Pesquisa mostra a importância do papel paterno durante amamentação

Visão Mundial/Divulgação
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Mulheres que recebem apoio do parceiro têm maior probabilidade de iniciar e continuar amamentando por mais tempo, diz estudo

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O webinário tem o objetivo de mostrar para a sociedade a importância da educação de crianças de 0 a 6 anos

A amamentação é um período muito esperado pela mulher enquanto gestante, mas nem sempre é um processo fácil após o nascimento do bebê. Estudos revelam que a participação ativa e o apoio paternos são fundamentais para o estabelecimento e até o alongamento do período de amamentação.

Atualmente, é perceptível que uma grande parcela dos homens se mostra mais participativa com os cuidados dos filhos. Mas, de acordo com uma pesquisa global, realizada por Philips Avent em 2019, no cenário internacional, 81% dos pais gostariam de estar mais envolvidos no período de amamentação.

No Brasil, esta realidade atinge um percentual menor (77,93%), embora 72,18% dos companheiros afirmem estar envolvidos em confortar e cuidar do bebê.

O estudo revela ainda que 88,69% das mães brasileiras acreditam que são necessárias mais informações sobre como os parceiros podem apoiá-las nesse período para torná-lo mais fácil.

As estatísticas mostram, então, que conversas sobre o apoio à mulher na fase de amamentação precisam ser fomentadas nas famílias.

De acordo com a enfermeira pediatra e consultora em aleitamento materno parceria de Philips Avent Eneida Souza, amamentar é um grande aprendizado para a mãe e o bebê. Ela enfatiza que o apoio e participação ativa do pai é imprescindível.

Instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, no entanto, apenas 39% das mães conseguem atingir esta meta.

Bebê prematuro também deve ser amamentado. Confira orientações

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A amamentação é aliada indispensável da saúde da criança. No entanto, apesar dos inúmeros benefícios multifuncionais, como nutrição e prevenção de doenças, de acordo com dados da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), as taxas mundiais de aleitamento materno ainda estão muito abaixo do ideal. A cada três crianças nascidas no mundo, duas não são alimentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses de vida. Quando se trata de bebês prematuros, as dificuldades são ainda maiores.

O leite materno é essencial para o pleno desenvolvimento do bebê, especialmente o prematuro

A prematuridade é, hoje, a principal causa de mortalidade infantil no Brasil, de acordo com o estudo Carga Global de Doença (Global Burden of Disease, GBD) de 2015. Dados do relatório Every Child Alive – The urgent need to end newborn deaths (Toda Criança Viva – a necessidade urgente de acabar com as mortes de recém-nascidos, em tradução livre), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) do ano passado, mostram que, a cada mil crianças nascidas no país, 7,8 morrem com até um mês de vida.

Nesse sentido, a Associação Brasileira de Pais e Familiares de Bebês Prematuros, a ONG Prematuridade.com, reforça o papel essencial que a amamentação e o leite materno têm para a saúde dos prematuros, com impacto positivo para o crescimento e o desenvolvimento saudável do neném, além da qualidade de vida durante a primeira infância até a fase adulta, evitando doenças como diabetes e hipertensão.

Existem diferenças no leite de mães de bebês prematuros, mas elas devem amamentar, sim

Diferenças no leite

Segundo a Rede Nacional Primeira Infância, articulação de organizações da sociedade civil, do governo e do setor privado, o leite materno das mães de prematuros é diferente do leite produzido pelas mães de bebês que nascem a termo, principalmente no que diz respeito à quantidade de proteínas, calorias e fatores de proteção da imunidade. A amamentação do prematuro, além de fortalecer o vínculo mãe-filho, muitas vezes abalado por longas permanências na UTI Neonatal, é responsável por favorecer a maturação gastrointestinal e aumentar o desempenho neuropsicomotor dessas crianças.

Para ajudar as mamães de prematuros na importante etapa da amamentação, a ONG Prematuridade.com listou 10 dicas para o aleitamento materno de bebês pré-termo:

1. Apesar de nem tudo correr como planejado, é preciso estar calma e ser perseverante para que o bebê prematuro possa usufruir todos os benefícios da amamentação e se desenvolva com mais saúde.

2. As mamães não podem se esquecer da qualidade de sua alimentação, pois o bebê vai necessitar de gorduras, proteínas e outros componentes do leite. Então, é importante manter uma alimentação saudável. Também não se esqueça de beber muita água, no mínimo 2 litros por dia!

3. Tão logo seja possível, a equipe de profissionais de saúde deve estimular a mama da mãe, extraindo o colostro, de preferência nas primeiras 24 horas após o parto.

4. A ordenha pode ser feita com as mãos (solicite ajuda de um profissional na primeira ordenha e sempre que necessário) ou com uma bombinha (manual ou elétrica). Não tenha vergonha de procurar ajuda.

5. Faça a extração do leite com uma frequência aproximada de três em três horas, de seis a oito vezes por dia. No começo, a quantidade de leite que sai pode parecer pequena, mas não desista. Mantenha a ordenha do leite: quanto mais você ordenhar, mais leite vai produzir!

Quanto mais leite tirar, mais a mãe vai produzir

6. Tente não ficar mais de seis horas sem tirar leite. Quanto mais regulares forem as ordenhas, maior será a produção.

7. Já é possível encontrar bombinhas elétricas para comprar ou alugar, visando facilitar a retirada do leite em casa após a alta. Informe-se no próprio hospital.

8. Para os prematuros que não têm condições de sugar adequadamente, a equipe de saúde deve orientar sobre qual a melhor forma de oferecer o leite materno por outras vias: sonda, seringa               ou copinho.

9. Com o passar dos dias, à medida que desenvolve os reflexos naturais de sucção e de deglutição, o bebê fica apto a se alimentar por via oral. Daí cabe à equipe da UTI Neonatal avaliar a                       viabilidade do início da amamentação.

