Fábio Beltrão fala ao Próximo Capítulo sobre a decisão de ser ator, a experiência em Topíssima e a relação dele com a internet. Confira!
Podemos dizer que o mundo do personagem Mão de vaca em Topíssima é virtual, tamanha identificação do nerd com esse universo na novela da Record. Mas o intérprete dele, Fábio Beltrão, é um pouco diferente. O ator confessa que descobriu há pouco tempo o Instagram, ferramenta que usa para se aproximar dos fãs.
Consciente da geração da qual faz parte, Fábio tenta se manter lúcido diante de tanta gente que se excede nas redes sociais, ao ponto de perder a identidade. “Deixamos de ter RG e CPF e nos tornamos todos um @”, adverte o ator, em entrevista ao Próximo Capítulo.
Mas na carreira, Fábio não tem medo de se jogar. Ele fez uma participação especial em Verão 90 antes de Topíssima e em pouco tempo já estava no ar novamente. Além disso, está prestes a estrear no cinema como o vilão do longa M8 – Quando a morte socorre a vida.
O gás para tanta coisa ele encontra na certeza de que está na profissão certa: “Nunca tive dúvidas e sempre tive o apoio da minha família e amigos, isso sem dúvidas me deu força pra correr atrás do meu sonho. Sabemos o quanto é difícil viver como ator, mas como sempre tive essa certeza dentro de mim combinada com muita força de vontade e persistência, as coisas começaram a fluir.”
Na entrevista a seguir, Fábio Beltrão lembra a experiência em Verão 90 e em novelas bíblicas, fala sobre Mão de vaca e ainda conta como mantém o corpo em forma. Confira!
Leia entrevista completa com Fábio Beltrão!
Você teve pouco tempo entre Verão 90 e Topíssima. Como foi a passagem de um personagem para outro?
Foi muito legal voltar aos anos 1990 nesse projeto (Verão 90). A trama era bem divertida e meu núcleo bem agitado. Nunca havia trabalhado com o Jorginho (Jorge Fernando, diretor de Verão 90) e fiquei muito feliz com o convite. Quanto à mudança de personagem, tive um tempo bem razoável para fazer essa transição e foi bem tranquilo.
Mão de vaca é um nerd que entende tudo de tecnologia. Como é a sua relação com as inovações tecnológicas?
Hoje em dia tenho uma relação diária com a internet, principalmente o Instagram que é nosso principal canal de comunicação com o público. Confesso que resisti durante um bom tempo, pois não me sentia confortável e também tinha um pouco de receio de viver em função disso, mas depois entendi o quão necessário era surfar essa onda e hoje acho que consigo me comunicar muito bem com o meu público através dessa ferramenta.
Algumas pessoas hoje tornaram-se escravas da tecnologia e das redes sociais. Como saber o limite?
Acho que quando as pessoas passam a se preocupar mais em mostrar o que elas vivem ao invés de viver de fato é um momento para refletir. Vejo muitas pessoas se preocupando mais com o registro do momento do que viver o momento em si. Infelizmente, o poder das redes sociais hoje em dia transformam a vida de muitas pessoas positivamente e negativamente já que na minha opinião deixamos de ter um RG e CPF e nos tornamos todos um @, tudo isso devido à importância que o mundo dá a essa ferramenta.
O Mão de vaca passa por um momento de início de carreira, quando algumas dúvidas quanto à escolha profissional são comuns. Você teve dúvida em ser ator?
Nunca tive dúvidas e sempre tive o apoio da minha família e amigos, isso sem dúvidas me deu força pra correr atrás do meu sonho. Sabemos o quanto é difícil viver como ator, mas como sempre tive essa certeza dentro de mim combinada com muita força de vontade e persistência, as coisas começaram a fluir.
Você alterna trabalhos contemporâneos com tramas bíblicas da Record. Quais são os principais desafios desses projetos?
As novelas bíblicas têm um tempo diferente de interpretação, a maneira como se fala o texto também, mas é uma experiência incrível. Os cenários e figurinos contribuem muito para construção do personagem e também para imersão na época que a história se passa.
Você estará no filme M8 – Quando a morte socorre a vida. O que pode adiantar desse projeto?
O longa M8 – Quando a morte socorre a vida, de Jeferson De, foi meu primeiro trabalho no cinema e de cara um antagonista. O cinema me encantou, e o processo de construção do personagem teve muita profundidade e tempo para trabalhar. O personagem tinha bastante conflito e ocupa um lugar muito importante nos dias de hoje em relação ao preconceito contra os negros que deve ser mostrado e repensado já que certamente muitas pessoas vão se identificar com ele, infelizmente.
Como lida com a exposição do corpo?
Meu personagem não é dos mais sarados, por isso meu figurino tem muita estampa e sobreposições para dar uma disfarçada no shape (risos). Sou atleta de crossfit e cuido muito da minha alimentação, treino todos os dias e hoje em dia já virou um estilo de vida.