Atriz brasiliense que está na série Amor dos outros, Júlia Horta fala sobre o início da carreira, em Brasília, e conta como a comédia a ajudou na carreira
“Sou formada da união de Brasília, da união dos 4 estados dos meus avós e dos muitos estados de que Brasília se constitui. Brasília me deu régua, compasso e tesourinha (risos)”. Assim se apresenta a atriz Júlia Horta, que vive Sandra na série Amor dos outros, em cartaz no streaming CineBrasilTV.
Júlia começou ainda criança, aos 10 anos, na escolinha de atividades no Centro Olímpico da UnB e depois passou por escolas tradicionais como o teatro Mapati e a cia. de teatro infantil Néia e Nando, além de se encantar com os Melhores do Mundo logo cedo. “Brasília me deu o interesse por interpretar, por criar outras vidas”, afirma a atriz, formada na UnB.
“O teatro, com a UnB deixou de ser um deslumbre de criança e eu comecei a entender a arte, a criar a partir de referências. Eu sou muito fã da Universidade Brasília, tenho professoras que seguiram sendo minhas parceiras de trabalho, minhas amigas e minhas referências de vida e de estudo”, completa.
O resultado, para nosso orgulho, está no ar. Sandra, personagem vivida por Júlia, é uma moça que sai do interior, se casa com o caminhoneiro Eurípedes (Vandré Silveira) e vive um dilema. Para conquistar o sonho da casa própria, ela, ingênua e religiosa, trabalha como camareira num motel e esconde isso do marido.
“Para além do casamento e da sua amiga, Michele (Catarina Saibro), a Sandra vai da igreja para casa. Então tudo que ela sabe está nesses universos. Quando ela vê a casa que ela quer comprar, um mundo se abre pra ela e desperta a Sandra sonhadora. Ela tem mais vergonha de estar ganhando dinheiro trabalhando no motel do que se sente mal por estar mentindo”, justifica a atriz.
Antes da série, Júlia pôde ser vista no prêmio Multishow de Humor em 2017. Apesar de a vitória não ter sido dela, a experiência foi positiva e acabou sendo o embrião para Amor dos outros e ainda a ajudou a se sentir mais à vontade na frente das câmeras e não no palco. “O tempo da televisão é um, o do teatro é outro. Sobre isso ainda aprendo muito. Mas foi a primeira vez que vi acontecer a televisão. Foi mágico”, lembra.