10. Já em casa, amamente exclusivamente, evite o uso de mamadeiras e chupetas. Se precisar sair de casa sem o bebê, peça para alguém oferecer seu leite ao bebê utilizando um copinho.

Como se alimentar de forma saudável durante a amamentação? Confira dicas

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Não existem alimentos proibidos durante a lactação, mas é preciso seguir uma dieta equilibrada

Bem como durante a gravidez, a dieta da mãe após o parto continua sendo fundamental para o desenvolvimento do bebê. De acordo com Lavínia Springmann, consultora de Amamentação da NUK, empresa alemã especializada em produtos para bebês e mães, não existem, inicialmente, alimentos proibidos para a lactante. Somente em casos de suspeita de alergia alimentar na criança, em aleitamento materno exclusivo, cujo diagnóstico é bem difícil, pode-se pensar em uma dieta hipoalergênica para a mãe.

O correto é manter uma alimentação sadia e consumir muita água, leite e sucos de fruta, de preferência sem açúcar, para estimular a produção de leite. Em caso de suspeita de reação do bebê a um determinado tipo de alimento que a mãe consome (como temperos mais fortes), é importante manter a criança em observação e notar se ela apresenta algum tipo de agitação incomum ou alergia. Nesse caso, é imprescindível identificar qual foi o alimento ingerido que ocasionou a reação no bebê e evitar o seu consumo.

 

A orientação é manter os hábitos saudáveis recomendados durante a gestação

Nada de dieta de emagrecimento

Lavínia alerta que, durante a amamentação, não há razão para iniciar uma dieta de emagrecimento, pois ela pode comprometer a produção e a quantidade de leite e, consequentemente, prejudicar a nutrição do bebê. Para produzir uma boa quantidade de leite, a mãe necessita de uma alimentação balanceada, com aproximadamente 2.500 calorias por dia e muitos copos de água ou qualquer outro líquido, além de relaxar bastante.

As mães vegetarianas devem redobrar os cuidados com a alimentação e se certificar de que estão ingerindo vitaminas e minerais suficientes para a nutrição e a do bebê. Consultar um nutricionista é a melhor opção para elaborar um cardápio adequado, com refeições e lanches saudáveis. Remédios, bebidas e fumo não combinam com amamentação. A mãe que amamenta deve se lembrar sempre que essas substâncias perigosas podem ser transferidas para o leite materno.

 

É importante passar o dia bem hidratada

O que comer durante a lactação?

Conserve os hábitos saudáveis de alimentação recomendados durante a gravidez. Mantenha uma dieta rica em grãos e cereais integrais, frutas e verduras, e alimentos que sejam boas fontes de proteínas, cálcio e ferro. É claro que uma guloseima de vez em quando não faz mal a ninguém. O consumo de gorduras saudáveis é benéfico para o bebê: abacate, azeite, castanhas, sementes e peixes gordurosos como o salmão são bons exemplos, mas evite as gorduras saturadas, encontradas nas frituras e na gordura vegetal, por exemplo.

Muitas mulheres sentem mais fome na fase da amamentação, o que faz todo o sentido, pois o corpo trabalha 24 horas por dia para produzir o leite do bebê. Por esse motivo, tenha o hábito de fazer um pequeno lanche nutritivo — como uma vitamina de iogurte batido com frutas, uma barrinha de cereais ou uma torrada com queijo — entre as mamadas. Isso ajuda a manter a fome sob controle e dar maior nível de energia.

Ingestão de água

Apesar de ter que se manter bem hidratada, a mãe não precisa ficar contando quantos copos d’água toma durante o dia, pois o corpo vai se encarregar de avisar quando é necessária a ingestão de água: os hormônios envolvidos na amamentação provocam a sensação de sede. Neste caso, o indicado é levar um copo ou uma garrafinha de água quando for amamentar. A urina na cor clara é um sinal de que a lactante está ingerindo uma quantidade adequada de líquidos.

 

Tudo o que a mãe come vai parar no leite, então tome cuidado com substâncias perigosas para o bebê

Consumo de café e bebidas alcoólicas

Substâncias como cafeína e álcool podem passar da corrente sanguínea para o leite, por isso evite excessos. A nicotina dos cigarros também vai parar no leite, então o fumo é proibido. Um cafezinho por dia não fará mal ao bebê. No caso das bebidas alcoólicas, o melhor é evitá-las. Caso a lactante tenha que tomar alguma medicação, verifique com o médico se é adequada para mães que amamentam.

Alimentos x Cólicas nos bebês

Muitas mães observam que determinados alimentos deixam o bebê fica mais agitado e com sintomas de cólica. Nesse caso, é aconselhável seguir o instinto, verificando o que comeu nas últimas horas, como foi a reação do bebê e, se identificar cólica no seu filho, tente eliminar esse alimento da dieta por alguns dias até averiguar a melhora da criança. Vale notar que, entre os suspeitos mais comuns da cólica, estão alimentos como brócolis, feijão, repolho, cebola e leite de vaca.

Leia amanhã!

Informe-se, nesta quarta-feira (7), sobre a amamentação de bebês prematuros

Odontopediatra comenta a polêmica chupeta, que pode causar desmame precoce

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Nos Estados Unidos usar chupeta é uma recomendação a partir do primeiro mês de vida. Aqui, não

Estima-se que dois terços das mães oferecerão chupeta aos filhos em algum momento durante o primeiro ano de vida. A maior parte das crianças recebe chupeta entre o primeiro e o sétimo dia de vida.

De acordo com o odontopediatra Gabriel Politano, do Ateliê Oral Kids e diretor do Departamento de Odontologia para Gestantes e Neonatos da Associação Brasileira de Odontopediatria, o hábito de usar o acessório continua no Brasil, mesmo com a proibição da propaganda de chupetas no país pela Lei nº 11.265/2006.

