Netflix lança em 2 de fevereiro série Altered carbon, ficção científica que debate a imortalidade
São Paulo* — A imortalidade é o principal tema da série Altered carbon, que estreia em 2 de fevereiro na Netflix. Baseada no livro homônimo de Richard K. Morgan, a produção se passa 300 anos no futuro, quando a tecnologia avançou tanto que agora é possível viver eternamente: a consciência humana está num cartucho e os corpos podem ser trocados constantemente por novas capas.
“Na série, a morte não existe do jeito que conhecemos. As pessoas podem estar em vários corpos. Tenho medo o tempo todo das nossas decisões em relação ao futuro. Esse debate é algo que gosto na série. É uma oportunidade de projetar o futuro e falar sobre ele. Isso é empolgante e necessário”, analisa a atriz Renee Elise Goldsberry.
Mas, na série, ser imortal é um privilégio para os mais ricos, que vivem em Bay City, um planeta fora da Terra, onde levam vidas luxuosas, fazem cópias de suas capas e mantêm backups de suas consciências para permanecer vivos eternamente e para o caso de alguma “tragédia”. É o que acontece com Laurens Bancroft (James Purefoy), um dos homens mais ricos do mundo, assassinado. Quando volta à vida, ele decide recrutar Takeshi Kovacs (Joel Kinnaman/Will Yun Lee) para investigar o caso.
Para isso, Bancroft revive o homem que havia sido condenado por atentado ao Protetorado, sistema que comanda Bay City. A escolha por Takeshi tem a ver com o fato do personagem ser um emissário, que são pessoas treinadas fisicamente e mentalmente para enfrentar o sistema sob liderança de Quellcrist Falconer (Renee Elise Goldsberry).
Quando Takeshi volta à vida, ele precisa descobrir uma grande conspiração enquanto conta a policial Kristin Ortega (Martha Higareda) em seu pé, além das memórias com Quellcrist e da irmã mais nova, Reileen Kawahara, papel da atriz Dichen Lachman.
Detalhes da adaptação de Altered carbon
Inspirada na obra literária de mesmo nome, Altered carbon foi criada por Laeta Kalogridis que trabalhou diretamente com o autor do livro para construir os 10 episódios da primeira temporada. Antes de ganhar a adaptação na Netflix, Kalogridis tinha pensando em fazer um longa-metragem.
Como costuma acontecer, a produção seriada tem algumas liberdades em relação à história original, como a presença de Reileen, que é uma personagem que não está no livro, e também algumas outras mudanças na condução da história. Segundo o ator Joel Kinnaman, as alterações são justificadas: “As mudanças que foram feitas foram para melhorar a história na tela e fora feitas com conversas com o autor”.
Assim como a obra literária, a série é uma produção de cyberpunk, vertente da ficção científica que tem enfoque “a alta tecnologia e a baixa qualidade de vida”, já que boas capas e imortalidade não estão disponíveis para toda a sociedade. Além do lado científico, o seriado tem outras nuances. “É uma série que vai agradar quem gosta de sci-fi, ação e investigação”, garante a atriz Martha Higared.
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*A repórter viajou a convite da Netflix