a história de Rita, uma menina que depois da morte do pai é abandonada pela madrasta Carminha (Adriana Esteves) no lixão. A cruel atitude faz com Rita nunca se esqueça da situação mesmo após morar no exterior e passe a trilhar um caminho de vingança contra a algoz. Para isso, ela assume a alcunha de Nina, consegue um emprego na casa da nova família de Carminha, agora casada com o jogador de futebol Tufão (Murilo Benício), e inicia uma trajetória de embate com a inimiga.
A partir desta segunda-feira (7/10), a novela volta a ser exibida na Rede Globo sete anos após o encerramento. Avenida Brasil estará no Vale a pena ver de novo que tem início às 16h45 na emissora. Na primeira semana, a produção dividirá a faixa com os últimos capítulos de Por amor, de Manoel Carlos. Na próxima semana, só vai dar Carminha e Nina no horário, pedido antigo dos fãs da trama.
Essa aclamação de Avenida Brasil pelo público tem uma série de motivos. O primeiro deles é a história. A trajetória de vingança de Nina/Rita foi muito bem construída por João Emanuel Carneiro. O público logo abraçou a personagem, que mostrou que nem toda protagonista é apenas uma “mocinha”. Nina/Rita é uma personagem extremamente dúbia, méritos do roteiro e também da atuação de Débora Falabella.
Mas não foi só Débora que brilhou em Avenida Brasil. Quem também roubou a cena na trama foi Adriana Esteves e a vilã Carminha. Dando vida a uma antagonista carismática, a atriz foi adorada pelo público, que, mesmo sabendo de todas as maldades da personagem, torcia para o seu momento de tela. Débora e Adriana viveram momentos antológicos como Nina e Carminha, desde o enterro de Nina viva por Carminha até o início da vingança de Nina que mandou um “me serve, vadia” para a arqui-inimiga.
Não bastasse a o sucesso da protagonista e da antagonista, Avenida Brasil teve vários núcleos cativantes. Com um núcleo afinadíssimo que sabia transitar entre o drama e a comédia, o espectador aprendeu a amar acompanhar as histórias da atrapalhada e barulhenta família de Tufão, dos jogadores do time de futebol Divino, e do triângulo amoroso encabeçado por Cadinho (Alexandre Borges).
“Este elenco é também a chave do sucesso. A novela conta com uma direção estupenda, fotografia, figurino, arte, cenografia. Uma equipe de primeiríssima. E o elenco é primoroso. Extremamente bem escalado. Todos. Tanto é que todos fizeram muito sucesso”, analisa Adriana Esteves em material de divulgação da novela.
A trilha de abertura e os encerramentos da novela também se tornaram clássicos. Todo mundo lembra do refrão “Oi Oi Oi” da música Vem dançar com tudo, versão de Vem dançar kuduro, que fazia parte da abertura da novela e era uma referência ao tradicional Baile Charme do Divino que fazia parte da narrativa. Ao final de cada episódio, o espectador podia conferir o congelamento de uma cena com um efeito que virou febre na internet. Todo mundo queria um congelamento para si.
Bem-vinda de volta, Avenida Brasil!
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