Nos Estados Unidos, a Academia Norte-Americana de Pediatria passou a considerar positivo o uso da chupeta na hora de dormir somente a partir do primeiro mês de vida, com base em pesquisas que mostram que isso seria capaz de reduzir em até 90% o número de mortes súbitas. A morte súbita ocorre durante o sono, no primeiro ano de vida do bebê e não existe nenhum sinal prévio do risco.

O odontopediatra Gabriel Politano

No Brasil, as recentes diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) consideram que o uso de chupetas em crianças amamentadas atrapalha a dentição, a mastigação e a deglutição, a respiração, a fala e a linguagem oral, podendo causar otite média aguda e até a tendência no futuro de vícios orais, como fumar ou comer compulsivamente.

A principal preocupação com o uso da chupeta desde os primeiros dias de vida é o eventual risco de “confusão de bico” e desmame precoce, ou seja, quando a criança se acostuma com a sucção da chupeta e deixa o peito de lado.

Na prática, portanto, pode-se resumir tudo da seguinte forma, sempre com embasamento dos estudos publicados:

– Se possível, evite o uso da chupeta de modo geral;

– Evite-a, principalmente, no primeiro mês de vida;

– Caso opte pela chupeta, é fundamental usar uma com bico anatômico e somente nos momentos de grande irritação e sonecas;

– É preciso remover o hábito por completo, no máximo, até os 2 anos de idade.

Com essas considerações, as crianças terão menos riscos de problemas esqueléticos e musculares provocados pelo uso prolongado ou inadequado da chupeta. No entanto, o acompanhamento profissional é importante devido à predisposição que algumas podem ter a alterações.

Leia amanhã!

Como se alimentar durante a amamentação? Confira dicas nesta terça-feira (6)

Entenda e saiba como lidar com alguns dos principais desafios físicos da amamentação

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Problemas nos seios e pega incorreta podem ser algumas das dificuldades amenizadas com orientações

De acordo com Lavínia Springmann, consultora de Amamentação da NUK, empresa alemã especializada em produtos para bebês e mães, os traumas mamilares mais frequentes são eritema, edema, fissuras, bolhas, marcas brancas, amarelas ou escuras e equimoses. A causa mais comum acontece pelo posicionamento ou pega inadequados. Outros fatores incluem mamilos curtos, planos ou invertidos, disfunções orais na criança e a não interrupção da sucção do bebê antes de retirá-la do seio, além das reações alérgicas causadas pelo uso de óleos e cremes nos mamilos.

A prevenção inclui amamentar com a técnica correta, manter os mamilos secos por meio do uso de protetores, amamentar em livre demanda e não utilizar produtos que retirem a proteção natural do seio. Se for preciso interromper a mamada, é aconselhável introduzir o dedo indicador ou mínimo pelo canto da boca do bebê, de maneira que a sucção seja interrompida antes de a criança ser retirada do seio.

A consultora de amamentação Lavínia Springmann

O tratamento pode ser realizado por meio de compressas e uso de conchas de amamentação que ajudam a evitar o atrito da área afetada com a roupa. Também é importante que a mãe inicie a mamada com o seio menos afetado e ordenhe um pouco de leite antes do início para facilitar a pega correta.

O ingurgitamento mamário, popularmente conhecido como “leite empedrado”, ocorre quando há acúmulo de leite, causando dor e aumento do volume das mamas. Neste caso, o leite acumulado torna-se mais viscoso, dificultando a saída.

Uma vez gerado o ingurgitamento, é importante ordenhar um pouco de leite (manualmente ou por bomba) antes da mamada, massagear as mamas delicadamente, bem como usar compressas de água morna para ajudar na liberação do leite. Também é necessário que a mãe use com frequência sutiãs com alças largas e firmes e faça compressa de água fria logo após ou durante os intervalos das mamadas, que ajudam a diminuir o edema, a vascularização e a dor.

Um dos traumas mais conhecidos entre as mães é a mastite, que consiste em um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama, podendo progredir para uma infecção bacteriana. A lesão ocorre com maior frequência na segunda e na terceira semana após o parto e, por esse motivo, o leite acumulado e o dano tecidual resultante favorecem a instalação da infecção.

Quando há mastite, a parte afetada da mama se encontra dolorosa, hiperemiada (com aumento do fluxo de sangue no local), quente e com edemas. Em caso de infecção, ocorrem manifestações, tais como mal estar, febre alta e calafrios. Geralmente, a mastite sucede em apenas uma das mamas e seu tratamento se dá pelo esvaziamento adequado por meio da amamentação e se necessária, a retirada do leite após as mamadas.

Um dos traumas mais conhecidos é a mastite

Leia amanhã!

Confira, nesta segunda-feira (5), informações sobre a polêmica chupeta

Falta de empatia e desrespeito dos outros são grandes adversidades à amamentação

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Às vezes, tudo o que uma mãe quer e precisa é amamentar em paz. A sociedade precisa aprender a ser mais compreensiva e aceitar o aleitamento materno como um ato tão natural quando dar uma fruta a uma criança em público

Além dos eventuais traumas fisiológicos que a amamentação pode causar às mães, os ambientes em que o aleitamento materno é feito também merecem atenção. Neste ano, a campanha anual de incentivo à amamentação do Ministério da Saúde destaca a importância do amparo de toda a rede de apoio (família, amigos, profissionais de saúde, empresários) aos pais, em especial às mulheres que estão amamentando.

Amamentar nem sempre é fácil. As adversidades podem ser tanto físicas e de saúde da mãe, quanto externas, quando a mulher não conta com compreensão por parte da rede de apoio (como amigos, familiares e até empregador) ou até de outras pessoas. Tanto é que existe um projeto de lei federal tramitando para proteger as mães desse problema.

Um exemplo claro de desrespeito aconteceu em 17 de julho, quando uma passageira amamentava a filha de 1 ano durante um voo internacional da companhia aérea KLM e foi abordada por uma comissária de bordo, que pediu que ela cobrisse os seios com um cobertor. A trabalhadora tomou a atitude após reclamações de outros passageiros, que consideraram a amamentação um ato “desrespeitoso” em público.

