Paolla Oliveira em cena da minissérie Felizes para sempre?
felizes_para_sempre Foto: Zé Paulo Cardeal/TV Globo. Paolla Oliveira roubou a cena como Dany Bond em Felizes para sempre? Paolla Oliveira em cena da minissérie Felizes para sempre?

Confira séries e filmes para maratonar Brasília

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O aniversário de 60 anos de Brasília está chegando e o Próximo Capítulo reúne opções para você ver nossa capital federal de várias maneiras na telinha

Daqui a dois dias, em 21 de abril, Brasília completa 60 anos. Apaixonados que somos por televisão e pela nossa capital federal, nós, do Próximo Capítulo, não poderíamos deixar de tentar cumprir o isolamento social juntando esses dois amores. Por que não passar o dia maratonando Brasília? Isso mesmo! Fomos atrás de séries e filmes que mostrem nossa cidade das mais diversas formas, seja como personagem, seja como cenário ou pano de fundo.
A lista pode começar com a minissérie Felizes para sempre? (Globoplay), de Euclydes Marinho. Os 10 capítulos da história dirigida por Fernando Meirelles se passam em uma Brasília ora clássica com cobogós e superquadras, ora mais contemporânea, em ângulos em que nos divertimos tentando adivinhar onde a câmera está. Paolla Oliveira rouba as atenções como Danny Bond, garota de programa que chega para sacudir o casamento de Marília (Maria Fernanda Cândido) e Cláudio (Enrique Diaz).
Os casamentos dos irmãos de Cláudio, Hugo (João Miguel) e Joel (João Baldasserini), também não andam bem e estão rodeados de segredos. Só pelas cenas de Paolla Oliveira numa varanda com cobogós na Asa Sul e de Adriana Esteves correndo assustada numa Esplanada deserta à noite Felizes para sempre? já despertaria nossa paixão. Mas a minissérie tem tramas envolventes e boas atuações.

Longa-metragem

Cena do filme Democracia em vertigem
Foto: Netflix/Divulgação. Documentário Democracia em vertigem foi indicado ao Oscar

Se sua preferência é filme, não tem problema: O último cine drive-in e Democracia em vertigem são boas opções no catálogo da Netflix. No primeiro, o diretor Iberê Carvalho coloca Brasília no papel de protagonista. Com um toque documental, o drama mostra a luta de Almeida (Othon Bastos) para manter em funcionamento o último cine drive-in do Brasil — isso mesmo, o nosso, ali pertinho do autódromo! O local está ameaçado de demolição e o empresário precisa mostrar que a cidade ainda precisa daquele patrimônio. O elenco ainda traz Chico Sant’Anna, um dos expoentes do teatro brasiliense, Fernando Rocha, Breno Nina e Rita Assemany.
Indicado ao Oscar de melhor documentário deste ano, Democracia em vertigem, de Petra Costa, mostra a Brasília capital da República, centro do poder. Como fala sobre a ascensão e a queda do PT, o filme abusa (no bom sentido) de belas tomadas aéreas da Esplanada e da Praça dos Três Poderes lotadas de gente protestando contra ou a favor o governo e mata a curiosidade de quem quer ver pelo menos um pouquinho do interior dos palácios. São imagens de encher qualquer brasiliense — independentemente do partido — de orgulho.
Outro motivo de orgulho do brasiliense costuma ser a arquitetura. As formas de nossos monumentos já foram cantados em verso e prosa e são alvo do documentário Brasília — Life after design, oferecido no catálogo do Now. O longa é resultado de um ano e meio de pesquisa do diretor Bart Simpson sobre a cidade. Nesse período, o cineasta ouviu o brasiliense sobre a relação dele com a capital e, especialmente, com a divisão espacial daqui. Os depoimentos vão de moradores anônimos a artistas, como o poeta Nicolas Behr.

Renato Russo

Cena do filme Somos tão jovens
Foto: Imagem Filmes/Divulgação. Brasil. Thiago Mendonça vive Renato Russo em Somos tão jovens

Dois filmes inspirados no universo de Renato Russo e disponíveis no Now encerram nossas indicações: Faroeste caboclo, de René Sampaio, e Somos tão jovens, de Antonio Carlos da Fontoura. Faroeste traz Fabrício Boliveira como João, aquele, que, como na música, deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília, a tal cidade linda, onde ele encontra o primo e traficante Pablo (César Troncoso) e onde conhece e se apaixona por Maria Lúcia (Ísis Valverde, luminosa em cena).
Somos tão jovens se passa na Brasília de 1973 e é um prato cheio para saudosistas daquela época — desde gírias a lugares que a direção de arte tenta resgatar. O roteiro conta a história da juventude de Renato Russo (Thiago Mendonça), quando ele se muda para cá vindo do Rio de Janeiro e ainda não é compositor. O público acompanha a formação das bandas Aborto Elétrico e Legião Urbana e tem uma ideia da biografia do ídolo de uma geração.
A coluna espera que você tenha gostado das indicações, que aproveite para assistir a cada uma delas ficando em casa e aproveita para desejar a Brasília e a cada brasiliense mais 60 anos felizes pela frente.