Felipe Coutinho: um ator jovem, porém maduro

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Em sua segunda novela, Felipe Coutinho aprendeu a lidar com lanças e espadas. Confira entrevista com o intérprete de Ner em Reis

Os 16 anos de idade representaram uma ruptura na vida do ator Felipe Coutinho. Foi quando ele se viu “inserido em algo que, gradativamente, ia tomando mais espaço” na vida dele. Era a arte. Hoje, Felipe pode ser visto como o Ner, jovem guerreiro da série Reis, da Record.

“Aos 16 anos, eu comecei a sair da bolha, não só socialmente, como geograficamente. Comecei a fazer cursos, conhecer pessoas, experimentar aventuras. Nesse caminho de um pouco mais de 6 anos, muitas coisas aconteceram. Eu hoje tenho a felicidade de me ver imerso no que eu mais amo fazer. Isso, sem dúvida alguma, é um privilégio”, afirma o ator, em entrevista ao Próximo Capítulo.

Em Reis, Felipe dá vida ao impulsivo guerreiro Ner. Para tanto, além da parte intelectual, de entender a época e a história bíblica, o ator teve que dedicar boa parte da preparação à parte física. “Lanças, espadas e arcos são íntimos para ele. Fizemos aulas semanais desses instrumentos de guerra, sempre acolhidos e acompanhados por dublês e pessoas que estavam dispostas a nos ensinar esse manuseio dos armamentos”, conta.

Foto: Thiago de Lucena

Ex-praticante de artes marciais, Felipe tinha uma memória corporal que o ajudou nas cenas de batalha. “Me vi novamente como o adolescente que saía da escola, com suas luvas, bandagens e protetor bucal, para mais uma aula de lutas. No caso, eram as lanças, espadas e arcos”, brinca o ator.

Além de dar preparo para as cenas de ação, as aulas também serviram para as sequências em que Ner aparece sem camisa ou com o torso modelado pelo figurino – situação frequente entre os guerreiros de Reis. “Fiz um trabalho de mudança de hábitos, entre eles uma intensificação nos exercícios, para que as aulas práticas e a construção da estética imaginada sobre o personagem criasse forma”, atesta.

Antes de Reis, Felipe Coutinho pôde ser visto na novela Bom Sucesso (2019), da Globo, como o jogador de basquete José Bial. Para ele, o que mais difere um trabalho contemporâneo de um épico é a referência. “Ver pessoas diferentes, agindo em situações adversas, cada uma com sua individualidade, é lindo. A observação para nós, que buscamos retratar a realidade, é de caráter obrigatório. Numa novela de época, as coisas não funcionam exatamente dessa maneira. Ninguém esteve ou conhece alguém que esteve em séculos antes de Cristo. Temos que confiar em quem entende de história e, nesse caso, teologia; em quem vê nosso trabalho de fora, como os preparadores e diretores; e, sobretudo, em nós mesmos, em tudo que estudamos, que sempre buscamos. Para mim, o trabalho bem feito é o que é banhado de verdade e, principalmente, amor. E isso tem que estar presente em todos eles, nos trabalhos de 2022, e nos de 1400 a.C.”, compara.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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