 

Repreendida por amamentar em voo, a norte-americana Shelby Angel se manifestou contra companhia aérea nas redes sociais

A mãe não aceitou a imposição e postou sobre o caso nas redes sociais. O caso viralizou e, no dia seguinte, a empresa aérea se posicionou o Twitter dizendo que é permitido amamentar durante voos, mas pede que as mães se cubram para evitar problemas com pessoas de outras culturas. O pediatra e homeopata Moises Chencinski, criador e incentivador do Movimento Eu Apoio Leite Materno, autor de blog homônimo e coautor do livro É mamífero que fala, né?, escreveu artigo sobra a questão. Confira o posicionamento:

O médico Moises Chencinski se posiciona contra atitude de companhia aérea

“Obrigado, KLM: a amamentação agradece!

Estamos no Agosto Dourado, mês dedicado à sensibilização e à conscientização sobre a importância do aleitamento materno. Mas, todo ano, mesmo perto dessa data, aparecem situações que nos fazem refletir e repensar nossa postura e nossas ações.

Na semana passada (17/7), a empresa holandesa de aviação KLM protagonizou uma situação, no mínimo estranha. Durante um voo de San Francisco para Amsterdã, uma passageira que amamentava sua filha de 1 ano foi abordada pela comissária de bordo com um cobertor para que ela cobrisse os seios e a criança, por ter recebido reclamações de passageiros sobre essa atitude ‘desrespeitosa’.

A mãe, Shelby Angel, de Sacramento, na Califórnia, se negou a cobrir a filha e postou em sua página do Facebook, essa situação desagradável e constrangedora pela qual ela passou. As redes sociais da empresa KLM foram então inundadas por comentários e reclamações a respeito dessa atitude.

Em seu Twitter, no dia seguinte, a KLM explicou que ‘é permitido amamentar nos voos, mas, às vezes, é necessário pedir às mães que se cubram’ e que ‘essa era a política oficial da companhia aérea e que os passageiros precisavam respeitar pessoas de outras culturas, para preservar a paz em seus voos’.

Será que alguém respeitou a cultura dessa mãe e a de sua bebê de 1 ano de idade que estava, inocentemente, mamando, enquanto diziam que ‘para amamentar você vai ter que se cobrir e cobrir sua filha’?

A companhia KLM recebeu muitas reclamações de internautas

Procurei nos sites da KLM qualquer informação a respeito da política relacionada à amamentação e, sinceramente, NÃO ENCONTREI NADA. Quando será que essa ‘política oficial’ foi divulgada? Será que essa ‘política oficial’ existe? Se alguém encontrar, favor encaminhar para conhecimento público.

A BBC ouviu outras companhias de aviação. A British Airways disse que ‘jamais impediria uma mãe de amamentar a bordo’. Afirmou ainda que ‘poderia providenciar privacidade se lhe fosse solicitado’. Já a empresa EasyJet disse que ‘suas passageiras são bem-vindas para alimentar seus bebês a bordo a qualquer momento’.

Enquanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a WABA (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) apresentam, desde 1992, campanhas na Semana Mundial de Amamentação  (SMAM – 1º a 7 de agosto) para normalizar o aleitamento materno, favorecendo a saúde das mães (menos 20.000 mortes por câncer de mama por ano), dos lactentes (menos 823.000 mortes por ano de crianças abaixo de 5 anos de idade) e uma economia de mais de 300 bilhões de dólares anuais (se as mães amamentassem desde a sala de parto, exclusivo até o 6º mês de vida e complementado com alimentação saudável até 2 anos ou mais), ainda temos questões culturais que ‘erotizam’ o ato de amamentar, vindas de onde não se esperaria, culturalmente, esse tipo de atitude.

No Brasil, nossas ações através do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e de suas filiadas (incluindo a Sociedade de Pediatria de São Paulo) têm, por objetivo, aumentar as taxas de aleitamento materno para 50% em crianças até 6 meses de idade, seguindo a recomendação da OMS, até 2.025.

Hoje, existem leis municipais e estaduais (ainda não temos uma lei federal) que punem quem constranger uma mãe que amamenta em público. A amamentação vai além da questão nutricional e imunológica (passagem de anticorpos). Amamentar é vínculo, é olho no olho, é pele a pele.

Assim, lamentamos a atitude da empresa citada, de sua equipe de bordo, das pessoas no voo, que não foram identificadas, que se sentiram desconfortáveis com o ato absolutamente natural de uma mãe amamentando seu filho.

Aliás, se formos observar atentamente, há menos mães amamentando seus bebês em público do que seios à mostra no Carnaval e nas praias brasileiras, tão visitadas por turistas nacionais e internacionais. Se essa exposição é respeitada por todos, é encarada como normal (como deve ser) e é usada até como publicidade para se atrair investimentos em turismo para o Brasil, a amamentação pode e deve ser normalizada e respeitada.

E, concluindo, ‘agradecemos’ à KLM por essa atitude. Assim, conseguimos chamar a atenção para o aleitamento materno unir e mobilizar muitas famílias que, indignadas com essa atitude, aproveitarão a SMAM e o Agosto Dourado próximos e, mais sensibilizadas, propagarão e divulgarão cada vez mais o respeito ao aleitamento e a essas mães e bebês maravilhosos que nos mostram dia após dia, sua força e a importância dos vínculos. EMPODERAR MÃES E PAIS. FAVORECER A AMAMENTAÇÃO. Esse é o tema da Semana Mundial de Amamentação para 2.019.”

Leia amanhã!

Confira, neste domingo (4), as maiores dificuldades físicas da mãe ao amamentar, além de dicas para lidar com problemas, como mastite

Veja cinco passos para extrair o leite materno corretamente e 15 passos para doar no DF

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O armazenamento para doação deve ser feito em pote limpo e identificado

Na semana e no mês da amamentação, o Blog da Primeira Infância traz ao público uma série de orientações e informações úteis sobre amamentação .

