Ator Hall Mendes se prepara para viver o primeiro papel da carreira de caráter dúbio: Arthur de Todas as garotas em mim
O ator Hall Mendes está em fase de criação. O próximo personagem dele, o Arthur da série Todas as garotas em mim (Record), está tomando forma e a expectativa do ator é a melhor possível. Ou a pior: ser odiado pelo público, já que Arthur não é exatamente um mocinho.
Hall destaca que viver Arthur será um desafio porque o rapaz tem várias características ao mesmo tempo. “Ele é intenso, impulsivo, sem noção, piadista, bagunceiro, debochado e divertido. Acho que a galera de casa vai ter uma relação de amor e ódio por ele”, define o ator, em entrevista ao Próximo Capítulo. “Tudo de errado que ele faz é por pura falta de noção. Afinal, ele vive em uma bolha. Mas depois de tantos mocinhos, viver o Arthur está sendo bacana demais”, completa.
Antes de Todas as garotas em mim, Hall também fez a novela Jesus, na Record, mas ele apareceu para o grande público como o Jota de Malhação – Viva a diferença (2017), temporada que ganhou o Emmy e foi reprisada recentemente. “Foi uma temporada especial! O Cao Hambúrguer (autor) soube conduzir com maestria do começo ao fim. Mostrou o jovem como ele realmente é, sem medo e com profundidade. Acho que isso foi o diferencial da nossa temporada”, relembra Hall, que adorou rever o trabalho e poder acompanhar a própria evolução na carreira.
Pouca gente sabe, mas Hall é pernambucano, mas, por causa da profissão, morou em vários estados, como o atual São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. “Meu maior desejo na TV aberta é fazer um personagem com o meu sotaque de origem. Sinto falta de histórias nordestinas na TV, com atores nordestinos. Em algumas produções até tem aqueles personagens super estereotipados e isso me incomoda muito. Mas já vejo uma mudança pequena porém significativa em algumas novelas/series”, reflete, esperançoso.
Entrevista // Hall Mendes
Você apareceu para o grande público em Malhação – Viva a diferença. Assim como seu caso, há vários outros. O que representa para o jovem ator o fim de Malhação? Vai ficar mais difícil ter personagens grandes na TV para jovens?
Acredito que sim. Malhação foi uma porta para jovens atores durante muitos anos. Confesso que fiquei triste com o fim da série e acho que realmente vai ser mais difícil lançar carinhas novas na TV aberta.
Nas redes sociais, a gente percebe o quanto seu cabelo movimenta seus fãs e até você mesmo. Além do cabelo, onde mais transparece sua vaidade?
Talvez nas roupas. Recebo algumas mensagens do tipo: “nossa onde você comprou esse look” “amo seu estilo”. Eu me amarro em moda, acho que é muito mais do que só colocar uma roupa legal, é mais profundo que isso, diz muito sobre você. Tem uma frase que eu amo que diz: “Roupas não significam nada até que alguém viva nelas”.
Você viverá o primeiro protagonista de sua carreira no filme Matadores de Alien. O que pode adiantar desse projeto?
É um filme de ficção científica com várias referências dos anos 80/90. Tem comédia, romance e até um pouco de terror. Eu fiz o Erick, um dos protagonistas, ficamos 1 mês e meio rodando no Sul. Foi uma das experiências mais loucas e divertidas que tive nessa profissão. Trabalhei com amigos e pude sentir o “peso” de um protagonista, foi uma experiência enriquecedora, aprendi muito!
