NCPI lança relatório sobre os impactos da pandemia nas crianças

NCPI/Reprodução
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Por Galbi Júnior*

O documento busca ajudar a sociedade a entender os efeitos da pandemia sobre o desenvolvimento infantil e formas de atenuar os efeitos

Sentimentos de raiva, medo e ansiedade podem acabar se tornando frequentes em crianças durante o período de pandemia. Além disso, a crise pode afetar aspectos como convivência familiar, educação e segurança na vida de meninos e meninas.

NCPI/Reprodução
Documento sobre o impacto da covid-19 está disponível para download

Essas são algumas das conclusões do relatório “Repercussões da pandemia de covid-19 no desenvolvimento infantil”, produzido pelo comitê científico do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI).

O estudo busca ajudar a sociedade a entender os efeitos da pandemia sobre o desenvolvimento infantil e a procurar caminhos para atenuar os efeitos sobre as crianças brasileiras. Para conferir o arquivo completo, basta clicar aqui.

O comitê científico do Núcleo Ciência Pela Infância é composto por pesquisadores brasileiros de diferentes áreas, como medicina, enfermagem, neurociência, psicologia, economia, políticas públicas e educação.

O objetivo principal é identificar temas-chave com maior impacto sobre o desenvolvimento infantil e, assim, sintetizar, analisar e produzir conhecimento científico que contribua com a formulação, o fomento e a melhoria de programas e políticas a favor das crianças.

Confira a seguir algumas das conclusões do estudo:

– Repercussão nas crianças

Durante um período de tensão ou em um ambiente de tensão, é esperado que a criança esteja sensível, com comportamentos diferentes dos habituais e faça muitas perguntas, pois a tranquilidade para pensar, realizar tarefas e lidar com os sentimentos está modificada. A criança ainda não tem os recursos cognitivos necessários para compreender algo tão abstrato como a covid-19.

Sem entender direito uma situação, reagindo principalmente às mudanças que percebem no comportamento dos familiares e na rotina, é natural que crianças pequenas passem a dormir mal, não comer, chorar, morder, demonstrar apatia ou distanciamento. São formas de elas lidarem com a situação adversa. Mas isso é ineficiente e prejudica os processos de aprendizagem, desenvolvimento e convivência.

As situações de incerteza e de perdas causadas pela covid-19 podem provocar na criança sentimentos de raiva, medo da doença e ansiedade pela perda do vínculo com pessoas, seja por distanciamento, adoecimento, seja por morte.

Mesmo em um cenário de estresse, repleto de restrições, é necessário que se mantenham relacionamentos, ainda que virtuais, assegurando o pertencimento a grupos, a manutenção do senso de competência e o exercício de autonomia e tomadas de decisão.

 

– Repercussão na convivência familiar

O contexto familiar é primeiro microssistema em que se constroem as interações face a face significativas entre os cuidadores principais e as crianças em desenvolvimento. Os pais desenvolvem a função de cuidar e educar as crianças, conduzindo-as até a maturidade para atingir autonomia, independência e comportamento adaptativo.

Em uma situação normal, é esperado que toda criança esteja submetida a um processo pró-desenvolvimento, que consiste em fornecer afetividade, reciprocidade, responsividade, calorosidade, encorajamento, ensino e comunicação.

O adulto cuidador precisa ser capaz de perceber o que a criança sente e entender que seu comportamento é uma reação a esta emoção. É necessário que ele se comunique de maneira que ela se considere compreendida.

O contexto de estresse ocasionado pela covid-19 atrapalha a formação do ambiente familiar propício ao desenvolvimento da criança. Os adultos passam mais tempo em casa, mas o nível de angústias e preocupações é maior. Assim, é importante manter a atenção na ligação entre emoções e reações comportamentais, buscando fazer da comunicação um canal de alívio, acolhimento e esperança. A família tem um papel protetor e regulador das emoções e comportamentos das crianças, algo ainda mais necessário em momentos de crise.

Em alguns ambientes, a situação tende a se agravar. Nos lares em que as crianças sofrem com a falta de estimulação adequada ao seu nível de desenvolvimento, passando por violência, abuso e maus tratos, os problemas existentes podem ser potencializados pelo distanciamento social e pelo estresse.

Outro motivo de preocupação é a interrupção de cuidados com a saúde, como a falta a consultas pré-natal de mulheres grávidas, que pode comprometer o monitoramento de complicações. Além disso, a depressão materna também precisa de cuidado.

Estudos têm demonstrado que os efeitos negativos da depressão materna sobre a saúde mental dos filhos pequenos podem ser reduzidos quando as crianças frequentam centros de educação infantil, como creches ou pré-escolas. Durante a época de pandemia, quando essas instituições estão fechadas, a criança pode ficar exposta a ainda mais tensão por estar em casa.

