Atores mirins chamam a atenção na telinha pela fofura e desenvoltura em frente às câmeras

Publicado em Novela

Davi e Mari Campolongo em Poliana Moça, no SBT, e Emilly Nayara, em Turma da Mônica – A série,  são exemplos que comprovam que talento não tem idade

Antigamente a presença de crianças no elenco de novelas e séries era sinônimo de uma interpretação tatibitate, de personagens supérfluos, sem importância para a trama. Agora, não é mais bem assim. Os meninos e meninas esbanjam desenvoltura e dão show. Ainda mais se a produção é voltada para a faixa etárias deles. Os irmãos Davi e Mari Campolongo repetem a parceria da vida real em Poliana Moça no SBT, e Emilly Nayara vive a garota Milena em Turma da Mônica — A série, no Globoplay.

Davi, 15 anos, e Mari, 8 anos, dividem os sets como Bento e Chloe e o amor pela atuação desde cedo. “Nascemos praticamente em cima do palco”, diz Mari em entrevista ao Correio. Filhos de músico, eles acompanham o pai e também têm talento musical. Sobre a parceria profissional, os dois são só elogios um para o outro.

“Sempre fomos muito ligados e próximos. Ter ela na rotina das gravações e acompanhar de perto o início da trajetória dela me enche de orgulho”, derrete-se Davi. “Davi é meu melhor amigo, meu incentivador. Ter meu irmão junto comigo no meu primeiro trabalho na TV é um sonho e ficará marcado para a vida toda”, devolve a menina.

Os dois juram que nunca brigam. “Discussões bobinhas, sim, mas brigar, nunca”, diz o ator. Sapeca, Mari entrega o que acontece: “Às vezes eu provoco, coisa de caçula, né? Mas são coisinhas bobas e passageiras”.

Representatividade

Do alto de seus 14 anos, a atriz Emilly Nayara, a Milena de Turma da Mônica — A série, entende a importância de uma menina negra estar em destaque numa produção infantil. Ela sabe que serve de espelho para crianças negras de todas as idades e que elas podem se ver nas telas por meio de Milena. Nem sempre foi assim. A geração anterior à de Emilly, por exemplo, não tinha tantas referências como ela tem hoje.

“Quando eu era menor, eu amava a princesa Tiana, da Disney. Ela era, e ainda é, a que eu mais sinto admiração quando a vejo nas telas”, conta. Estar no ar numa adaptação da Turma da Mônica é “louco e incrível” para ela. “Eu cresci com a turminha, aprendi a ler com os gibis, tanto na escola quanto em casa. Acho que até hoje a ficha não caiu”, comemora.

Entrevista // Davi Campolongo

Qual é a diferença do Bento de As aventuras de Poliana para Poliana moça?
O Bento de As aventuras para Poliana era muito inseguro pelo fato de não ter uma família e ter perdido a única pessoa que tinha, que era a senhora que cuidava dele. Sentia que ele queria se autoafirmar a todo instante e, com tanta imaturidade emocional e psicológica, ele era mais estressado. Em Poliana Moça, o Bento está muito mais maduro emocionalmente e psicologicamente. Aprendeu que não é obrigatório amar apenas uma pessoa, que o amor se multiplica e que é preciso saber dividir para depois multiplicar. No caso, que a Tia Ruth o ama, assim como ama o João. E ele está conhecendo o amor , o sentimento de se apaixonar, de se encantar. O garoto é um romântico à moda antiga .

Você estará no filme Eureka. O que pode adiantar desse projeto?
O filme acompanha a saga de Félix (meu personagem), um pequeno gênio da ciência que, após precisar largar os estudos para ajudar a família e a irmã doente, se inscreve em um concurso de invenções em busca do prêmio e do passaporte definitivo para o mundo da ciência. Uma aventura com drama e comédia, o filme preza a amizade e superação. Tenho certeza que vai prender a atenção de todos vocês, uma história divertida e cheia de aventuras.

Como concilia a escola com as carreiras de ator e músico?
Já cresci assim (risos) desde os meus três anos. Fui alfabetizado pela minha mãe aos 3 anos e também iniciei os estudos da música. Comecei com a bateria. Depois vieram os instrumentos de percussão, violão , guitarra , ukulele ,violino… até chegar o momento em que eu fui aprovado para interpretar o maestro João Carlos Martins na infância e iniciei os estudos do piano. Hoje, curso o segundo ano do ensino médio e faço um curso de teoria musical, contraponto e partimento na USP. Continuo meus estudos de piano administrados pelo próprio maestro.

Você acha que, em algum momento, o ator Davi vai atrapalhar o músico? Ou eles poderão sempre coexistir?
Jamais! A arte é infinita e uma profissão completa a outra. Eu em cima do palco como músico preciso da preparação do Davi ator, assim como o Davi ator precisa do Davi músico. A arte é infinita e se completa. O que talvez possa acontecer é ficar um período no set de gravação e diminuir um pouco a quantidade de apresentações nos teatros e nos palcos, mas nas minhas redes sociais eu estou 100% ativo com minha musicalidade .

Entrevista // Mari Campolongo

Como você define a Chloe?
A Chloe é uma garota fofa, esperta, divertida, curiosa, sapeca ー muito colada com o irmão, amorosa com a família, muito inteligente.

O fato de o Davi estar no elenco te incentivou a também ser atriz?
Sim. Meu pai é músico. Nascemos praticamente em cima do palco. Eu acompanho meu irmão desde bebê, quando eu tinha acabado de completar 1 ano, fui com ele ao programa Encontro com Fátima Bernardes. Cresci vendo, admirando e aplaudindo. Então foi muito natural e as coisas foram acontecendo da mesma forma.