Crédito: Beth Dubber/Netflix/Divulgação
Nunca pensei que esse dia fosse chegar: o dia em que eu defenderia a série 13 reasons why. No ano passado, quando a produção estreou na Netflix, fiz parte do coro negativo (você pode ver aqui o post em que falamos dos riscos da primeira temporada após uma entrevista com uma profissional da saúde).
E explico: o seriado me assustou muito em relação à abordagem da temática principal: o suicídio da protagonista Hannah Baker (Katherine Langford). Na história, antes de morrer, a personagem deixa sete fitas em que explica as 13 razões para se matar. Ou melhor, quem seriam os responsáveis pela sua atitude.
A culpabilização foi logo o que me incomodou. Depois, o ar de heroína em torno de Hannah e até a exibição da cena da morte da personagem, que vai contra uma determinação da OMS.
Mas, desde aquela época, a série tinha um acerto à vista ao abordar outros temas importantes para o público juvenil, como bullying e abuso sexual, além de mostrar uma verdade nua e crua de como é difícil ser adolescente — algo que quando a gente cresce, muitas vezes, acaba esquecendo.
E mostrar essas dificuldades é, sem dúvidas, o grande acerto da segunda temporada de 13 reasons why (leia aqui uma crítica mais completa com foco nos 9 episódios, dos 13 da segunda temporada). A série se aprofunda em assuntos espinhosos, principalmente, no assédio sexual, tema bastante em voga no momento após as denúncias em Hollywood e no esporte mundial.
Ao descolar da história de Hannah, 13 reasons why abre espaço para outros debates e o ponto de vista de outros personagens sobre a mesma trama. Além disso, tira esse ar de culpa tão presente na primeira temporada servindo de alerta para o espectador, tanto em diálogos dos próprios personagens, quanto na escolha pela inserção de um vídeo explicativo de como buscar ajuda em casos parecidos.
Um serviço e tanto, além de entretenimento de qualidade! E, se eu puder dar um conselho, pule logo para a segunda temporada!
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