 

– Repercussões nas políticas de saúde, educação, comunidade e seguridade social

 

Durante uma pandemia, a necessidade de articulação entre as políticas públicas torna-se ainda mais importante. É preciso dar mais peso à inserção comunitária das famílias na formulação de soluções para a crise. O foco deve ser na importância da inclusão da comunidade no planejamento e implementação das políticas públicas integradas.

Na área da saúde, diante da covid-19, é fundamental repensar as necessidades de desenvolvimento das crianças durante e após a crise, apoiando os profissionais de saúde para conter os impactos da pandemia e retardar a disseminação da infecção.

Medidas devem ser tomadas para proteger as crianças (em especial as nascidas perto do ano 2020) das consequências que essa pandemia pode produzir nos âmbitos econômico e social. Famílias mais vulneráveis podem acabar em uma transição imediata para a pobreza ou extrema pobreza.

Já na educação, a frequência no ensino infantil aumenta muito entre as crianças de 3 a 5 anos de idade. Agora, com a paralisação, é um desafio ter essas crianças em casa por longos períodos, muitas vezes, sem ter alguém com disponibilidade e/ou condições para lhes dar atenção e lhes garantir os cuidados necessários. Neste contexto, há riscos de exposição precoce e demasiada a TV, celulares e tablets.

Por esses motivos, o ensino a distância não é um recurso recomendável para crianças na primeira infância. Esse tipo de atividade está na contramão do que propõe a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que organiza o currículo na educação infantil por campos de experiência, reforçando a ideia que a criança aprende por meio de experiências concretas, interativas, lúdicas e integradoras de várias áreas de conhecimento.

No caso das famílias em situação de pobreza, que não possuem acesso à internet e estão vivendo em habitações precárias, sem acesso a recursos para garantir alimentação e higiene adequadas, crianças acostumadas a frequentar diariamente a educação infantil podem estar sofrendo diversas carências neste período, além das aflições comuns a todos que estão vivendo estes tempos de isolamento social e ameaça de adoecimento.

 

– Considerações finais do estudo

 

As medidas de distanciamento social estão afetando o cotidiano das famílias, com reflexos importantes sobre o desenvolvimento infantil. A sociedade terá de agir em conjunto para evitar que esses reflexos ampliem ainda mais a desigualdade no presente e no futuro.

Mais do que nunca, o trabalho dos profissionais da assistência social e da atenção primária serão fundamentais, tanto na contenção da covid-19 quanto no fortalecimento da proteção aos mais vulneráveis. Tornam-se importantes, portanto, medidas que valorizem, protejam e integrem estes profissionais da maneira mais eficiente possível à gestão e coordenação dos serviços de assistência social e dos sistemas de saúde locais.

*Estagiário sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa

 

 

Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal promove webinars gratuitos

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O objetivo é impactar positivamente o desenvolvimento de crianças, com uma série de debates on-line sobre educação infantil e parentalidade

 

 Programação de webinars que a fundação oferece para o mês de maio
Confira a programação de webinars

A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal realiza uma série de debates on-line sobre educação infantil e parentalidade. Com apoio do Itaú Social, os webinars gratuitos ocorrem durante todo o mês de maio e são destinados a professores, educadores, profissionais especializados, gestores públicos, pesquisadores e formadores de opinião.

Em 19 e 26 de maio, a educação será o tema central das discussões. Com assuntos como “Adaptação de instrumentos de avaliação de ambientes na educação infantil” e “Avaliação da educação infantil: diálogos entre estudos, práticas e políticas”, as exposições visam promover uma discussão acerca da situação e da qualidade da etapa de educação infantil no Brasil.

Já em 14, 21 e 28 de maio, o mote dos encontros on-line é a avaliação de programas e políticas para famílias e crianças na primeira infância. O debate, que engloba as estratégias de visitação domiciliar, será dividido em três webinars: “Avaliação de programas e políticas na prática”, “Instrumentos de avaliação do desenvolvimento da criança” e “Instrumentos de avaliação de parentalidade”.

Os links para participar dos webinars poderão ser obtidos no site da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal:

Webinars de educação

Webinars de parentalidade

Também é possível acompanhar pelo Facebook e pelo Instagram @fundacaomariacecilia.

GDF abrirá cinco mil vagas em creches particulares

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Instituições interessadas em participar do Cartão Creche poderão se cadastrar a partir desta semana

A partir de quinta-feira (2), as empresas e instituições educacionais interessadas em participar do Cartão Creche poderão se credenciar por e-mail. Lançado em fevereiro deste ano pelo governador Ibaneis Rocha, o benefício possibilitará a criação de cinco mil vagas para crianças de zero a 3 anos em creches particulares.

