Aquecimento para o Emmy: Better call Saul

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Drama Better call Saul concorre a cinco Emmys com uma história de tribunal eletrizante. Será que leva algum?

Aquecimento Emmy! Toda sexta-feira o Próximo Capítulo publicará críticas de produções indicadas ao Emmy awards 2017 que ainda não foram citadas no blog. Acompanhe!

Pelo segundo ano consecutivo, a série Better call Saul está entre as indicadas ao Emmy (já falamos sobre os indicados The night of e Silicon Valley). Desta vez, a atração concorre a seis estatuetas nas categorias dramáticas: melhor ator (Bob Odenkirk), melhor ator coadjuvante (Jonathan Banks), melhor elenco, melhor diretor (Vince Gilligan, pelo segundo episódio — Wintress), melhor roteiro (Gordon Smith, pelo quinto episódio — Sacanagem) e melhor som.

Gosto da série e gosto muito de Banks, mas se tivesse que apostar dinheiro, não investiria em nenhum Emmy para Better call Saul. Não que falte qualidade (não falta!), mas sobra favoritismo em outras séries que estão no páreo.

Better call Saul está na terceira temporada (a anterior concorreu a sete Emmys, mesmo número da primeira) e ainda não levou nenhum troféu para casa. A quarta temporada está confirmada.

Elenco é um dos pontos altos de Better call Saul

A atual leva de episódios (são 10, no total) tem início no mesmo ponto onde a segunda temporada terminou: Jimmy (Bob Odenkirk) confessa um crime ao irmão Chuck (Michael McKean) sem saber que está sendo gravado. A temporada gira em torno de como Jimmy vai fazer para sair desse imbróglio jurídico-familiar. É claro que Mike (Jonathan Banks) vai entrar em ação — mas não me pergunte como: esse é um dos pontos-chave da temporada.

O encontro dos dois demora um pouco a acontecer e, por isso, a temporada também custa a deslanchar. Mas, quando o programa engrena, este torna-se o melhor ano da produção. Better call Saul, para mim, tem essa característica: ao contrário do que costuma acontecer, a qualidade das temporadas vem num crescente, sendo a terceira a melhor.

O roteiro de Better call Saul indicado ao Emmy

O Emmy tem uma característica interessante e bem particular: categorias como direção e roteiro são indicadas a cada episódio. No caso de Better call Saul, a direção de Vince Gilligan concorre pelo irregular segundo episódio (Wintress). Já o roteiro indicado foi o do quinto episódio (Sacanagem), o melhor da temporada, assinado por Gordon Smith.

Em Sacanagem acontece a grande virada da temporada de Better call Saul. O episódio se passa durante o primeiro julgamento de Jimmy, que está sendo defendido no tribunal por Kim (Rhea Seehorn). Em frente ao juiz, os irmãos se digladiam, com direito a reviravoltas constantes na narrativa. Para coroar tudo isso, Gordon Smith dá o pontapé para uma segunda metade da temporada bem mais movimentada e ágil.

Além do texto e das surpresas, Rhea Seehorn, Bob Odenkirk e especialmente Michael McKean dão um show de interpretação. Essa é a tônica não somente de Sacanagem, mas de toda a terceira temporada de Better call Saul, que ainda tem o sempre inspirado Jonathan Banks. Que venham os capítulos da quarta!

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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