Bridgerton retorna e elenco destaca a “temporada das mudanças”

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Sucesso da Netflix, Bridgerton estreia terceiro ano focado em romance de Colin e Penélope, e elenco comenta novidades da série

Por Pedro Ibarra

A marcha nupcial já toca nos ouvidos da Netflix. Bridgerton estreia a terceira temporada na plataforma nesta sexta-feria e os fãs da temporada de casamentos da aristocracia antiga terão oportunidade de curtir os quatro primeiros episódios do seriado que é um fenômeno recente no streaming. A segunda parte chega em 13 de junho.

Assim como nos anos anteriores, o protagonismo muda de donos. Anthony e Kate já estão casados e a história escolhida para dar continuidade à saga da família Bridgerton é a de Colin, Luke Newton, e Penélope, Nicola Coughlan. Em uma clássica história de melhores amigos que se apaixonam, a temporada vai lidar com o preconceito com as pessoas gordas, as quebras de expectativa e a trama de mentiras de Penélope na vida dupla como Lady Whistledown, a responsável por espalhar os boatos, os rumores e as fofocas da nobreza britânica.

No entanto, o que mais chama atenção é a ousadia da mudança. “É legal pensar que essa é a temporada das mudanças, porque não é só nossa temporada que mudou, tudo está um pouco diferente. Todos os personagens estão em novos processos”, reflete Luke Newton em resposta à Revista. “Todo episódio apresenta uma dinâmica distinta. Eles se sentem diferentes em relação uns aos outros, ou na forma como enxergam o mundo. Mudanças são um tema forte desta temporada”, complementa o ator.

Porém, o cerne do que é Bridgerton permanece intacto e, por isso, a aposta é de que o sucesso das outras duas temporadas e do derivado, Queen Charlotte, se repita em mais um lançamento. “Bridgerton não tem vergonha de celebrar o amor, o romance e a alegria. O mundo é um lugar muito cínico, não há tanto espaço para esse tipo de arte. Talvez esse seja o fato que faz dessa série tão popular, nós realmente precisamos dessa série”, acredita Nicola Coughlan.

A série portanto continua trazendo histórias e arcos que despretensiosamente fisgam o espectador. “Nesta temporada, nós temos a oportunidade de ver o trabalho interno dos personagens, por isso fica tão claro que essa é uma temporada de mudanças”, diz Claudia Jessie, responsável por dar vida a Eloise Bridgerton. “Cada personagem tem a própria chance de trabalhar quem eles são e o que querem”, adiciona Hannah Dodd, estreante no papel de Francesca.

Jessie acredita na alcunha da temporada e destaca as novidades. “Essa é realmente a temporada das mudanças. Seja por amizades inesperadas, seja por romances surpreendentes”, aponta. “Os episódios são muito diferentes entre si, dá para sentir as mudanças de direção com o passar da temporada”, complementa Jessica Madsen, que empresta o corpo para Cressida, personagem que ganha um papel mais central na trama.

O poder da fofoca

Informação é poder em Bridgerton | Foto: Laurence Cendrowicz/Netflix

O foco principal da série são os boatos e as histórias que correm pela nobreza e alteram a forma como homens e mulheres se portam durante a temporada de casamentos. As informações são mais valiosas do que qualquer riqueza, afinal, um bom casamento, naquela época, deixava qualquer família rica. “Essas mulheres têm um objetivo e precisavam trabalhar para conseguir o que querem que aconteça, para acontecer. Para isso, elas precisam de informações, que chamamos de fofoca”, afirma Adjoa Andoh, que interpreta Lady Danbury.

Porém, a atriz não concorda com o termo fofoca. “As pessoas podem chamar de fofoca, mas, para mim, é o poder do conhecimento. Se fosse vindo de um homem, nós chamaríamos de espionagem”, critica. “Quando vem de mulheres, o nome se torna pejorativo, mas essa tal fofoca é o que norteia as decisões da vida dos personagens”, acrescenta. “Em uma época em que as mulheres não tinham as posições de poder, a informação dava para elas a possibilidade de decisão”, completa Ruth Gemmell, que é a chefe da família protagonista Lady Bridgerton.

Essa forma de transmitir informações sempre existiu, só foi mudando de nome com o tempo. “Fofoca ou o boca a boca eram as coisas que faziam as histórias viajarem pelo mundo antigamente. Sempre existiu, sempre foi uma forma de contar histórias. Na modernidade, é apenas conhecido como X, ou Twitter, só foi para as telas”, explica Golda Rosheuvel, a Rainha Charlotte da série, que acredita no poder das histórias. “Nós, como seres humanos, gostamos de histórias, independentemente do que são ou de onde vêm”, pontua.

Nova ordem das histórias

Bridgerton, antes de uma série de televisão era uma popular saga de livros da autora Julia Quinn. Ao todo são nove livros, e a ordem vinha sendo seguida pela produção criada por Shonda Rhimes, porém, nesta temporada, houve uma mudança. O terceiro livro, Um perfeito cavalheiro, não será adaptado agora. O quarto livro, Os segredos de Colin Bridgerton, tomou o lugar.

“Nós soubemos bem no início da segunda temporada. Foi assustador e incrível ao mesmo tempo”, lembra Nicola Coughlan. A atriz conta que foi uma escolha editorial para manter o enredo que vinha da temporada anterior quente. “Os personagens estavam estabelecidos, a audiência já os conhecia e parecia ser um atraso esperar até a quarta temporada para contar essa história”, explica.

Pedro Ibarra

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