Em razão das medidas de prevenção contra o coronavírus, o credenciamento será feito virtualmente. Para isso, é necessário enviar a documentação digitalizada em formato pdf para o endereço cartaocreche@desenvolvimento.df.gov.br. As creches conveniadas com a Secretaria de Educação não poderão ser inscritas para prestar este serviço.

A documentação será inserida no Sistema Eletrônico de Informações e receberá um número para acompanhamento pelo site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

O processo também pode ser acompanhado pelo serviço remoto do Simplifica PJ. Nos sites da SDE e da Secretaria de Educação (SEE-DF), é possível acompanhar o andamento do credenciamento no dia 10 de cada mês.

Sobre o programa

O Cartão Creche é uma iniciativa da SDE com a Secretaria de Educação e o Banco Regional de Brasília (BRB) e é coordenado pelo Conselho de Políticas Públicas e Gestão Governamental, vinculado diretamente ao gabinete do governador Ibaneis Rocha.

Além deste programa, a SDE administra o Cartão Material Escolar e o Pequenos Reparos nas Escolas, lançados no início deste ano.

O primeiro habilitou 430 papelarias para comercializar itens escolares. O outro teve cadastrados 542 profissionais que estão prontos para trabalhar como bombeiros hidráulicos, chaveiros, eletricistas, jardineiros, pedreiros, pintores, serralheiros, técnicos em eletrônica e técnicos em informática.

MEC estuda “voucher-creche” para atender crianças das famílias mais vulneráveis

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São Paulo – Participando do oitavo Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, respondeu a perguntas de jornalistas em entrevista coletiva. Questionado sobre a articulação do governo federal com relação à necessidade de aumentar o número de vagas em creches públicas, Osmar Terra falou de uma espécie de voucher, que está sendo pensado para isso.

Osmar Terra contou sobre plano estudado por Weintraub

“O governo está vendo uma política… Houve uma promessa de fazer 6 mil creches, isso não aconteceu, ficou reduzido aí para umas 600”, admitiu. “São creches bonitas, grandes, mas os prefeitos não querem, porque o problema não é fazer a creche, é manter a creche”, alegou. “A manutenção custa mais em um ano do que toda a construção. O que o ministro (da Educação) Abraham Weintraub está pensando, emergencialmente, é em dar um voucher de creche para as famílias mais pobres terem acesso a creches públicas ou particulares de modo rápido”, disse.

O valor da educação infantil

O doutor em economia Naercio Menezes Filho

A função da pré-escola no combate a desigualdades, para o professor do Insper e da Universidade e São Paulo (USP), Naercio Menezes Filho é tão importante quanto programas de visitas domiciliares. “Você nunca vai conseguir acabar totalmente com a desigualdade, já que começa ainda na barriga da mãe. Mas você pode atenuá-la de dois jeitos: na família, por meio de programas de visitas, e em pré-escola e creche”, sugeriu o doutor em economia pela Universidade de Londres. “Mas não adianta serem lugares ruins, onde a criança só fica jogada para a mãe poder trabalhar. É importante que as condições sejam de qualidade para ter resultados.”

Daniel Domingues dos Santos, professor da USP

É por isso que Daniel Domingues dos Santos, professor de economia da USP, doutor pela Universidade de Chicago, explica que “nem todas as pessoas se beneficiam por terem acesso à educação infantil”. Ele aponta os resultados da Prova Brasil de 2013 como indícios para isso. A diferença de desempenho em matemática no 5º ano do ensino fundamental entre egressos e não egressos do ensino infantil considerando o nível educacional das mães não foi tão significativa.

“O que esse gráfico mascara para nós é que qualidade tem a ver com equidade. Aí vem a pergunta: o que é qualidade? A boa notícia é que a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) hoje dá pistas do que a sociedade entende por qualidade, que está em linha com o que boa parte do mundo entende por qualidade”, afirmou. “Qualidade começa com garantias de direitos de aprendizagem e traz a ideia dos campos de experiência. Qualidade está na oportunização de experiências, como brincar, nos processos que acontecem dentro de sala de aula.”

E os efeitos de uma educação infantil de qualidade são enormes, como mostra o programa Melqo (Measuring Early Learning Quality and Outcomes) que Daniel ajudou a adaptar e validar em Boa Vista (RR). “É como se crianças em salas de aula com interação de qualidade tivessem seis meses a mais de estudo e aprendizado do que as que estavam em salas ruins. Ou seja, elas aprendem seis meses antes o que as que têm acesso a uma educação infantil ruim aprenderão seis meses depois”, comparou.