As bombas para extração de leite materno se tornaram fundamentais para algumas mamães. Atualmente, a retirada do leite faz parte da rotina das mães, seja para estocá-lo, manter a dieta dos bebês prematuros ou mesmo para extrair o excesso produzido, aliviando a mama, ou até mesmo para doar a bancos de leite. A bomba de extração facilita por ser prática, pela agilidade e por economizar no tempo.

Fernanda Catharino é pediatra e mãe

A pediatra Fernanda Catharino, que é mãe de dois meninos, tem consultório no Rio de Janeiro e é autora do blog Colo de Pediatra, dá dicas para ajudar as mães a extrair o leite corretamente. Confira o passo a passo do que fazer:

1) Prender os cabelos, lavar as mãos e sentar-se confortavelmente;

2) Massagear as mamas com as pontas dos dedos do centro para a periferia;

3) Preparar os sacos de armazenamento;

4) Usar o próprio recipiente para realizar a extração;

5) Ao finalizar, mexer suavemente em movimentos circulares, anotar a data e colocar direto no freezer.

Ajude outros bebês doando leite

Se você é mãe, tem leite suficiente para seu bebê e mais, por que não doar para outros que precisam? É para ajudar as famílias que, pelos mais diversos motivos, não conseguem alimentar o filho com o leite da mãe. No Distrito Federal, as lactantes podem doar pelo portal Amamenta Brasília, ou entrando em contato pelo telefone 156, opção 4.

Faça parte da campanha da Secretaria de Saúde do DF e também divida seu leite

Para fazer a doação, a mulher deve estar amamentando, ser saudável e não usar álcool, cigarro ou drogas ilícitas. O serviço também solicitará exames de pré-natal (hemograma completo, VDRL e sorologias para HIV e hepatites), além de repassar orientações sobre ordenha e coleta.

É necessário apresentar um documento válido de identificação com o nome completo e fornecimento dos seguintes dados: endereço, telefone, escolaridade, profissão, informação de gestação e parto (em caso de pacientes nutrizes). Se for a sua primeira doação ou você estiver precisando, solicite o kit com o potinho vidro, uma touca e uma máscara para usar durante a coleta. Os bombeiros levarão até a sua casa ou você poderá pegar num Banco de Leite Humano mais perto. As mães interessadas também podem doar vidros para coleta para outras mães.

Kit para doação de leite disponibilizado pelo GDF

Confira o passo a passo para a doação no DF:

  1. Procure tirar o leite em um lugar limpo e tranquilo da casa.
  2. Use potes de vidro com tampa plástica.
  3. Ferva os potes por 15 minutos e deixe que sequem sobre um pano limpo.
  4. Use uma touca ou um lenço na cabeça.
  5. Coloque uma máscara ou amarre uma fralda sobre o nariz e a boca.
  6. Lave as mãos e os braços até o cotovelo com bastante água e sabão.
  7. Lave as mamas apenas com água.
  8. Seque as mamas e as mãos com um pano limpo.
  9. Massageie os seios com a ponta dos dedos, com movimentos circulares, e inicie a coleta diretamente no pote.
  10. Encha o pote até faltarem dois dedos para completá-lo e, caso seja necessário, recomece uma nova coleta em outro pote higienizado.
  11. Identifique o pote com seu nome e a data em que retirou o leite pela primeira vez.
  12. Para completar um pote que já está no congelador, faça a coleta em um copo de vidro e depois despeje no pote.,
  13. O leite pode ficar até 10 dias no congelador ou no freezer.
  14. Para agendar a coleta, ligue no número 160, opção 4.
  15. O Corpo de Bombeiros buscará a doação em sua casa ou você combinará de levar à unidade mais próxima.

Conheça os bancos de leite do DF:

  • Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib)
  • Hospital das Forças Armadas (HFA)
  • Hospital Regional da Asa Norte (Hran)
  • Hospital Universitário de Brasília (HUB)
  • Hospital Regional do Paranoá
  • Hospital Regional de Brazlândia
  • Hospital Regional de Ceilândia
  • Hospital Regional de Taguatinga
  • Hospital Regional do Gama
  • Hospital Regional de Santa Maria
  • Hospital Regional de Sobradinho
  • Hospital Regional de Planaltina
  • Posto de Coleta de Samambaia (QS 614)
  • Posto de Coleta de São Sebastião (Centro de Múltiplas Atividades)

 

Hmib oferece orientações e palestras para lactantes

Ainda tem dúvidas sobre amamentação?

O HMIB oferece gratuitamente palestras sobre: Cuidados com o bebê e amamentação (2º e 4º sábados do mês) e curso de preparação para o parto (1º e 3º sábados do mês). As palestras são de responsabilidade da equipe de residência de enfermagem do Hmib. Agendamento: de segunda à sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 12h e das 14h às 18h, pelo telefone (61) 2017-1608.

Leia amanhã

Confira neste sábado (3) orientações de como lidar com adversidades na amamentação

No Dia Mundial da Amamentação, confira 12 dicas sobre aleitamento materno

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Veja um manual do aleitamento para mães de
primeira viagem

Aproveitando o Agosto Dourado e o Dia Mundial da Amamentação, que é nesta quinta-feira (1º/8), o Blog da Primeira Infância reuniu uma série de dicas para orientar especialmente as mães, mas pais, outros familiares e profissionais de saúde também podem se beneficiar de entender melhor sobre o aleitamento materno. Os conselhos são especialmente benéficos para as mães de primeira viagem, que ainda precisam se acostumar com a amamentação.

Amamentar é um desejo natural para muitas mães.Por mais orgânico que seja, no entanto, o ato de amamentar pode ser fonte de preocupação e dúvidas. Um bom começo é relaxar. Para ajudar a acalmar as preocupações, o projeto Parto Sem Medo (modelo, sob liderança do médico Alberto Guimarães, de assistência à parturiente que realça o parto natural como um evento de máxima feminilidade, em que a mulher e o bebê devem ser os protagonistas) elencou 12 dicas de amamentação para as mães.

