CBNFOT080120210057 2021. Crédito: Stratostorm/Divulgação. Cultura. Cenas do curta-metragem em animação Umbrella, de Helena Hilario e Mario Pece.

Animação brasileira Umbrella tem todos os ingredientes de uma trama universal

Publicado em Filmes

Buscando uma indicação ao Oscar na categoria de curta-metragem, Umbrella entrega história emocionante com narrativa que toca pessoas de qualquer nacionalidade

Os criadores, roteiristas e diretores do filme Umbrella, o casal Helena Hilario e Mario Pece, foram certeiros no curta-metragem recém divulgado no YouTube e que segue até o dia 21 na plataforma de forma gratuita (assista no fim do post). A produção, que levou quase 10 anos para ser finalizada, tem chamado a atenção e pode colocar o Brasil na disputa do Oscar na categoria de animação. E tem motivo.

Assim como Soul, da Disney se tornou num grande hit pela mensagem, Umbrella segue o mesmo caminho. Visualmente, a animação é linda e extremamente bem feita. O que é muito importante para a produção, já que não há diálogos. A história perpassa pela imagem, pelos sentimentos que precisam ser demonstrados nos belos traços e pela trilha sonora.

Em quase oito minutos, o curta narra a história de Joseph, menino que fica impactado com a chegada de uma mulher e a filha dela com um guarda-chuva amarelo ao abrigo de crianças em que ele vive. Aos poucos, a produção vai explicando o motivo pelo qual o personagem tem essa fixação pelo objeto, já que o garoto não se importa com a caixa de brinquedos trazida pela mãe e filha. Mas, sim, com o guarda-chuva, daí, inclusive, o título da animação que vem do termo em inglês para denominar o acessório, “umbrella”.

A narrativa de Joseph é delicada e tocante. Também é de uma inteligência do roteiro escolher uma temática abrangente de forma mundial, como a imigração aliada a um assunto universal, o amor, seja ele de pai para filho, seja dele de casal — já que o filme aborda os dois.

Vale lembrar também que Umbrella foi inspirado numa história real, como contaram os idealizadores em entrevista ao Correio: “Foi uma história que tocou a gente de uma forma tão pessoal, porque a gente conseguiu ver a inocência de uma criança, a única memória afetiva que ele tinha naquela idade era a lembrança de um guarda-chuva”.

Assista abaixo a Umbrella, de Helena Hilario e Mario Pece