Enquete: Glória Perez é homenageada por roteiristas. De que novela dela você mais gosta?

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Autora Glória Perez será a grande homenageada da premiação da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA). Qual é sua novela preferida entre as dela?

A novelista Glória Perez receberá, nesta sexta-feira (17/8), um prêmio pelo conjunto da obra dela. A Associação Brasileira de Autores Roteiristas (Abra) vai homenagear a autora de sucessos como Caminho das Índias e A força do querer.

Mesmo já tendo esse troféu garantido, Glória pode sair da festa com outro prêmio. Ela foi indicada na categoria roteiro de novela pelo trabalho em A força do querer. Concorrem também: Malhação ー Viva a diferença, de Cao Hambúrguer, Novo mundo, de Alessandro Marson e Thereza Falcão, Os dias eram assim, de Alessandra Poggi e ngela Chaves, e Tempo de amar, de Alcides Nogueira.

O Próximo Capítulo resolveu relembrar também os trabalhos de Glória Perez e quer saber de você: Qual é a novela da autora de que você mais gosta? Vote aqui na enquete que preparamos.

Qual é a sua novela preferida escrita por Glória Perez?

Lucélia Santos como Carmen em novela homônima

Carmen (1987) – Exibida pela extinta TV Manchete, Carmen é a primeira novela que Glória Perez escreveu sozinha. Dirigida por Luiz Fernando Carvalho e José Wilker, a trama tinha Lucélia Santos no papel da protagonista. Carmen era uma moça do subúrbio que faz um pacto com a Pomba Gira (Glória sempre teve a imaginação fértil) para encantar os homens, em especial José (Paulo Gorgulho), que é apaixonado por Micaela (Júlia Lemmertz). Corajosa, a Manchete driblou a censura e exibiu, no primeiro capítulo, uma cena de nudez de Lucélia Santos que custou uma advertência. Tratar de temas atuais é uma marca de Glória Perez. Aqui, ela discutiu um tema até então desconhecido, a Aids, por meio de Rosimar (Theresa Amayo), infectada com o vírus quando fez uma transfusão de sangue.

Cassia Kiss, Victor Fasano e Cláudia Abreu: polêmica em Barriga de aluguel

Barriga de aluguel (1990) – O primeiro sucesso de Glória Perez na Globo foi exibido na faixa das 18h. A trama começava ao som de Aguenta coração, na voz de José Augusto, e anunciava nomes como o da novata Cláudia Abreu e o da veterana Cássia Kiss. Elas interpretavam Clara e Ana, respectivamente. Ana e o marido, Zeca (Victor Fasano), sonhavam em ter um filho e, para isso, recorrem à barriga de aluguel ー imagina esse tema em 1990! Quando Clara engravida do filho do casal, a discussão ética vem à tona. Ainda mais porque Clara passa a se sentir mãe da criança. A disputa judicial pela guarda da criança seguiu até o último capítulo, quando foi resolvido num bonito desfecho.

Hilda Furacão marcou a estreia de Ana Paula Arósio na Globo

Hilda Furacão (1998) – Ana Paula Arósio tinha chamado a atenção da Globo fazendo novela no SBT e estreou justamente com o papel título desta minissérie. A atriz deu conta do recado, ganhando vários prêmios naquele ano. Ela vivia Hilda Furacão, prostituta que escandalizava beatas mineiras pelo estilo de vida e por tentar seduzir o frei Maltus (Rodrigo Santoro). O dilema entre o celibato e a tentação acompanha o discípulo do padre Nelson (o grande Paulo Autran). A minissérie teve grandes atuações de nomes como Matheus Nachtergaele, Walderez de Barros e Ricardo Blat. Hilda Furacão foi eleita pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) a melhor novela, o melhor ator coadjuvante (Rogério Cardoso), ator estreante (Matheus Nachtergaele) e melhor diretor (Wolf Maya).

Murilo Benício e Giovanna Antonelli em O clone

O clone (2001) – A novela das 21h foi um grande desafio para Murilo Benício, que defendeu três personagens na trama ー Diogo, Lucas e Léo. O principal assunto levantado por Glória Perez aqui é a clonagem. O cientista Augusto Albieri (Juca de Oliveira) não se conforma com a morte do afilhado Diogo e, a partir do DNA do irmão gêmeo dele, Lucas, quer fazer um clone. Ele injeta o material genético em Deusa (Adriana Lessa) e, daí, nasce Léo. A trama da clonagem, confusa, demorou a decolar, dando espaço para o núcleo que se passava em Marrocos. Ali, Jade (Giovanna Antonelli) tenta driblar as amarras orientais e levar uma vida independente. Eliane Giardini foi eleita pela APCA a melhor atriz de televisão e Stephany Brito, a revelação. Elas viveram Nazira e Samira, respectivamente.

O Brasil torceu pela união de Raj e Maya em Caminho das Índias

Caminho das Índias (2009) – Quem não se lembra de Maya e Raj, casal interpretado por Juliana Paes e Rodrigo Lombardi que encantou o país? O par romântico enfrentou vários obstáculos para ficar junto ー da diferença cultural a Bahuan (Márcio Garcia) e Duda (Tânia Khalil), apaixonados pelos pombinhos. Além dessa história de amor, Caminho das Índias nos divertiu com a exagerada Indhira (Eliane Giardini, espetacular em cena) e nos emocionou com Opash (Tony Ramos), Shankar (Lima Duarte) e Laksmi (Laura Cardoso) e com a abordagem da esquizofrenia por meio de Tarso (Bruno Gagliasso). Caminho das Índias foi a primeira novela brasileira a ganhar o Emmy Internacional de melhor novela, em 2009.

Juliana Paes se destacou como Bibi Perigosa em A força do querer

A força do querer (2017) – A novela mais recente de Glória Perez sacudiu a faixa nobre com mulheres fortes e decididas, como Bibi Perigosa (Juliana Paes, no melhor papel da carreira dela), Ritinha (Isis Valverde), Jeiza (Paolla Oliveira) e Silvana (Lilia Cabral). Elas deixaram os personagens masculinos, como Eugênio (Dan Stulbach), Zeca (Marco Pigossi) e Ruy (Fiuk), no chinelo. A força do querer ainda marcou época por apresentar o tema da transexualidade, a partir de Ivana (Carol Duarte), que, no decorrer da trama, muda de sexo e vira Ivan. A APCA reconheceu A força do querer como a melhor novela do ano e Juliana Paes como a melhor atriz.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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