Quer ver a Terezinha de Vai que cola de perto? Então, corre pro teatro a atriz Cacau Protásio está em cartaz no Teatro dos Bancários com a comédia Deu a louca na Branca. O Próximo Capítulo aproveitou para falar com ela sobre outros assuntos, como novela e cinema e, claro, o Vai que cola. “A gente está no ar há tanto tempo por milagre de Deus”, brinca Cacau, que não se importa com as críticas que recebe pelo tom de voz de Terezinha. “Jesus não conseguiu agradar a todos, então simbora gritar”, diverte-se. (veja crítica da temporada)
Cacau também falou sobre temas mais sérios, como preconceito. “Estamos evoluindo aos poucos, mas estamos”, afirma a otimista atriz. “As pessoas saem de peça rindo, mas pensando um pouco mais no significado da expressão ‘respeito às diferenças’”, complementa.
O Vai que cola está na quinta temporada. Como manter uma atração atualizada sem se repetir por tanto tempo?
Milagre de Deus (risos). Brincadeira! Acredito que o nosso elenco, a cada ano que passa, vai tendo mais propriedade de seus personagens, amando mais a cada um deles. Isso faz com que tenhamos leveza e criatividade para inovar. A generosidade de todo elenco ajuda também.
Algumas piadas colocam Terezinha como alvo de preconceito por estar acima do peso. Essas piadas te incomodam de alguma forma?
Não, nunca! Eu amo muito Teresinha. Infelizmente o bullying faz com que as pessoas parem e pensem mais. É na brincadeira que mandamos nossos recados.
Ao mesmo tempo, a personagem parece estar muito bem resolvida com essa questão e com a questão da sensualidade também. O público chega até você para falar de questões mais sérias, como autoestima, por exemplo?
Ouço muito “Teresinha me tirou da depressão! Me fez me amar mais”. Sou grata a Deus por isso.
Os tempos de hoje são marcados por discursos de ódio, mas também de empoderamento. É mais difícil fazer comédia hoje em dia do que há 10, 20 anos?
Hoje é muito mais fácil, estamos evoluindo.
Seu tom de voz em Terezinha recebeu muitas críticas no início do programa. Nesta temporada, os outros personagens até brincam com esse assunto. Como lida com as críticas? Costuma ler o que escrevem?
Lido muito bem. Jesus não conseguiu agradar a todos, então simbora gritar (risos)
Além da peça e do programa, quais são seus próximos passos? Você tem vontade de voltar a fazer novelas?
Rodei um filme que estreia em janeiro, Os farofeiros, e vou rodar outro em junho. Quero fazer tudo: tevê, cinema, teatro, séries.
O texto de Deu a louca na Branca parece trazer um forte conteúdo de combate ao racismo, mesmo que bem-humorado. A comédia pode ser uma caminho para falar de assuntos mais espinhosos?
Acredito que que o autor Cacau Higino não escreveu com esse intuito, mas tem algumas partes do texto que falam de várias diferenças. As pessoas saem de peça rindo, mas pensando um pouco mais no significado da expressão “respeito às diferenças”.
Para ficar em uma temática da peça, faltam princesas, bonecas, heroínas negras?
Com certezaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa…
Sentia-se representada por esses ícones quando era criança?
Não, nunca, pois não tinha princesas gordas nem negras. Eu não me via em nenhuma delas.
Estamos menos racistas hoje?
Sim, graças a Deus. Eu acredito que vamos um dia respeitar o próximo do jeito que ele ou ela for.
Você apareceu para o grande público numa novela de sucesso (Avenida Brasil), no papel de empregada doméstica. Atrizes e atores negros ainda têm mais dificuldade de diversificar os papéis, especialmente na tevê?
Agora não. Estamos caminhando devagar e sempre.
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