Milton Gonçalves, ator e diretor que morreu nesta segunda-feira (30/5), aos 88 anos, era daqueles que não passam sem ser notados. Magnânimo, Milton era gigante em seu ofício. Era também gigante em sua luta pela representatividade negra na televisão brasileira. E como as escolhas de Milton nos ensinaram nesse sentido! Sem ser panfletário, Milton era um dos atores mais políticos da nossa televisão.
Foram vários os personagens marcantes na telinha. Na histórica A cabana do Pai Tomás (1969), na lúdica Saramandaia (1973), na politizada Roque Santeiro (1985) e na clássica Sinhá Moça (1986) ー Milton trazia ternura a temas como racismo, preconceito, corrupção. Mas isso não significa que não levava essas temáticas a sério. Levava. E demais. Em palanques como candidato a governador ou à frente do sindicato dos artistas, isso era bem visível.
Em A favorita (2008), em cartaz atualmente no Vale a pena ver de novo, Milton vive o deputado Romildo Rosa, corrupto e que esconde uma segunda família dos filhos Alícia (Taís Araújo) e Didu (Fabrício Boliveira). O personagem acaba sendo uma crítica ao fisiologismo e ao “coronelismo” da política brasileira. A cara de Milton.
Milton Gonçalves não parou de inovar. Em 2019, levou o público às lágrimas no especial de fim de ano Juntos, a magia acontece, no qual vivia um patriarca que, para dar esperança à neta (e ao Brasil) conseguia o emprego de um Papai Noel de shopping. Essa magia, de termos no país um ator desse tamanho, ninguém nos tira. Milton Gonçalves, assim como Papai Noel, sempre fará parte do nosso imaginário.
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