 

*A jornalista viajou a convite da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

Coleção iniciada há 13 anos, Como me sinto permite que pais e filhos reflitam sobre sentimentos

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A coleção Quando me sinto, iniciada em 2005, ganhou mais dois títulos inéditos: Quando me sinto nervoso e Quando eu me sinto decepcionado. Os dois novos livros se juntam aos outros títulos: Amado, Bondoso, Feliz, Irritado, Sozinho, Triste, Inveja e Medo.

A autora e ilustradora dos livros, Trace Moroney, transmite lições de como lidar com emoções e compreendê-las a partir das aventuras de um coelhinho. Além disso, apresenta textos que enfatizam a importância de os pais interagirem com os filhos, promovendo autoconhecimento para que eles alcancem autonomia.

Cada um dos títulos aborda situações que fazem o personagem se sentir daquela maneira, enfatizando algumas sensações trazidas por essas emoções. No decorrer das narrativas, o coelhinho entende o sentimento e passa a refletir sobre como cada sentimento pode colaborar para o seu crescimento.

Ao fim das histórias, a criança pode refletir sobre o que sente a partir de perguntas que podem ser melhor desenvolvidas em conversa com os pais. Já com direcionamento para os pais, os livros trazem algumas soluções de como se portar diante das atitudes dos filhos, ensinando a lidar com algumas situações diárias.

Com mais de 2 milhões de livros vendidos e abordagem positivista, as publicações foram traduzidas para 15 idiomas, incluindo o português. Os livros são produzidos em material resistente, de capa dura, com textura no personagem da capa, estimulando, além do cognitivo da criança, as habilidades sensoriais.

 

Confira todos os livros da coleção:

Quando me sinto nervoso

 

Quando me sinto decepcionado

 

Quando me sinto amado

 

Quando me sinto bondoso

 

Quando me sinto feliz

Quando me sinto irritado

 

Quando me sinto sozinho

 

Quando me sinto triste

 

Quando sinto inveja

 

Quando sinto medo

 

Autor: Trace Moroney

Editora: Ciranda Cultural

R$ 34,90 cada

Pesquisadoras lançam livros sobre boas práticas e redes de cooperações em creches

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O livro Redes de cooperação em creches: sete histórias sobre a integralidade do cuidado na infância e intersetorialidade em ação aborda, a partir de histórias de sete municípios do estado de São Paulo, boas práticas intersetoriais cotidianas encontradas nas creches. A publicação é organizada por Claudia Maria Simões Martinez e Carla Regina Silva, ambas docentes do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (DTO/UFSCar).

A obra traz dados gerados por pesquisa realizada entre 2013 e 2015, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV). O estudo investigou o que os gestores de creche fazem e o tipo de colaboração com a qual contam para solucionar problemas do dia a dia dessas instituições.

 

Como resolver problemas no dia a dia

A equipe de pesquisa foi composta pelas professoras da UFSCar Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi, Regina Helena Torkomian e Patrícia Della Barba. Também participaram a docente convidada da Universidade do Porto (Portugal) Anne Marie Fontaine, bolsistas que receberam apoio da FMCSV/Fapesp e colaboradores da UFSCar e da Universidade de São Paulo (USP).

Escrito por docentes, terapeutas ocupacionais integrantes do DTO e estudantes, o livro é destinado a gestores e dirigentes de unidades de educação infantil públicas e privadas, além de profissionais envolvidos diretamente com o cuidado integral da criança na primeira infância.

O objetivo principal é indicar como resolver problemas do cotidiano, por exemplo: o que fazer se uma criança cai e se machuca, como revisar a segurança dos brinquedos e o que fazer quando se identificam maus tratos.

 

Leia!

Redes de cooperação em creches: sete histórias sobre a integralidade do cuidado na infância e intersetorialidade em ação

Organizadoras: Claudia Maria Simões Martinez e Carla Regina Silva

Editora: EduFSCar

135 páginas

R$ 29

Quer colocar seu filho numa creche pública do DF? Tire dúvidas em vídeo

Publicado em 3 ComentáriosCreche

Ao todo, o Distrito Federal conta com 14 creches públicas, 58 instituições conveniadas e 50 Centros de Ensino da Primeira Infância (Cepiss) em várias regiões. Assim, em instituições públicas ou em parceria com o governo, são atendidas 15 mil crianças de até 3 anos e 47 mil meninos e meninas de 4 a 5 anos.

 

Com matrículas de fato em instituições totalmente públicas, há 1.004 crianças. Na rede particular, são 28.101. Nos últimos quatro anos, o Governo de Brasília incorporou mais 27 instituições à rede públicas de creche, mesmo assim, ainda há demanda não atendida.

 

Cerca de 16 mil aguardam na fila por uma vaga em creche pública na capital federal. O número assusta interessados que, às vezes, desanimam antes mesmo de tentar.

