Os amadores que disputam a nova temporada do MasterChef Brasil parece que queriam mostrar logo na estreia que são amadores mesmo. Pelo menos, a tirar pela quantidade de acidentes na cozinha, frutos mais do nervosismo do que da falta de competência, acredita-se. Até a nova jurada, Helena Rizzo, confessou que estava nervosa ao se apresentar aos competidores.
Apesar disso, Helena se saiu bem. Esperta, não procurou seguir a linha de Paola Carosella e buscou o próprio caminho, um pouco mais dura, mas sem perder a didática. Algumas pitadas de emoção não fariam mal à chef, que pode ter sido atrapalhada pelo nervosismo.
A primeira prova da temporada do MasterChef foi embalada pelo sambista Diogo Nogueira. O cantor entrou na cozinha carregando peixes de água doce: traíra, piau, pintado, curimba, pacu e tambaqui. Antes, porém, a apresentadora Ana Paula Padrão dividiu os cozinheiros em duas turmas e, sem explicar o critério e nem o que aconteceria com o grupo beneficiado, disse que uma parte cozinharia e a outra, subiria ao mezanino.
Tensão para a torcida brasiliense: nosso conterrâneo Tiago está entre os que cozinharam e poderia ser o eliminado da noite. O consolo é uma aula de como escamar e filetar o peixe dada por Helena ー generosos, Erick Jacquin e Henrique Fogaça deixaram a gaúcha brilhar na estreia . “Isso aqui é para transformar a vida, é emocionante mesmo”, afirmou o rapaz.
Agora, ao mercado! Os amadores tinham que pegar o peixe e os ingredientes para uma receita em que a proteína brilhasse. Detalhe: não havia várias opções da mesma espécie. A correria no mercado foi grande ー tanto que Isabella foi ao chão e Tiago a ajudou a se levantar. Sobrou para a atriz o peixe que caiu junto com ela. Qual? “Não faço a menor ideia de que peixe é esse”, confessou. E tem mais gente na mesma situação: o universitário Eduardo também parece perdidinho.
Na hora de cozinhar, a tensão e o nervosismo parecem palpáveis entre os competidores. Nem mesmo a voz de Diogo Nogueira, que preparou uma elogiada moqueca baiana, os acalmou. Tanto que não demorou para que, em série, eles se cortassem. O primeiro foi José Sérgio. Depois vieram Antônio, Tiago e Isabella. Fora que Hugo teve problemas com o liquidificador e quase toma um banho de caldo de peixe.
Na avaliação foram chamados os três melhores pratos: Isabella (peixe cozido, curry de legumes, arroz de leite de coco), Raquel (pacu confitado, farofa de panko e purês de banana-da-terra e de batata-baroa) e Ana Paula (moqueca de piau, farofa de banana-da-terra e raiz de alho poró). Os três piores também foram à bancada: Antônio (Pacu empanado, pirão e farofa de caju. Helena avaliou que faltou unidade e umidade no prato), Luiz Sérgio (moqueca de piau desconstruída) e Juliana A. (pintado ao vapor no caldo de tucupi, salada de frutas verdes e farofa, prato que nenhum dos três jurados entendeu).
Os três piores estavam diretamente na prova de eliminação, os três melhores subiram para o mezanino. A melhor da noite, Isabella, teve o direito de levar mais alguém com ela. E ela salvou o brasiliense Tiago, que a ajudou lá atrás, no mercado.
Agora, Eduardo, Bernardo, Juliana N. e Heitor tiveram que disputar uma mini prova que salvaria mais um deles. A prova foi linda e deve ter dado um trabalho sem fim para a produção. Vendados e com o nariz tampado, os amadores tinham que adivinhar o que estavam comendo em um dos 60 cubinhos cuidadosamente preparados. Quem errasse, estaria fora.
Eduardo foi o primeiro a acertou que era pêssego. Bernardo errou a gema de ovo, Juliana N. confundiu caju com jaca e Heitor passou perto, mas disse rabanete para nabo. Eduardo salvou a própria pele.
Com mais tensão, Helena Rizzo (sempre ela!) anunciou que a prova de eliminação seria complicada. Heitor pediu logo que não fosse doce. Mal sabe ele que, quando um participante faz isso, o pedido é atendido ー mas ao contrário. Ou seja, era doce. E não qualquer doce, mas um devil’s cake, que deveria ter três camadas de massa, duas de recheio e uma cobertura de ganache ー tudo de chocolate.
As duas Julianas não esconderam a felicidade com a prova, assim como Heitor e Bernardo deixaram claro o desespero de não terem feito essa receita nunca na vida. “Eu nem como chocolate”, afirmou Heitor. Oi? Não come chocolate?
O jeito foi apelar para mezanino e Heitor e Bernardo fizeram quase que uma prova em equipe. Não deu muito certo: os bolos deles e de Antônio foram os piores da noite, enquanto o de Juliana N. conquistou os jurados e foi eleito o melhor.
Ana Paula Padrão, então, anunciou uma novidade da temporada: os participantes que estão no mezanino têm 30 segundos para salvar um dos três piores da eliminação. Votação encerrada, a decisão foi não eliminar Antônio.
“Deu sorte, Antônio. Você seria o eliminado”, disse Fogaça, num misto de resignação e decepção. Assim, os detalhes teriam que falar mais alto e o primeiro eliminado do MasterChef acabou sendo o carioca Bernardo, que saiu atirando para todo lado: “Eu era psicologicamente mais preparado ali”.
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