“Aquele menino sou eu!”, diverte-se o ex-ator mirim Vitor Novello

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No ar em Reis, na Record, artista de 28 anos, atuou quando criança em Paraíso tropical, reprisada pela Globo no Vale a pena ver de novo

Patrick Selvatti

Quem assiste atualmente a série Reis, na Record, e acompanha a reprise de Paraíso tropical, na Globo, já deve ter notado que o ator que interpreta Jeroboão na trama bíblica e o menino José Luiz, no Vale a pena ver de novo são a mesma pessoa. Aos 28 anos, Vitor Novello começou ainda criança na tevê. Além da obra que está sendo reexibida nas tardes da Globo, de 2007, esteve também em Insensato coração (2011) e Três Irmãs (2008). Recentemente, na Record, atuou em Topíssima (2019) e Gênesis (2020).

Em 2023, Vitor protagonizou o longa Infinimundo, dirigido por Diego Müller e Bruno Martins, que ainda será lançado, e participou da série do Globoplay sobre Raúl Seixas, como Plínio Seixas. Neste ano, o artista também se lançou como músico, pondo na rede seu primeiro álbum, à beça, que já conta com mais de 100 mil plays nas plataformas de streaming, e realizou dois shows.

Vitor Novello | Crédito: Priscila Nichelli

ENTREVISTA/ Vitor Novello

Como tem sido a experiência de se rever na novela Paraíso tropical, após 16 anos?

É curioso se ver muito mais novo! Eu lembro bem de alguns momentos dessa época, foi um trabalho bem importante na minha vida, a novela foi um sucesso e abriu outras oportunidades. Tenho gostado bastante de poder revisitar o Zé Luiz, mas confesso que às vezes dá um susto ouvindo minha voz de criança e penso: “Caramba, aquele menino sou eu!”.

Você é reconhecido nas ruas pelos personagens que interpretou na infância?

Acontece bastante. Logo antes de te responder por aqui, por exemplo, uma senhora me abordou e disse que se lembrava de mim pequeno, é que tem visto a reprise da novela. Uma coisa que acontece bastante também é a pessoa sentir que me conhece de algum lugar, já fui companheiro de natação, de aula de inglês e de hidroginástica… então explico e normalmente a pessoa faz o link.

De que forma ter começado a trabalhar ainda criança interferiu na sua infância/adolescência?

Trabalhar desde pequeno teve, como tudo na vida, seu lado bom e seu lado ruim. Perdi algumas viagens e brincadeiras da infância, mas ganhei outras brincadeiras com as quais brinco até hoje e pretendo brincar por toda a vida: a atuação, o teatro, o audiovisual e agora a música, que pra mim veio do mesmo lugar de desejo e necessidade de comunicação com o mundo pra além das palavras quotidianas.

O que mais te empolga nas produções bíblicas nas quais tem atuado nos últimos anos?

Gênesis e Reis me ensinaram bastante. Fazer personagens como Abrão e Jeroboão são desafios importantes, porque são figuras históricas e com as quais devemos ter o cuidado da pesquisa e do estudo. Preciso realizar essa sútil negociação entre a história e a presença do ator, é um trabalho interessante. Fiz bons amigos nesses últimos trabalhos e tenho me sentido feliz.

Como foi se aventurar na música depois de uma carreira bem sólida como ator? E quem são as suas referências musicais?

Foi uma aventura mesmo. Sempre toquei piano, aprendi com meu pai. Mas os desejos de se comunicar com o mundo de outras formas aumentaram, e me encanta compor. Me parece uma outra forma de tocar no mundo, bonita, e tem sido feliz esse início de jornada. Ano que vem tem mais coisa por aí! Meu álbum, à beça, está disponível em todas as plataformas digitais. Ele tem referências do forró e do xote como o Gonzagão e Dominguinhos, e outros como Caetano, Gil, Nando Reis e os Titãs. Uma grande mistura dentro desse grande guarda chuva da música popular brasileira.

O que pode adiantar sobre o filme Infinimundo?

É um filme super poético que eu gostei muito de ter feito. Com direção de Bruno Martins e Diego Müller e uma equipe genial de pessoas queridas, ele deve vir ao mundo no ano que vem. É o primeiro filme que protagonizo e tem sido muito importante na minha trajetória, além de ter também uma brincadeira com a música, novamente essa encruzilhada entre atuação e música na minha vida. O elenco também é cheio de pessoas talentosas e queridas, como Laura Dutra, Nicolas Vargas e Nelson Freitas. Estou animado pra ver o resultado!

Patrick Selvatti

Sabe noveleiro de carteirinha? A paixão começou ainda na infância, quando chorou na morte de Tancredo Neves porque a cobertura comeu um capítulo de A gata comeu. Fã de Gilberto Braga, ama Quatro por quatro e assiste até as que não gosta, só para comentar.

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