1) Antecipe os desejos do bebê

Em vez de esperar que seu neném chore, você pode antecipar as necessidades dele, observando sinais. Quando seu bebê estiver com fome, ele pode girar ou levantar a cabeça repetidamente, abrir e fechar a boca, colocar a língua para fora e chupar o que estiver perto. Se você perceber seu bebê fazendo algum desses movimentos, ofereça seu peito imediatamente.

2) Deixe seu bebê determinar com que frequência e por quanto tempo será a mamada

Seu bebê conhece as necessidades que tem melhor do que você. Acredite. Deixe-o determinar com que frequência ele quer ser amamentado. Não defina um intervalo predeterminado entre as refeições e, em seguida, negue a comida apenas porque não passou tempo suficiente. Além disso, não há necessidade de acordar um bebê dormindo para alimentá-lo simplesmente porque três horas se passaram. Deixe seu bebê dormir tranquilamente e alimente-o quando acordar. Da mesma forma, deixe seu bebê determinar de quanto tempo ele precisa para se alimentar. Lembre-se: seu pequeno sabe o quanto precisa mamar. Não se preocupe se o tempo de amamentação durar apenas 10 minutos e não entre em pânico se ele se prolongar por 45.

3) Fique confortável enquanto amamenta

Você passará uma quantidade significativa de tempo segurando seu bebê no peito enquanto ele se alimenta. Se você fizer isso em uma posição sentada sem suporte, pode ficar desconfortável rapidamente. Além disso, manter-se numa posição desconfortável por um período prolongado de tempo pode levar a dor nas costas, no ombro e no pescoço. As constantes contorção e movimentação podem atrapalhar a amamentação e resultar em irritabilidade e aumento da fome. É por isso que é tão importante que você se sinta confortável durante todo o processo. Deite-se de lado com o bebê de frente para você ou sente-se em uma posição reclinada com o bebê deitado em seus braços. Uma cama ou um sofá grande com muitos travesseiros para apoiar as costas e os braços tornam essas posições ideais para a amamentação. Encontre o que é certo para você, mas não tenha medo de misturá-los de vez em quando, dependendo de suas necessidades.

Muito do processo de amamentação é intuitivo,
se o bebê dá sinais de que está gostando, continue

4) Relaxe

Além de garantir que você e o bebê estejam confortáveis durante a amamentação, tente relaxar. Seu bebê pode sentir que você está tensa e nervosa e pode não relaxar se você não estiver tranquila também. Examine ainda seu ambiente. Se você está em um local estressante ou desconfortável, opte por uma mudança de cenário.

5) Ajude seu bebê a encontrar a posição correta

Ao longo do tempo, seu bebê provavelmente encontrará a posição que é melhor para ele. Preste atenção a essa posição para facilitar a entrada rápida. Cada bebê é diferente, mas existem algumas diretrizes gerais que você pode usar para encontrar uma posição que funcione tanto para você quanto para seu bebê:

  • Seu bebê deve estar posicionado de modo que sua boca fique no mesmo nível do mamilo
  • Ele não deve ter que virar muito a cabeça
  • A cabeça deve ficar levemente inclinada para trás
  • Se possível, ele deve se encaixar na aréola inteira, não apenas no mamilo
  • O queixo deve estar bem encostado ao peito para que o nariz fique livre
  • Não force essas posições. Seu bebê pode preferir uma posição diferente. Apenas deixe acontecer naturalmente enquanto você se certifica de que seu bebê está confortável.

6) Não se assuste: é natural o leite vazar

Nas primeiras semanas de amamentação, é comum que o leite vaze de seus seios. Não se assuste, isso é completamente normal. Pode acontecer quando você ouve outro bebê chorar, quando seu bebê não se amamenta por várias horas, quando você pensa em seu bebê ou quando sente uma forte emoção. Esse vazamento eventualmente vai diminuir ou desaparecer à medida que a amamentação continuar. Enquanto isso, você pode colocar uma almofada no sutiã para absorver o leite que vazar.

Mãe tranquila, bebê tranquilo: o primeiro passo
é que a mãe esteja bem

7) Cuide de sua pele

A pele dos seios é muito delicada e pode ficar seca, rachada e irritada com a amamentação regular, tornando-a uma experiência dolorosa. Felizmente, você pode proteger-se contra a pele rachada com algumas precauções:

  • Não lave muito. Uma ou duas limpezas por dia com um limpador suave é suficiente
  • Depois da amamentação, lave os seios com um pano macio
  • Deixe seus seios arejados constantemente para evitar a irritação do atrito com a roupa
  • Depois da amamentação, aplique produtos específicos que ajudam na hidratação e cicatrização dos mamilos

8) Não se preocupe, você terá leite suficiente

A produção de leite depende principalmente das necessidades do seu bebê. Conforme o bebê mama, ele estimula a liberação dos hormônios prolactina e oxitocina que estimulam ainda mais a produção de leite. Então, não se preocupe, você terá leite suficiente. Quanto mais seu bebê for amamentado, mais leite será produzido. Durante os primeiros dois ou três dias de amamentação, você pode notar um líquido espesso amarelo ou laranja saindo de seus seios. Não entre em pânico. Esse fluido é o colostro e é exatamente o que seu bebê precisa no momento. O colostro é muito nutritivo e contém altos níveis de anticorpos. Esses anticorpos estimulam o sistema imunológico do bebê para combater infecções.

