Elenco afiado e trama promissora fizeram de Quanto mais vida, melhor! um bom divertimento, mas com uma “barriga” que poderia ter sido evitada
A novela das 19h Quanto mais vida, melhor!, estreia do autor Mauro Wilson no formato, termina nesta semana depois de uma exibição repleta de altos e baixos. Se o início primou pela originalidade da trama e pela velocidade do texto, o meio caiu na famosa “barriga”. É aquele período em que a novela não anda, fica parada. Mesmo assim o elenco se empenhou e até nas tramas que não despontaram se destacou.
O Próximo Capítulo entra no clima de despedida e de balanço geral e conta o que valeu a pena e o que não valeu a pena em Quanto mais vida, melhor!
O que valeu a pena em Quanto mais vida, melhor!
A trama inicial
Quatro desconhecidos ー Neném (Vladmir Brichta), Paula (Giovanna Antonelli), Guilherme (Mateus Solano) e Flávia (Valentina Herszage) ー dividem um avião monomotor que cai. Ao chegar ao céu, são recebidos pela morte (A. Maia), que resolve dar mais uma chance a eles. O combinado é que eles terão que melhorar e, em um ano, um deles morrerá de verdade. A decisão deve ficar para o último capítulo. O blog arrisca que será Neném ou que o autor vai trair a Morte e não matará ninguém.
A troca de corpos
No meio da novela ー mais para a reta final ー Mauro Wilson deu uma chacoalhada na trama. Chateada com os protagonistas, a Morte prega uma peça neles e Flávia e Mateus trocam de corpos entre si, assim como Paula e Neném. O que parecia absurdo ganhou ares de comédia graças à entrega e ao talento dos quatro atores, impagáveis nesses capítulos da novela.
Deusa (Evelyn Castro) e Odaílson (Thardelly Lima)
Entre os coadjuvantes de Quanto mais vida, melhor, muitos chamaram a atenção, como Elizabeth Savalla na pele da mãe de Neném, Nedda. Mas quem roubou a cena mesmo foi a dupla Evelyn Castro e Thardelly Lima, intérpretes da cozinheira Deusa e do motorista Odaílson. Os dois garantiram boas risadas quando estavam prestes a ser um casal e também quando queriam fugir da implicância de Celina (Ana Lúcia Torre), mãe de Guilherme e patroa deles.
Não valeu a pena
A “barriga”
Mesmo quando estávamos nos divertindo com a troca da identidade dos protagonistas, a novela passava por um momento de marasmo. As tramas paralelas estavam estacionadas e assim continuaram. A principal teve essa movimentada, mas vinha de um período parado e também voltaram à mesmice nessa reta final. “Barriga” das maiores.
Os números musicais
Com uma boate e um karaokê como cenários, Quanto mais vida, melhor! tinha uma forte pegada musical. A ideia era que, uma vez por semana, um número musical fizesse parte de cenas ー a maioria entre os protagonistas ー que juntassem os pensamentos dos personagens. Ousada, a estratégia não fez o menor sentido dentro da trama e não deu certo.