“O amor está presente em tudo, até té quando temos ódio.” Num tempo em que o discurso de ódio prevalece, o da atriz Simone Spoladore parece ir na contramão. “Amar é um ato revolucionário. No sentido de que você precisa largar velhas opiniões sobre as coisas e se lançar no vazio”, continua a atriz, que vive Clotilde em Éramos seis.
Exibida às 18h na Globo, Éramos seis chega à quarta versão, sempre com muito sucesso. Para Simone, o encanto da trama da escritora Maria José Dupret trazida para as telas, desta vez, por Ângela Chaves, passa pelo cuidado de Lola (Gloria Pires) em formar os filhos com bons valores e exemplos. Clotilde vê isso de perto, pois é irmã de Lola e passa uma temporada na casa da protagonista, que acaba de ficar viúva.
“Eu me identifico muito com essa família que luta para dar a melhor educação possível para os seus filhos. Meus pais fizeram isso. Sempre ofereceram, dentro das condições que tinham, o melhor possível para mim e minhas duas irmãs. Nossa casa era cheia de livros e filmes, e quando eu pedi para fazer balé e teatro eles me levaram na mesma hora”, explica Simone, em entrevista ao Correio.
A presença do amor é muito forte também em Clotilde: “Ela era muito feliz até conhecer o Almeida (Ricardo Pereira). O encontro com o amor vai exigir que ela mude a sua visão do mundo. Fui muito inspirada pela Clotilde do livro, que é uma personagem quase oriental, muito ligada à plenitude de um cotidiano simples”.
Simone tem uma ligação forte com Brasília. Ela faz parte do elenco de filmes exibidos no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, como Desmundo e Lavoura arcaica. Além disso, a atriz rodou Insolação, de Daniela Thomas e Felipe Hirsch, na capital federal. “Apesar de adorar a cidade, fiquei muito perdida no vazio existencial de Brasília fazendo esse filme”, lembra.
Você está em Éramos seis, novela que chega à quarta versão. O que essa história tem de tão especial?
Eu me identifico muito com essa família que luta para dar a melhor educação possível para os seus filhos. Meus pais fizeram isso. Sempre ofereceram, dentro das condições que tinham, o melhor possível para mim e minhas duas irmãs. Nossa casa era cheia de livros e filmes, e quando eu pedi para fazer balé e teatro eles me levaram na mesma hora.
Você chegou a assistir a outras versões para criar a sua Clotilde ou seguiu o próprio caminho?
Segui meu caminho. Até porque, nas outras versões, a Clotilde era mais velha. Fui muito inspirada pela Clotilde do livro, que é uma personagem quase oriental, muito ligada à plenitude de um cotidiano simples. Para mim, a Clotilde era muito feliz até conhecer o Almeida. O encontro com o amor vai exigir que ela mude a sua visão do mundo.
Clotilde é uma moça romântica, que beira a ingenuidade. Ainda há espaço para tanto romantismo nos dias de hoje?
Eu acho que amar é um ato revolucionário. No sentido de que você precisa largar velhas opiniões sobre as coisas e se lançar no vazio.
No filme O livro dos prazeres sua personagem também é romântica. O que pode adiantar do longa?
Loreley é uma sereia devoradora de homens que vai ter que conectar mente e coração para aprender a amar.
Você é uma mulher romântica, de pensamentos otimistas?
Eu acho que o amor está presente em tudo, até quando temos ódio.
Tanto Éramos seis como O livro dos prazeres vêm de livros. Acha que essas adaptações podem incentivar a leitura de autores como Clarice Lispector?
Espero que sim. Nada substitui a experiência da leitura. Sei que sou constituída por todos os livros que li.
Você reencontra o diretor Carlos Araújo 16 anos depois de Esperança. É mais fácil trabalhar com quem você já tem experiência?
No segundo dia de gravação da novela, percebi que eu e o Carlos tínhamos uma linguagem em comum. Não era preciso falar nada, nós já estávamos conectados para contar essa história.
O que daquela Simone ainda está na Simone de hoje?
A ingenuidade. Mas agora com a visão expandida.
Assim como Esperança, Éramos seis é uma trama de época. Esse gênero é uma preferência sua?
Aconteceu de eu fazer umas histórias que se passam em outras épocas, mas não é uma preferência. O que eu gosto nisso é que eu realmente aprendo muito sobre a nossa cultura tendo que voltar no tempo.
Você faz muito cinema. É nos sets que se sente mais à vontade?
Eu amo o set de filmagem. É a minha floresta.
Filmes seus, como Desmundo e Lavoura arcaica, estiveram no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Como é a sua relação com Brasília?
Insolação, filme que fiz, foi rodado aí e é muito inspirado no cinema do Antonioni. Apesar de adorar a cidade, fiquei muito perdida no vazio existencial de Brasília fazendo esse filme.
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