Há mais de 100 anos, celebra-se o Dia Internacional da Mulher em 8 de março. Ao longo desse período, as mulheres passaram a ser vistas de outra forma na sociedade. Antes fadadas às funções do lar, elas conquistaram lugar no mercado de trabalho e buscaram equidade em diferentes âmbitos. Até por isso, a comemoração da data se modernizou. Mais do que flores, o dia pede reflexão e afirmação das múltiplas facetas femininas. Na tevê e no streaming, a data será lembrada em consonância com essa premissa, com obras inéditas que mostram a força e a diversidade das mulheres.
Depois do sucesso do especial Falas negras, a Globo resolveu fazer uma versão focada nas mulheres. Falas femininas estreia amanhã (8/3) depois do Big brother Brasil na tevê aberta. Dois dias depois, às 23h30, o programa passa no GNT logo após o Saia justa. Também estará disponível no Globoplay.
Parte do Projeto Identidade, o material traz a história de cinco mulheres brasileiras: a rapper e estudante universitária Carol DallFarra, 26 anos; a auxiliar de enfermagem Cristiane Sueli de Oliveira, 44; a diarista Tina, 47; a ambulante Ruana, 29; e a agricultora Maria Sebastiana Torres da Silva, 59.
“Esta homenagem mergulha na rotina de cinco mulheres que representam a brasileira real: batalhadoras que trazem dinheiro para dentro de casa, cuidam dos filhos, da limpeza, da comida. Cuidam muito de todos e pouco de si. O que estas mulheres têm para falar? Com o que elas sonham? Apesar de serem as mais numerosas, proporcionalmente, na nossa população, são as menos vistas, as menos ouvidas, as menos representadas. Falas femininas quer ampliar essas vozes, ao mesmo tempo em que serve como um espelho, para que elas enxerguem e reconheçam seu próprio valor”, afirma a diretora Patricia Carvalho, em material de divulgação.
Além das histórias de cada uma delas, o especial tem condução da atriz e comediante Fabiana Karla. Coube a ela mediar um papo com o quinteto em São Paulo, numa roda emocionante. Além disso, a artista participou da equipe de criação do programa. “Quando começamos a escutá-las, nos reconhecemos em muitas dessas histórias, nos reconhecemos nas dores, nas vontades, nos receios, nos desejos, e isso traz sororidade”, pontua.
Ativista brasileira
Uma história real também é a matéria-prima do documentário que a HBO e o HBO GO lançarão para celebrar o dia. A emissora escolheu retratar a trajetória da ativista brasileira Bertha Luz (1894 — 1976). No filme, que estreia na terça-feira (9), às 20h, é mostrado o papel de Bertha na luta para que as questões de gênero se tornassem parte das bases da Organização das Nações Unidas (ONU). O feito é considerado um dos mais importantes marcos da igualdade.
O longa-metragem Bertha Luz — A mulher na carta da ONU nasceu a partir da pesquisa de Fatima Sator e da norueguesa Elise Luhr Dietrichson, que estudavam na Universidade de Londres quando tiveram contato com uma série de cartas originais escritas por Bertha Lutz. Ela foi a representante do Brasil na Conferência que definiu as bases para a formação da ONU, em 1945. Bertha era uma das oito mulheres entre 300 homens no evento.
O filme tem produção de Roberto Rios, Eduardo Zaca, Patricia Carvalho e Rafaella Giannini, pela HBO Latin America Originals; e de Guto Barra e Tatiana Issa, que também assinam a direção, pela Producing Partners.
Força na ficção
Previsto anteriormente para estrear em fevereiro, o seriado Filhas de Eva teve o lançamento adiado para amanhã (8). A ideia foi exibir a atração no Globoplay no Dia Internacional da Mulher. De autoria de Adriana Falcão, Jô Abdu, Martha Mendonça e Nelito Fernandes, com direção de Leonardo Nogueira, a série acompanha os destinos entrelaçados de três mulheres: Stella (Renata Sorrah), Lívia (Giovanna Antonelli) e Cléo (Vanessa Giácomo).
A história tem início quando Stella decide se separar do marido, Ademar (Cacá Amaral), com quem estava casada há 50 anos. O fato impacta duas mulheres ao redor dela: as filhas Lívia e Cléo, até então desconhecidas, mas responsáveis pelo bolo das bodas. A protagonista se percebe infeliz e quer voltar a ser quem ela foi no passado. Essa quebra de padrão desperta, também, Lívia e Cléo, presas em situações infelizes.
Na primeira temporada, composta por 12 episódios, Filhas de Eva acompanha a busca dessas mulheres por mudanças que podem levá-las à felicidade, escapada na rotina. O elenco tem ainda Dan Stulbach, Stenio Garcia e Debora Ozório.
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