9) Procure sinais de que a amamentação está indo bem

O comportamento e a saúde do seu bebê dirão se a amamentação está indo bem ou não. Não se preocupe se você não vir esses sinais o tempo todo. Enquanto se alimenta, seu bebê deve sugar e engolir regularmente. Tenha em mente que, quando o seu filho começar a se alimentar, ele engolirá cada vez que sugar. À medida que o leite diminui, eles ficam cheios ou adormecem, a deglutição diminui. Isso é perfeitamente natural. Ao fim de uma sessão de amamentação, seu bebê deve liberar seu seio e parecer sonolento. As fraldas do seu bebê estarão cheias enquanto estiver se alimentando. Eles provavelmente terão de quatro a oito evacuações por dia durante as primeiras semanas de vida. Isso se deve principalmente ao consumo de colostro. Enquanto as fraldas estiverem molhadas de xixi e os movimentos intestinais apresentarem regularidade, não há necessidade de se preocupar com a constipação.

O médico Alberto Guimarães, ginecologista e
obstetra, é responsável pelo Parto sem Medo

10) Evite o ingurgitamento

O ingurgitamento é caracterizado pelo inchaço doloroso e pelo endurecimento dos seios, causado quando a produção de leite supera o consumo. O inchaço pode dificultar a alimentação do bebê, o que pode levar a ainda mais inchaço. A melhor maneira de evitar essa condição dolorosa é amamentar o bebê sempre que possível. Se o ingurgitamento persistir, você pode extrair manualmente o leite materno massageando suavemente a aréola entre os dedos. Se você não conseguir, tente usar uma bomba e continue até que seus seios amoleçam e você se sinta confortável novamente.

11) Peça ajuda

Livros e vídeos podem não ser completamente fiéis à realidade da amamentação. Então, peça ajuda nos primeiros momentos após o parto. No hospital, enfermeiras ou doulas estarão por perto para verificar você e o bebê durante a amamentação. Se sentir necessidade, peça ajuda nesses primeiros momentos. A amamentação pode ser desconfortável no início mas não deve ser uma experiência dolorosa para você. Se estiver doendo a ponto de fazer você se encolher, procure ajuda de um profissional

12) Mantenha-se hidratada

Por último, mas não menos importante: é importante para você e para o bebê manter uma boa hidratação. A água reabastece o corpo, então uma boa regra é beber um copo de água sempre que amamentar.

Leia amanhã

Confira, nesta sexta-feira (2/8), orientações sobre como extrair o leite materno corretamente, tanto para armazenar para seu filho, quanto para doação a bancos de leite

Dia, semana e mês celebram a amamentação e o leite materno

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A chegada do oitavo mês do ano tem um significado especial de valorizar e reforçar a importância do leite materno, o melhor alimento para o início da vida. O primeiro dia do mês, nesta quinta-feira (1º/8), é o Dia Mundial da Amamentação, o que torna esta a Semana Mundial da Amamentação. No entanto, a valorização do leite materno continua pelos 31 dias do mês: instituído no Brasil desde 2017, o Agosto Dourado celebra o “alimento de ouro” para a saúde dos bebês, que traz vantagens também para as mulheres.

Mesmo assim, ainda há muitas crianças que não têm acesso ao leite da mãe, mesmo quando existem condições necessárias para amamentar. Por vezes, por simples desconhecimento. Após décadas de estudo sobre os benefícios do aleitamento materno, a Organização das Nações Unidas (ONU) espera que seus países membros elevem em 50%, até 2025, o número de bebês que recebem exclusivamente o leite materno até o sexto mês de vida. O alimento é considerado o mais completo e contém anticorpos que podem prevenir doenças. O ato de amamentar é complexo e envolve questões que perpassam a alimentação e a saúde da mãe e atingem o patamar econômico e cultural.

Até 2025, a ONU espera que os países aumentem em 50% a quantidade de crianças que são alimentadas exclusivamente pelo leite materno até o sexto mês de vida

Eventos marcam Agosto Dourado no DF

O Hospital Santa Marta promove, na próxima segunda-feira (5/8), roda de conversa multiprofissional sobre importância da amamentação, alimentação pós-parto e psicologia aplicada no puerpério. O evento será das 14h às 17h, no auditório do Instituto Santa Marta de Ensino e Pesquisa (Ismep), no Setor E Sul, Área Especial 3, Taguatinga Sul (DF). Inscrições gratuitas pelo link. Em 21 de agosto, é a Maternidade Brasília que organiza debate com profissionais de saúde e influenciadores sobre a importância e os desafios da amamentação.

Entre os convidados estão a atriz e embaixadora da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Maria Paula; o casal Luiza e Hilan Diener, do canal Potencial Gestante; a pediatra e coordenadora do Banco de Leite da Maternidade Brasília Sandi Sato; e a enfermeira da Maternidade e especialista em amamentação Larissa Sena. O evento será gratuito, às 18h30, no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do shopping Iguatemi Brasília (Lago Norte). As inscrições devem ser feitas na página.

Roda de conversa no Hospital Santa Marta será na segunda (5/8)

Benefícios são para a mãe e o bebê

Entre os diversos pontos positivos do aleitamento materno estão a redução do risco de doenças cardíacas e derrame após o parto nas mulheres, segundo estudo publicado no periódico científico Journal of the American Heart Association. Durante oito anos, cerca de 290 mil mulheres chinesas foram acompanhadas por pesquisadores da Universidade Oxford, na Inglaterra, e da Academia Chinesa de Ciências Médicas, na China. Os estudos revelam que as mulheres que amamentaram teriam risco 9% menor de terem doenças cardíacas e 8% menor de derrames.

A cada seis meses adicionais de aleitamento materno, o risco diminui em até 4% as doenças cardíacas nas mulheres, e reduz em 3% os casos de derrame. O risco de doenças cardíacas é reduzido em até 18% quando a amamentação continua por dois anos ou mais. A redução do risco de doenças do coração também foi descoberta por uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Entre as mulheres com bons níveis de pressão sanguínea na gravidez, as que amamentaram por pelo menos seis meses demonstraram maiores níveis de colesterol bom (HDL) e nível menor de gorduras no sangue.

