Jurada do reality Canta comigo teen, Aline Jones conta o que espera dos candidatos que se apresentam no programa
A atriz Aline Jones não esconde que a exigência com ela é grande. Não é fácil agradar a jurada do Canta comigo teen, reality da Record apresentado dentro do Hora do Faro com uma competição musical entre crianças e adolescentes.
“Eu venho da terra da Elis Regina, uma intérprete incrível que sabia cantar uma história. Por isso, o critério mais importante, para mim, é a interpretação da música, a capacidade do candidato de se conectar com as palavras que está dizendo”, afirma a gaúcha Aline, em entrevista ao Correio. “Eu gosto quando o candidato está sentindo o que a letra sugere, quando canta um sentimento e nos transporta emocionalmente. Eu vi crianças cantarem sobre o amor de uma maneira tão genuína que me senti aprendendo”, continua.
Mesmo com tanta exigência, Aline sabe que está lidando com crianças e, por isso, aposta no bom senso. “Ao todo, assistimos a 96 candidatos no palco do Canta comigo teen e todos com uma estrutura diferente. Nós precisamos ser muito sensíveis para perceber até onde podemos ir na crítica. Espero que eu não tenha sido muito dura”, pondera.
Já quando a crítica é para um trabalho dela, Aline conta que aceita bem quando “vejo que a pessoa quer o meu bem. Não fico batendo palma para crítico maluco que ganha status por ser do contra. Sou adepta da crítica que dá o tapa e depois assopra”.
Aline está no ar desde pequena, quando estrelava comerciais para a televisão. Por isso, sabe bem como é a rotina de crianças que se dedicam à carreira artística e ao Canta comigo teen. “Eu cresci fazendo publicidade e posso dizer que essa exposição, no geral, é mais maléfica do que benéfica. Mas, ao mesmo tempo, coloca em evidência talentos incríveis que parecem flores desabrochando. Existe todo um suporte familiar e do programa, que ajuda no processo de entendimento que ali é apenas uma das tantas experiências que poderão viver”, garante.
Três perguntas // Aline Jones
Canta comigo teen estreou no meio de uma pandemia. Como está sendo gravar nessa realidade? Não deu um pouco de medo de voltar ao trabalho?
Bate um pouco de paranoia, sim. Mas nós fazíamos testes frequentemente. Então, logo o “negativo” aliviava nosso coração. Teve um dia que eu fui liberada mais cedo, pois comecei a espirrar muito e não sabia se era uma crise alérgica ou covid-19.
A série O negócio, da HBO, passou em muitos países. De alguma forma isso abriu portas para uma carreira internacional?
Com certeza, depois da série acabei fazendo um filme argentino e meu panorama de mercado de trabalho ficou mais expandido. Estou estudando os diferentes acentos de espanhol para cada vez mais estar trocando com artistas latino-americanos.
Você vai fazer Banalidade do mal, do Prime Box. O que pode adiantar desse projeto?
Banalidade do mal mostra três policiais dentro de um departamento de homicídios que, aos poucos, incita esse “mal banal”. Esse mal que a instituição promove e a gente é cúmplice porque nos convém mais obedecer ordens que tentar mudar o sistema.