 

No entanto, inscrever-se é o único jeito de garantir que a vez do seu filho um dia chegará. Como ainda existem muitas dúvidas sobre onde ir, quem procurar e como fazer para conseguir uma matrícula na rede pública, a Secretaria de Educação preparou um vídeo para ajudar a explicar o passo a passo do processo. Confira:

 

As matrículas para creche na rede pública são feitas a qualquer época do ano pelo telefone 156 ou na regional de ensino de cada cidade. Saiba onde fica a creche mais próxima pelo site

 

Confira no link a classificação das crianças com inscrições validadas para vagas em creches públicas no DF até o momento.

 

Contexto nacional

Das mais de 11,8 milhões de crianças de 0 a 3 anos no país (segundo dados de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas cerca de 26% frequentam creches (sejam públicas sejam particulares). O cálculo foi feito a partir das Sinopses Estatísticas da Educação Básica de 2017, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

 

Apesar de o Inep não coletar o deficit de vagas, fazendo a correlação com os números populacionais e o número de crianças dessa faixa etária na creche (cerca de 3,1 milhões), chega-se a esse percentual. Bem abaixo da meta de ter 50% dos meninos e meninas de 0 a 3 anos em instituições do tipo estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE).

Senado Federal promove semana sobre a primeira infância em novembro

Adriana Corrêa/Agência Senado
Publicado em 1 ComentárioCursos / seminários

As inscrições são gratuitas e o evento é aberto para todos os públicos

Geraldo Magela/Agência Senado
Seminário sobre a primeira infância

A Comissão de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz no Senado Federal organiza a 11ª Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz. O evento será entre 20 e 22 de novembro. As inscrições são gratuitas e abertas a todos.

Nesta edição, o tema é “A construção da paz pela primeira infância: parentalidade, proteção e promoção da criança”. O evento ocorrerá no Auditório Petrônio Portela do Senado Federal, que organiza o seminário em parceria com o Banco Mundial, a Andi, a Universidade Paris Descartes, a Embaixada da França no Brasil e a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Há parceria institucional ainda com a Rede Nacional Primeira Infância, Alana, IPA (Associação Brasileira pelo Direito de Brincar), Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar)

Desde o início, a missão da semana é despertar a consciência e chamar a atenção de autoridades e do público em geral para a etapa mais sensível da vida humana: a primeira infância, fase que começa na gestação e se estende até os 6 anos de idade.

A programação apresentará novas informações dos campos da ciência e da prática educacional que contribuam para que o poder público e a sociedade valorizem e cuidem melhor do início da vida, etapa primordial para o desenvolvimento e a formação de qualquer pessoa.

O público-alvo inclui legisladores; representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; gestores públicos e privados, especialmente das áreas de educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos; professores e estudantes universitários das áreas afins; profissionais de imprensa; membros de organizações não governamentais e instituições da sociedade civil.

As inscrições podem ser feitas no site do Senado.

Confira a programação completa e conheça os palestrantes.

O centro comunitário que se tornou jardim de infância: conheça experiência de modelo alternativo de educação infantil no Chile

Publicado em Deixe um comentárioChile Crece Contigo, Creche

Santiago, Chile — Do lado de fora, parece uma casa como as outras da rua, térrea e simples, com grades no portão. Por dentro, porém, a edificação, mesmo que modesta, abriga um universo de diversão, aprendizado, afeto e arte para 20 crianças de 2 anos a 5 anos e 11 meses. Assim é o único Centro Educativo Cultural de la Infancia (Ceci) localizado na comuna de La Granja, em Santiago, no Chile. Nesse modelo de educação infantil, todos convivem juntos em uma única sala, onde brincam, ouvem histórias, fazem desenhos e pinturas, além de almoçar. Muito além da estrutura ou de qualquer outro aspecto, o que faz a diferença ali, como contam as famílias, é a dedicação das duas educadoras, Cecilia Férnandez e Gladys Hormazaval.

20 alunos frequentam o local

“Sou apaixonada pelo que faço. Fico encantada com a pureza das crianças”, conta Gladys. O amor pela atividade é visível em tudo o que faz. Para explicar, por exemplo, a uma menina de 3 anos que ela não pode sair da sala enquanto os outros almoçam, não se limita a ordenar ou proibir. A funcionária senta com a garota e esclarece que, naquele momento, se ela ficar no quintal, estará sozinha, pois durante o almoço, as “tias” precisam ajudar as outras crianças a comer. “E se você cair e se machucar, doerá em você e também em mim. Sofreremos as duas.” A mesma gentileza e sensibilidade observa-se em Cecilia.