Nesse grupo, constatou-se menor espessura média da artéria carótida. Diversos estudos também comprovaram benefícios como: diminuição nas chances de ter depressão pós-parto e de desenvolvimento de diabetes tipo 2, além de proteger contra o câncer de mama e de ovário. Os bebês também são protegidos contra diabetes tipo 2, têm menor chance de sofrer com obesidade ou sobrepeso no futuro e são protegidos de anemia, alergias e infecções respiratórias.

O prejuízo total de não amamentar exclusivamente no primeiro semestre de vida do bebê foi calculado em US$ 341,3 bilhões por ano

Aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses incrementaria economia mundial

Além de trazer benefícios para mães e bebês, o aleitamento materno é a melhor opção para a economia mundial. É isso que mostra a pesquisa O custo de não amamentar, que reúne dados de mais de 100 países. De acordo com o estudo, a economia global pouparia US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,76 bilhões) se a totalidade das mulheres pudesse amamentar os filhos exclusivamente durante os primeiros seis meses, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A pesquisa, publicada no jornal acadêmico de Políticas e Planejamento da Saúde da Universidade Oxford, no Reino Unido, fez o cruzamento entre as informações coletadas da população e os estudos publicados sobre o tema. Os resultados mostraram que 595.379 mortes de crianças entre seis meses e 5 anos por ano, atribuídas à diarreia e pneumonia, poderiam ter sido evitadas com a amamentação exclusiva no primeiro semestre de vida.

A análise também estima que 974.956 casos de obesidade infantil por ano podem ser atribuídos à ausência ou interrupção prematura da amamentação. Já para as mulheres, estima-se que a amamentação teria o potencial de prevenir anualmente 98.243 mortes por diabetes e cânceres de mama e ovário. Ao prevenir o aparecimento dessas doenças, os pesquisadores estimam que haveria uma economia anual de US$ 1,1 bilhão com os custos de saúde.

Já a perda de produtividade causada por essas mortes prematuras de mães e filhos foi estimada em US$ 53,7 bilhões por ano, de acordo com os cientistas. O maior prejuízo econômico, porém, vem das perdas cognitivas de crianças que não são amamentadas nos seis primeiros meses e não recebem nutrição adequada, o que equivaleria a menos US$ 285,4 bilhões gerados por ano na economia mundial. No total, o custo global de não amamentar exclusivamente durante os primeiros seis meses foi calculado pelos pesquisadores em US$ 341,3 bilhões por ano.

A deputada Alice Portugal é a relatora do projeto

Direito de amamentar em público pode ser garantido no Congresso Nacional

Tramita no Congresso Nacional projeto de lei para penalizar, com multa, a violação do direito à amamentação em espaço público. O Senado Federal aprovou o PLS nº 514/2015 em março deste ano. O texto assegura o direito das mães de amamentar em local público ou privado sem sofrer qualquer impedimento. A matéria faz parte da pauta prioritária da bancada feminina na defesa dos direitos das mulheres e aguarda agora o parecer da relatoria na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMulher) da Câmara dos Deputados, onde se tornou o PL nº 1654/2019. Em maio, a deputada Alice Portugal (PCdoB/BA) foi designada relatora do projeto. Pelo texto, atitudes voltadas a segregar, discriminar, reprimir ou constranger mãe e filho no ato da amamentação serão consideradas como ilícito civil.

A pena para quem proibir a amamentação é de multa com valor não inferior a dois salários mínimos. Alimentar os filhos em lugares públicos, como praças, pontos de ônibus, restaurantes, centros de compra ou supermercados, não deveria causar espanto ou qualquer constrangimento. Em síntese, se o espaço ou estabelecimento permite o livre trânsito de pessoas, está liberada a amamentação. É preciso entender que a amamentação é um direito da criança e da mulher que assume a responsabilidade grandiosa de propiciar o desenvolvimento sadio e afetivo do filho.

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Confira nesta quinta-feira (1º/8) diversas dicas de especialistas sobre amamentação

Livro explica às crianças a importância da amamentação

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Lançamento da Paulinas Editora, o livro É mamífero que fala, né?, de autoria de Moises Chencinski e Vanessa Abreu, chegou às livrarias e às lojas on-line com uma proposta inusitada: falar de aleitamento materno diretamente para as famílias, especialmente para as crianças, empregando uma linguagem carinhosa, cuidadosa e acessível.

Para construir o livro, o pediatra e homeopata Moises Chencinski, em parceria com a nutricionista e consultora em aleitamento materno, Vanessa Abreu, tiveram a ideia de abordar o tema de forma lúdica, fortalecendo o vínculo familiar (entre membros como pai, avós, tios), que é a base da rede de apoio para a mãe que amamenta. Ao analisarem as ideias, decidiram contar a história de maneira simples, para as crianças, relacionando-a com algo aprendido em sala de aula: os mamíferos. Com ilustrações da artista plástica Helena Cortez, o livro revela o que há de comum entre todos os mamíferos de maneira belíssima e poética.

 

Muitos fatores são conhecidos e explorados na obra: falta de informação ou informação inadequada (palpites) nas redes sociais, amigos e familiares e até de profissionais de saúde, falta de apoio à amamentação durante o pré-natal, na maternidade e mesmo nas primeiras consultas com o pediatra,falta de espaço na mídia para divulgação ética e constante sobre a importância do leite materno, licença-maternidade insuficiente para que ocorra aleitamento materno exclusivo, marketing abusivo das indústrias de fórmulas infantis, cultura de desmame desde a infância, quando a maioria das bonecas vem com mamadeiras e chupetas, e muitas outras questões.

Para não ficar só esperando que “os outros” façam alguma coisa em prol do aleitamento materno, o livro É mamífero que fala, né? chega com a missão de reunir a família, fortalecer os vínculos, reforçar a contação de histórias e disseminar informações sobre o aleitamento materno.

 

É mamífero que fala, né?

Autores: Vanessa de Abreu Barbosa Fernandes, Moises Chencinski

Ilustrações: Helena Cortez

Editora: Paulinas

40 páginas

R$ 31,50

 

Confira relato dos autores sobre a obra: