Em Territórios, terceiro episódio de Amor e sorte, casal adia separação por causa da pandemia. No elenco, Fabiula Nascimento e Emilio Dantas
A realidade a ficção andam lado a lado em Territórios, terceiro episódio da série Amor e sorte, que a Globo exibe nesta terça-feira (22/9) após A força do querer. A união começa pelo fato de, tanto na vida real como na ficção, Fabiula Nascimento e Emilio Dantas serem um casal ー no episódio eles são Clara e Francisco. Mas se distancia do real porque os personagens estão em crise.
Clara e Francisco estão decididos a se separar quando a pandemia chega ao Brasil e ele não pode mais sair de casa. “Esse casal está junto, mas está longe do amor. Com a pandemia, eles têm que conviver ainda mais tempo”, afirma Jô Abdu, autora do episódio ao lado de Adriana Falcão.
Emilio se apressa em dizer que a separação iminente de Clara e Francisco não abalou o casamento dele com Fabíula: “A gente estava tão junto, tão acertado enquanto casal que em nenhum momento o lance da separação dos personagens bateu.”
O cenário é outro ponto de convergência entre a realidade e Territórios ー a começar pelo cachorro do casal, que acabou virando personagem da comédia também. A casa onde eles moram serviu de cenário para o especial. Para o diretor Ricardo Spencer eles terem aberto a casa para essa experiência foi um ponto essencial para a realização de Amor e sorte. “A primeira coisa que fiz foi desenhar uma planta baixa da casa para pensar as locações das cenas”, afirma. “Combinar a vida doméstica, o dia a dia com o trabalho sendo gravado aqui em casa foi um desafio”, completa Emilio.
Outra coisa que Adriana aproveitou na trama foi um hobby que o casal tem: pintar. “O texto tem muito da gente porque o mundo está passando por coisas parecidas com as que passam o casal. Então, você tem como imprimir a própria vivência nos personagens. Sabíamos que eles pintam. Então usamos isso a nosso favor na dramaturgia”, explica a autora.
Fabiula ficou animada quando soube que o universo das artes plásticas estaria presente em Amor e sorte. “Na ficção, a artista plástica sou. Na realidade, é ele. Eu só brinco. Essa inversão foi muito legal”, afirma a atriz, lembrando que para as cenas eles tiveram que pintar a mesma tela de tamanhos diferentes.
A experiência de gravar um episódio de série totalmente de forma remota vai deixar marcas na vida profissional de Emilio e Fabíula, acredita a atriz. Além de ter despertado nela a vontade de dirigir, “o processo nos tornou novos atores, com outras nuances.”