A educadora Cecilia trabalha no local desde que ele foi fundado, na década de 1970

“A convivência com as crianças e as famílias sempre foi fácil para nós, pois nos baseamos no respeito. Há algumas muito ativas, outras mais reservadas, e aceitamos o jeito de cada uma. Não são elas que têm de se adaptar a nós, mas o contrário”, afirma Cecilia. Ali, meninos e meninas são livres para brincar com o que quiserem e só existe uma regra, baseada na consideração pelos demais: “É preciso respeitar o amiguinho, se ele está usando um brinquedo, por exemplo, tem de esperá-lo parar de usar”. Com o convívio social, é possível notar o desenvolvimento de cada aluno.

Gladys cuida das crianças com carinho de mãe e avó

Experiência aprovada

“Uma das crianças aqui tem autismo, e o pai estava desesperançoso quando a trouxe para cá, mas, em pouco tempo, as mudanças eram visíveis. Ele conta que o filho mudou demais, socializa, participa das atividades”, comemora. Os bons resultados também têm como componente fundamental a participação ativa das famílias que não só comparecem a reuniões, mas avaliam as funcionárias periodicamente e são estimuladas a contribuir com os projetos da instituição, cada uma como puder. Os pais de Agustín Vergara, 5 anos, por exemplo, fazem móveis em madeira e trouxeram para o centro infantil um esqueleto de baleia em madeira, quando a turma estava investigando esse animal.

Agustín e a mãe, Evelin, mostra réplica de apiário de madeira feita pela família e levada para o centro

Em outra ocasião, quando as crianças estavam aprendendo sobre as abelhas, produziram a réplica de um apiário. Os temas que motivam as atividades são escolhidos pelas próprias crianças. Evelin Gallardo, mãe de Agustín, conta que dois tios do filho frequentaram o espaço durante a infância. “Por isso, procuramos esse lugar, que é excelente, a comida é de qualidade, tudo é bem-feito. O que realmente faz a diferença são as ‘tias’. O Agustín está aqui há três anos e melhorou muito na maneira de expressar ideias.” O garoto é um dos mais sociáveis da sala, gosta de puxar conversa com todo mundo.

Luciana e a avó, Cecilia

Volta e meia diz aos outros que tem superpoderes: “O principal é o da supervelocidade”, brinca. Luciana Poblete Sepulteda, 5, diz que tem muitos amigos ali no centro infantil. “O que eu mais gosto aqui é descobrir sobre os animais, como a baleia”, conta. Ela mora perto do centro infantil e costuma ser buscada pela avó, Cecilia Cabierre, que é só elogios para a instituição. “É um espaço muito bom. Nesses dois anos, a Luciana aprendeu mais sobre compartilhar, dividir com os outros e socializar”, diz. Os Cecis são uma das modalidades alternativas ligadas à Junji (Junta Nacional de Jardines Infantiles). Esse tipo de espaço é sempre cedido e administrado por alguma organização social, recebendo fundos do governo. Cada estabelecimento pode atender até 32 crianças em período parcial de segunda a sexta-feira. À noite, são realizadas atividades com a comunidade.

 

Modelo diferente

O Ceci de La Granja surgiu como um centro comunitário de mães na década de 1970. “Durante o período da ditadura (que durou de 1973 a 1990), havia muitas famílias entristecidas. Muitos maridos tiveram de imigrar, e as esposas ficaram sozinhas. Éramos mães, mulheres da comunidade, que não tínhamos nada e começamos a trabalhar aqui tecendo lã, que vendíamos para o exterior”, recorda Cecilia. Elas não tinham com quem deixar os filhos, então vinham com eles para o espaço. Com o passar do tempo, cada vez mais integrantes passaram a trabalhar fora, então o que antes era um lugar para fazer artesanato na presença das crianças acabou se tornando um ambiente para acolher a meninada, mantido por mulheres da região.

“Recebíamos doações de alimentos, como queijo e leite, de ONGs e, em 1987, escrevemos uma carta à Junji pedindo ajuda para que fornecessem alimentação completa para os meninos”, afirma Cecilia, cujos três filhos e três netos frequentaram o espaço durante a infância. A existência e a continuidade do centro é prova do esforço das funcionárias e do envolvimento da comunidade com ele, pois os desafios não foram poucos. “Antes, tínhamos muitos cômodos, então atendíamos mais crianças, divididas em três turmas, até passarmos por um incêndio”, relata Cecilia. A casa ficou destruída depois que o fogo, que começou em um vizinho, se alastrou para ali.

Natalia Jimena Tapia Arévaldo, profissional de gestão de programas da Junji, e Paulina Saldaño Aránguiz, funcionária do sistema de proteção à infância do programa Chile Crece Contigo

A edificação (que hoje conta com dois salões, um onde funciona o centro infantil, e outro onde são oferecidas oficinas para avós) foi reconstruída pelas próprias famílias. Durante as obras, a iniciativa funcionou por dois anos em uma capela e por mais um em um colégio. Depois disso, o local passou a receber, além de alimentação de Junji, recursos do governo, tornando-se um Ceci. Natalia Jimena Tapia Arévaldo, profissional de gestão de programas da Junji, explica que cada unidade do tipo tem particulares, mas o que caracteriza a todos é o senso de comunidade. “A participação é muito grande. Se os pais trabalham e não podem vir ali pessoalmente, mandam algo”, observa.

“Existe a noção de que a responsabilidade não é só da instituição, pois a família é a primeira fonte educadora”, explica. “E, assim, os Cecis acabam sendo, muitas vezes, mais legitimados pela população, há mais confiança por parte dos pais, pois eles também participam do processo e conhecem os funcionários”, completa Paulina Saldaño Aránguiz, funcionária do sistema de proteção à infância do programa Chile Crece Contigo.

 

>> Leia amanhã sobre o atendimento de saúde a crianças e famílias no Chile

*A jornalista viajou como bolsista do programa de reportagens sobre primeira infância do International Center for Journalists (ICFJ), com patrocínio da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV)

Chile também enfrenta desafios para universalizar a educação infantil, especialmente até os 3 anos

Publicado em Deixe um comentárioChile Crece Contigo, Creche

Santiago, Chile — Capacitações e avaliações permanentes de professores garantem a qualidade do atendimento de crianças de até 6 anos em ambientes educativos chilenos. Apesar de ter avançado, o país também tem, como o Brasil, o desafio de ampliar o acesso a creches e jardins de infância, especialmente até os 3 anos de idade. Por lá, a educação infantil é obrigatória entre os 5 e os 6 anos, quando as crianças frequentam o nível chamado Kinder.

O Jardín Infantil Santa Mónica, em Santiago

Nessa faixa etária, a cobertura passou de 85%, em 2001, para 98%, em 2017. No mesmo intervalo, a cobertura de educação infantil como um todo saltou de 30% para 53,24%. A universalização antes dos 5 anos é um desafio e uma das metas da Junta Nacional de Jardines Infantiles (Junji), instituição pública responsável pela administração e fiscalização de creches e jardins de infância no país desde 1970. No total, cerca de 793 mil meninos e meninas têm acesso à educação infantil por lá, dos quais apenas 6% frequentam instituições pagas.

Nas unidades, o desenvolvimento de cada criança é acompanhado e relatado diariamente, como nesse quadro de evolução

Cerca de metade está em unidades públicas; e 43% em entidades particulares, mas com subvenção do governo. Enquanto o acesso não se torna universal, são atendidas prioritariamente as crianças das famílias mais pobres e as de até 4 anos. No total, a Junji administra 1.276 jardins de infância no país, 654 clássicos (fundados, mantidos e administrados pelo governo) e 622 alternativos (que recebem dinheiro público, mas a gestão é de alguma organização social). Belia Toro, chefe de desenvolvimento curricular da Junji, conta que, apesar de a Junta ter 48 anos e tradição em educação infantil, muito mudou após a criação do programa Chile Crece Contigo, há 12 anos. “A partir disso, passou a existir, além de um trabalho multissetorial (que precisa se intensificar), uma ideia de educação para a família, não só para as crianças”, aponta.

Adriana Gaete Somarriva e Belia Toro, da Junji (Junta Nacional de Jardines Infantiles)

“Há uma série de materiais, oficinas e elementos de apoio para os pais”, completa. Adriana Gaete Somarriva, vice-presidente executiva da Junji, conta que a capacitação e a avaliação permanente de professores é prioridade na rede. Graças a isso, a oferta de educação infantil é de alta qualidade. “Eu tive muita experiência em escolas de educação básica. E, entre as crianças que estão chegando, você nota imediatamente quais são as que passaram por educação infantil e as que não. Pois o tempo que demoram a aprender a ler é muito menor”, compara. “Apesar de não serem alfabetizadas nesse período, elas têm um bom desenvolvimento na linguagem que faz toda a diferença”, afirma.

Exemplo de sala de aula de jardim infantil no Chile

Comparações

O Brasil tem 8,5 milhões de crianças matriculadas na educação infantil, o que inclui creche e pré-escola. No Chile, as matrículas são da ordem de 793 mil — quase 11 vezes menos. O vizinho latino-americano também tem população e terreno mais de 11 vezes menores que os brasileiros. Há diferenças, mas também similaridades: ambos os países precisam trabalhar para ampliar o acesso à educação infantil.

