Três atrizes que estão muito bem em seus papéis têm mais do que o talento comprovado em comum. Regina Duarte e Laura Cardoso roubam a cena a cada vez que aparecem como Lucerne de Tempo de amar e Caetana de O outro lado do paraíso, respectivamente. Apesar de defender um personagem muito mal desenvolvido (A ex-Elizabeth, ex-Duda e agora Elizabeth de novo em O outro lado do paraíso), Gloria Pires se sai bem na confusa novela de Walcyr Carrasco (veja falhas da trama).
Mais do que serem interpretadas por três grandes atrizes, Lucerne, Caetana e Elizabeth têm outra coisa em comum: são ou foram donas de bordel.
Lucerne vem na sequência de bons personagens que Regina Duarte vem ganhando nos últimos anos ー desde a Clô de O astro (2011) ela vem se destacando novamente. Com Lucerne, Regina nos brinda com uma personagem dúbia. A cafetina que comanda a Maison Doreé tem sotaque francês e hábitos lascivos à noite dá lugar a uma mulher da sociedade que se faz de romântica para conquistar o amor (e a fortuna) de José Augusto (Tony Ramos), que caiu na lábia dela, mas não desconfia da profissão da mulher.
Além de um bom personagem, Regina Duarte tem dois fatores que a fazem brilhar ainda mais. O primeiro é o texto de Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago, de longe o melhor entre as novelas atuais da Globo. O outro é nosso velho conhecido: como é bom ver Regina e Tony contracenando mais uma vez! Os dois parecem se entender pelo olhar.
Quem também está bem de parceiros de cena é Laura Cardoso, a Caetana da frágil O outro lado do paraíso. Vira e mexe ela contracena com Fernanda Montenegro (Mercedes) e com Lima Duarte (Josafá). Um trio desses nem o texto de Walcyr Carrasco consegue derrubar!
Mas Caetana não é mais dona do bordel de Pedra Santa. Ela o vendeu para Elizabeth, personagem de Gloria Pires. Uma atriz com a experiência e o talento de Gloria Pires não merecia um personagem tão ruim. Chega a lembrar a Marieta/Rafaela que quase a fez abandonar O rei do gado. Fica a dica, Gloria: quando um personagem muda de nome no meio da trama é fria. Quando ele volta ao primeiro nome depois, é gelada!
O pior é que um dos grandes momentos de Elizabeth era o julgamento do assassinato de Laerte (Raphael Vianna), do qual ela é acusada. Ainda como Duda (eu falei que era confuso!), ela viu Laura Cardoso ter a melhor cena da noite, quando Caetana diz que ela fez bem em matar Laerte. O texto de Laura era muito melhor do que o de Gloria, embora ficasse longe de ser bom, e até o irregular Thiago Fragoso (Patrick) e a revelação Julia Dalavia (Adriana ー na primeira novela das 21h, ela já está bem!) chamaram mais a atenção. A sorte é que Gloria é boa atriz e aproveita os poucos momentos bons que a personagem a proporciona. Os embates com o ex-sogro Natanael (Juca de Oliveira) estão superando o texto péssimo e a trama capenga. Ponto para Gloria!
Ator carioca de 46 anos retorna às produções bíblicas com Reis em ano que festeja…
Ator de 33 anos comentou sobre os trabalhos no audiovisual que vem emendando desde 2020…
Atriz que protagoniza No ano que vem e estará de volta com Rensga Hits celebra…
Protagonista das cinco temporadas de Star Trek: Discovery, Sonequa Martin-Green comenta o caminho trilhado pela série…
Ator pernambucano, de 37 anos, entrou para o elenco de Família é tudo, da Globo, e…
Atriz gaúcha protagoniza série independente gravada no Mato Grosso e exibida em uma tevê estatal…