Se você for um piloto de corridas, o maior posto de excelência para sua profissão seria a Fórmula 1. Caso se trate de um jogador de futebol, seu cargo seria máximo seria a seleção. Já se tratando de balé, a excelência é legitimada a partir do momento em que você se torna o principal bailarino do Royal Ballet de Londres. É nesse posto que se encontra o bailarino Thiago Soares. Soares é o tema do documentário Primeiro bailarino, que estreia neste domingo (14/1) no canal Max, às 21h, e que apresenta o cotidiano do carioca de São Gonçalo nos bastidores do Royal Opera House, na Inglaterra, e em seu trabalho no Brasil. Entre uma rotina pesada de ensaios e apresentações dignas da realeza, o documentário tenta mostrar como o bailarino de apenas 36 anos saiu do completo anonimato e se tornou o rosto de uma das maiores companhias do mundo.
O diretor do documentário é Felipe Braga e a produção ficou por conta de Roberto Rios, Paula Belchior e Patrícia Carvalho. O documentário — dividido em capítulos (tracks) — sobrepõe os testemunhos de Thiago em off com imagens de suas atividades cotidianas. E para os que se questionam sobre como o bailarino alcançou o topo do mundo na sua carreira, ele mesmo dá a dica: capacidade de desafiar os próprios limites e de se reinventar. Soares e o diretor conversaram com o Correio sobre os dilemas da dança, e segundo o bailarino, o público vai gostar da veracidade do trabalho: “A proposta do Felipe era documentar um período de muita ação de minha vida como bailarino e o que torna alguém protagonista de uma companhia internacional. A gente está ao extremo dia após dia. É um projeto muito genuíno, muito honesto, é um verdadeiro retrato do que é estar nessa máquina que é o Royal Ballet. Esse era meu maior medo, mas fiquei empolgado com a proposta do Felipe porque era mostrar tudo isso, para o bem e para o mal”.
Sobre o sucesso nos palcos, Soares demonstra humildade: “Eu me sinto um privilegiado por ter conseguido viver a vida do bailarino completamente por um momento, esquecer minhas prioridades e dar tudo de mim, passar a maior parte do tempo com anti-inflamatório e gelo nas pernas, é além de só dançar. Realmente dançar é minha vida, meu melhor amigo, meu melhor inimigo, tudo que eu tenho, tudo que eu to usando é por causa da dança”. A respeito das motivações para realizar o documentário, o diretor Felipe Braga explica: “Os bastidores do Royal é pouco conhecido, e quando eu conheci o Thiago percebi que ele seria um ponto de vista muito rico para explicar as pessoas como é está lá, explicar quais são os desafios, o que ele passa todo dia”.
Mas o que será que Thiago busca o documentário? O primeiro bailarino responde: “Confesso que quando o Felipe conversou comigo, eu fiquei surpreso e muito feliz. Ter a história contada em um filme é um sonho, é claro. Minha vida é uma eterna reconstrução, eu estou todo dia trabalhando isso. Eu fiquei um pouco preocupado, porque estava abrindo muito para mostrar tudo da minha vida, o que eu estava fazendo, comendo, mas quando eu percebi que estava seguro com o Felipe, eu não pensei em ganhar nada, ele não é um filme promocional, é um filme que mostra um cara da arte, é uma peça do grande teatro, eu não quis vender nada”.
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