Por aqui, a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é ter, pelo menos, 50% das crianças de até 3 anos frequentando creches, mas correlacionando dados das Sinopses Estatísticas da Educação Básica de 2017 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 26% o fazem.

Um dos pátios do Jardín Infantil Santa Mónica, na comuna de Recoleta

No Chile, a taxa média de matrículas até os 3 anos está em patamar similar, mas ligeiramente maior que o do Brasil: cerca de 29%. Uma grande diferença é que boa parte da oferta brasileira é particular, enquanto no Chile é majoritariamente pública. Outra questão é que a procura dos próprios pais chilenos por matrículas até os 3 anos ainda não é tão alta, de acordo com avaliação da Junji.

Educadoras e crianças em uma das salas do local

Numeralha
Cobertura da educação infantil no Chile por faixa etária

De 85 dias a 1 ano – 10%
De 1 ano a 2 anos – 26%
De 2 anos a 3 anos – 33%
De 3 anos a 4 anos – 64%
De 4 anos a 5 anos – 90%
De 5 a 6 anos – 98%

Fonte: Junji

Pais satisfeitos

María Jesus Arriagada, diretora da unidade

Com 31 educadoras e cinco cozinheiras, o Jardín Infantil Santa Mónica atende 236 crianças de 0 a 4 anos de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30. Ali, as crianças tomam café da manhã e almoçam. As turmas são divididas por faixa etária. A instituição se localiza na comuna de Recoleta, que, no total, tem seis jardins infantis clássicos (ou seja, fundados, mantidos e administrados pelo governo), como o de Santa Mónica, e nove que funcionam com transferências de fundos. María Jesus Arriagada, diretora da unidade, conta que há uma reunião mensal com todos os funcionários. “Nessas ocasiões, passamos um dia discutindo, promovemos capacitações, conseguimos revisar nosso projeto educativo e ver no que podemos melhorar.”

 

Susan Ramirez e filha de 1 ano e 9 meses, Florencia

Num centro maior, é mais difícil que a participação comunitária seja tão próxima quanto em unidades menores, mesmo assim, o envolvimento familiar é muito estimulado. “Os pais que podem vêm e interagem. Os que não têm como estar presencialmente podem se fazer de presentes de outras formas. Pedimos que enviem por exemplo um vídeo mostrando como é a criança na rotina do lar”, conta a diretora María Jesus. Para subsidiar o trabalho e atender melhor às necessidades de cada estudante, ela conta que troca informações e dados sobre alunos com equipes de serviço social e do centro de saúde da região.

 

A haitiana Dialine e a filha Delca

Para ela, o retorno das famílias é muito gratificante, como quando contam que a criança aprendeu algo diferente e mostrou em casa. “Muitos responsáveis que tiveram os filhos num jardim particular e vêm para cá gostam muito mais daqui. Não necessariamente a educação paga será melhor. Há um abismo de diferença entre a educação infantil pública e muitos jardins particulares”, comenta. A estudante de estética Susan Ramirez fica muito tranquila ao deixar a filha de 1 ano e 9 meses, Florencia, ali. “Vejo que ela gosta das tias. Isso é o mais importante. Mais que a estrutura, as educadoras fazem a diferença, pois são muito prestativas e dedicadas”, elogia.

Gustavo com o pai, Álvaro

A haitiana Dialine Teautij mora no Chile há pouco tempo e, apesar de falar pouco espanhol, demonstra que está satisfeita com o desenvolvimento da filha de 1 ano, Delca. “Ela fica bem e feliz aqui. Não chora para vir”, conta a vendedora numa barraca de feira. Álvaro Berrios Vergara trabalha na construção civil e busca o filho Gustavo, 3, no local quase todos os dias. “Este é o primeiro ano dele nesse jardim e vejo que é muito melhor do que o em que ele estava anteriormente, pois as tias são mais próximas dos alunos e se preocupam mais”, afirma o pai ainda de outros filhos de 16 anos, 12 anos e 10 anos. Nicolás Riquelme só tem elogios para a experiência da filha, Colomba, 3, ali.

Nicolás, Colomba e Joselyn

“A qualidade é excelente, ela me conta dos desenhos que fizeram e outras atividades.” Colomba fala com carinho de Joselyn Campillay, educadora que trabalha há três anos no local. A filha dela, Fernanda, 3, também frequenta o jardim, mas em outra turma. “É muito gostoso conviver com crianças, todos os dias há algo especial. Tenho 30 anos, mas carrego comigo a alegria da minha infância”, conta ela que também tem um filho de 12 anos.

A educadora Joselyn com a filha, Fernanda (no colo), e outras crianças

 

*A jornalista viajou como bolsista do programa de reportagens sobre primeira infância do International Center for Journalists (ICFJ), com patrocínio da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV)