Mês: agosto 2019
Hospital de Taguatinga oferece curso gratuito para gestantes
O Hospital Santa Marta vai oferecer, em 11, 18 e 25 de setembro, o Curso de Gestante, no Instituto Santa Marta de Ensino e Pesquisa (Ismep), em Taguatinga Sul. Durante os três dias, o curso ocorrerá das 14h às 18h, para gestantes e acompanhantes. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo site do hospital.
Equipe composta por profissionais de diversas áreas vai palestrar sobre diversos temas relacionados à gestação, pré e pós-parto, e os primeiros cuidados com os bebês. O curso contará com pediatra, ginecologista e obstetra especializado em gestação de alto risco, biomédica, psicóloga, além de fonoaudióloga, nutricionista, fisioterapeuta e enfermeiros.
O primeiro dia do curso vai abordar temas como anestesia para gestantes, fisioterapia na gestação, com exercícios feitos na hora, diástase, alimentação para gestantes, além de assuntos relacionados aos bebês, como teste do pezinho, sexagem fetal e estimulação precoce.
Durante o segundo encontro, haverá palestras voltadas para orientações sobre gravidez e partos, psicologia aplicada à gestação, alterações oculares na gravidez, orientações de alimentação do recém-nascido e testes da linguinha, orelhinha e olhinho.
O último dia será focado em orientações pediátricas e cuidados com o recém-nascido. Os participantes devem levar um pote de vidro com tampa plástica para ser utilizado no Posto de Coleta de Leite Humano do hospital. Haverá emissão de certificado mediante a participação em pelo menos dois dias do curso.
Participe!
Curso de gestante
Local: Instituto Santa Marta de Ensino e Pesquisa (Ismep), no Setor E Sul, Área Especial 3, Taguatinga Sul
Quando: 11, 18 e 25 de setembro, das 14h às 18h
Vagas limitadas.
Inscrições: no site do Hospital Santa Marta
Durante o terceiro Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, que ocorreu durante segunda (19) e terça (20), em São Paulo, deputados federais trouxeram a primeira infância para o debate sobre o ensino no país.
Pedro Cunha Lima (PSDB-SP) defende que a União e as unidades da Federação tomem à frente ao cuidar da fase que vai de 0 a 6 anos de idade. “Não dá para entregar a primeira infância na mão do município, que é o ente que menos tem”, observou o parlamentar e presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
No evento, organizado pela Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), Pedro Cunha Lima debateu “a visão do novo Congresso sobre educação” com outras duas deputadas federais e integrantes da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados: Tabata Amaral (PDT-SP) e Caroline de Toni (PSL-SC). A mediação da mesa foi do jornalista e diretor da Jeduca Paulo Saldaña (Folha de São Paulo).
A mesa destacou que a polarização ideológica que ronda a educação na gestão Bolsonaro acaba por atrapalhar a execução de políticas públicas educacionais que não geram discordância. Entre elas, o atendimento à primeira infância e a construção de mais creches públicas, como destacou Pedro Cunha Lima, que é advogado, presidente do Instituto Teotônio Vilela e mestre em direito pela Universidade de Coimbra.
“Nunca teve tanto consenso do que precisa ser feito. Apenas 34% das crianças de 0 a 3 anos estão na creche, e esse número é alavancado pelos mais ricos”, afirmou o deputado. Ele também fez um apelo para que a imprensa “coloque a primeira infância na capa” e abrace essa causa.
Tabata Amaral, cientista política e astrofísica formada na Universidade Harvard, também mencionou os anos iniciais. “A gente tem crianças que vêm de famílias em que o pai e a mãe, ou só a mãe, que é a maioria dos casos, não sabe ler nem escrever. Essa falta de capital cultural que essas crianças levam para a escola tem custo para você reverter”, disse.
“A nossa falta de investimento na primeira infância, que coloca crianças de 1 ano de idade em posições completamente diferentes para aprender, também têm um custo adicional”, completou a criadora do Mapa Educação e cofundadora do Movimento Acredito. A parlamentar e ativista pela educação defendeu que o Brasil precisa “investir mais” em educação básica, além de “investir melhor”.
*A jornalista viajou a convite do Instituto Unibanco
Inscrições para o Edital Fundos da Infância e da Adolescência são prorrogadas até esta sexta (16)
O Itaú Social prorrogou as inscrições para o Edital Fundos da Infância e da Adolescência até sexta-feira (16/8). Os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAs) que desejam participar devem selecionar uma proposta com foco na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes que considerem prioritária para atender às necessidades de sua região. O cadastro pode ser feito pelo site.
Os projetos selecionados serão divulgados em dezembro. Os conselhos que tiverem propostas selecionadas receberão em seus respectivos fundos as destinações de parte do imposto de renda devido das empresas do Conglomerado Itaú Unibanco.
Saiba mais
O Edital Fundos da Infância e da Adolescência foi criado pelo Itaú Social para selecionar e apoiar ações, serviços, programas ou projetos dos CMDCAs que reduzam e previnam violências e violações de direitos contra crianças e adolescentes, garantindo o desenvolvimento integral desse público.
O livro Nascer reúne fotografias de partos humanizados feitas pela fotógrafa Lela Beltrão. São mais de 200 imagens coloridas e em preto e branco, com o intuito de mostrar a importância da mulher como protagonista do trabalho de parto e as consequências que esse momento pode ter na vida do bebê e de toda a família. A publicação está em fase final de elaboração e em campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse
A obra será lançada durante o Simpósio Internacional de Atendimento ao Parto (Siaparto) de São Paulo, em setembro, pela editora Timo, especializada em maternidade. A publicação reúne fotos de mais de 50 trabalhos de parto, em sua maioria normais. Outros foram com anestesia; alguns domiciliares, outros hospitalares ou em casas de parto. Mas todos foram acompanhados por equipes de parto humanizado, no qual a mulher é protagonista do processo e, por isso, deve ser respeitada.
Além das fotos, a publicação conta com reflexões de profissionais que apoiam o parto humanizado, como Ana Cristina Duarte, obstetriz e educadora perinatal; Naoli Vinaver, parteira certificada; Carlos González, doutor em pediatria e autor de vários livros sobre educação, alimentação e saúde infantil; Alexandre Coimbra Correa, psicólogo e terapeuta familiar de casais e grupos; Daniela Leal, doutora em psicologia; entre outros.
Saiba mais
O Siaparto ocorrerá entre 5 e 8 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Promovido anualmente, o evento reúne milhares de pessoas interessadas em aprender e mudar os quadros de assistência ao parto latino-americana. O ingresso para participar R$ 850 e pode ser adquirido no site.
Leia!
Nascer
Autora: Lela Beltrão
Editora: Timo
Bebê prematuro também deve ser amamentado. Confira orientações
A amamentação é aliada indispensável da saúde da criança. No entanto, apesar dos inúmeros benefícios multifuncionais, como nutrição e prevenção de doenças, de acordo com dados da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), as taxas mundiais de aleitamento materno ainda estão muito abaixo do ideal. A cada três crianças nascidas no mundo, duas não são alimentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses de vida. Quando se trata de bebês prematuros, as dificuldades são ainda maiores.
A prematuridade é, hoje, a principal causa de mortalidade infantil no Brasil, de acordo com o estudo Carga Global de Doença (Global Burden of Disease, GBD) de 2015. Dados do relatório Every Child Alive – The urgent need to end newborn deaths (Toda Criança Viva – a necessidade urgente de acabar com as mortes de recém-nascidos, em tradução livre), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) do ano passado, mostram que, a cada mil crianças nascidas no país, 7,8 morrem com até um mês de vida.
Nesse sentido, a Associação Brasileira de Pais e Familiares de Bebês Prematuros, a ONG Prematuridade.com, reforça o papel essencial que a amamentação e o leite materno têm para a saúde dos prematuros, com impacto positivo para o crescimento e o desenvolvimento saudável do neném, além da qualidade de vida durante a primeira infância até a fase adulta, evitando doenças como diabetes e hipertensão.
Diferenças no leite
Segundo a Rede Nacional Primeira Infância, articulação de organizações da sociedade civil, do governo e do setor privado, o leite materno das mães de prematuros é diferente do leite produzido pelas mães de bebês que nascem a termo, principalmente no que diz respeito à quantidade de proteínas, calorias e fatores de proteção da imunidade. A amamentação do prematuro, além de fortalecer o vínculo mãe-filho, muitas vezes abalado por longas permanências na UTI Neonatal, é responsável por favorecer a maturação gastrointestinal e aumentar o desempenho neuropsicomotor dessas crianças.
Para ajudar as mamães de prematuros na importante etapa da amamentação, a ONG Prematuridade.com listou 10 dicas para o aleitamento materno de bebês pré-termo:
1. Apesar de nem tudo correr como planejado, é preciso estar calma e ser perseverante para que o bebê prematuro possa usufruir todos os benefícios da amamentação e se desenvolva com mais saúde.
2. As mamães não podem se esquecer da qualidade de sua alimentação, pois o bebê vai necessitar de gorduras, proteínas e outros componentes do leite. Então, é importante manter uma alimentação saudável. Também não se esqueça de beber muita água, no mínimo 2 litros por dia!
3. Tão logo seja possível, a equipe de profissionais de saúde deve estimular a mama da mãe, extraindo o colostro, de preferência nas primeiras 24 horas após o parto.
4. A ordenha pode ser feita com as mãos (solicite ajuda de um profissional na primeira ordenha e sempre que necessário) ou com uma bombinha (manual ou elétrica). Não tenha vergonha de procurar ajuda.
5. Faça a extração do leite com uma frequência aproximada de três em três horas, de seis a oito vezes por dia. No começo, a quantidade de leite que sai pode parecer pequena, mas não desista. Mantenha a ordenha do leite: quanto mais você ordenhar, mais leite vai produzir!
6. Tente não ficar mais de seis horas sem tirar leite. Quanto mais regulares forem as ordenhas, maior será a produção.
7. Já é possível encontrar bombinhas elétricas para comprar ou alugar, visando facilitar a retirada do leite em casa após a alta. Informe-se no próprio hospital.
8. Para os prematuros que não têm condições de sugar adequadamente, a equipe de saúde deve orientar sobre qual a melhor forma de oferecer o leite materno por outras vias: sonda, seringa ou copinho.
9. Com o passar dos dias, à medida que desenvolve os reflexos naturais de sucção e de deglutição, o bebê fica apto a se alimentar por via oral. Daí cabe à equipe da UTI Neonatal avaliar a viabilidade do início da amamentação.
10. Já em casa, amamente exclusivamente, evite o uso de mamadeiras e chupetas. Se precisar sair de casa sem o bebê, peça para alguém oferecer seu leite ao bebê utilizando um copinho.
Como se alimentar de forma saudável durante a amamentação? Confira dicas
Bem como durante a gravidez, a dieta da mãe após o parto continua sendo fundamental para o desenvolvimento do bebê. De acordo com Lavínia Springmann, consultora de Amamentação da NUK, empresa alemã especializada em produtos para bebês e mães, não existem, inicialmente, alimentos proibidos para a lactante. Somente em casos de suspeita de alergia alimentar na criança, em aleitamento materno exclusivo, cujo diagnóstico é bem difícil, pode-se pensar em uma dieta hipoalergênica para a mãe.
O correto é manter uma alimentação sadia e consumir muita água, leite e sucos de fruta, de preferência sem açúcar, para estimular a produção de leite. Em caso de suspeita de reação do bebê a um determinado tipo de alimento que a mãe consome (como temperos mais fortes), é importante manter a criança em observação e notar se ela apresenta algum tipo de agitação incomum ou alergia. Nesse caso, é imprescindível identificar qual foi o alimento ingerido que ocasionou a reação no bebê e evitar o seu consumo.
Nada de dieta de emagrecimento
Lavínia alerta que, durante a amamentação, não há razão para iniciar uma dieta de emagrecimento, pois ela pode comprometer a produção e a quantidade de leite e, consequentemente, prejudicar a nutrição do bebê. Para produzir uma boa quantidade de leite, a mãe necessita de uma alimentação balanceada, com aproximadamente 2.500 calorias por dia e muitos copos de água ou qualquer outro líquido, além de relaxar bastante.
As mães vegetarianas devem redobrar os cuidados com a alimentação e se certificar de que estão ingerindo vitaminas e minerais suficientes para a nutrição e a do bebê. Consultar um nutricionista é a melhor opção para elaborar um cardápio adequado, com refeições e lanches saudáveis. Remédios, bebidas e fumo não combinam com amamentação. A mãe que amamenta deve se lembrar sempre que essas substâncias perigosas podem ser transferidas para o leite materno.
O que comer durante a lactação?
Conserve os hábitos saudáveis de alimentação recomendados durante a gravidez. Mantenha uma dieta rica em grãos e cereais integrais, frutas e verduras, e alimentos que sejam boas fontes de proteínas, cálcio e ferro. É claro que uma guloseima de vez em quando não faz mal a ninguém. O consumo de gorduras saudáveis é benéfico para o bebê: abacate, azeite, castanhas, sementes e peixes gordurosos como o salmão são bons exemplos, mas evite as gorduras saturadas, encontradas nas frituras e na gordura vegetal, por exemplo.
Muitas mulheres sentem mais fome na fase da amamentação, o que faz todo o sentido, pois o corpo trabalha 24 horas por dia para produzir o leite do bebê. Por esse motivo, tenha o hábito de fazer um pequeno lanche nutritivo — como uma vitamina de iogurte batido com frutas, uma barrinha de cereais ou uma torrada com queijo — entre as mamadas. Isso ajuda a manter a fome sob controle e dar maior nível de energia.
Ingestão de água
Apesar de ter que se manter bem hidratada, a mãe não precisa ficar contando quantos copos d’água toma durante o dia, pois o corpo vai se encarregar de avisar quando é necessária a ingestão de água: os hormônios envolvidos na amamentação provocam a sensação de sede. Neste caso, o indicado é levar um copo ou uma garrafinha de água quando for amamentar. A urina na cor clara é um sinal de que a lactante está ingerindo uma quantidade adequada de líquidos.
Consumo de café e bebidas alcoólicas
Substâncias como cafeína e álcool podem passar da corrente sanguínea para o leite, por isso evite excessos. A nicotina dos cigarros também vai parar no leite, então o fumo é proibido. Um cafezinho por dia não fará mal ao bebê. No caso das bebidas alcoólicas, o melhor é evitá-las. Caso a lactante tenha que tomar alguma medicação, verifique com o médico se é adequada para mães que amamentam.
Alimentos x Cólicas nos bebês
Muitas mães observam que determinados alimentos deixam o bebê fica mais agitado e com sintomas de cólica. Nesse caso, é aconselhável seguir o instinto, verificando o que comeu nas últimas horas, como foi a reação do bebê e, se identificar cólica no seu filho, tente eliminar esse alimento da dieta por alguns dias até averiguar a melhora da criança. Vale notar que, entre os suspeitos mais comuns da cólica, estão alimentos como brócolis, feijão, repolho, cebola e leite de vaca.
Leia amanhã!
Informe-se, nesta quarta-feira (7), sobre a amamentação de bebês prematuros
Odontopediatra comenta a polêmica chupeta, que pode causar desmame precoce
Estima-se que dois terços das mães oferecerão chupeta aos filhos em algum momento durante o primeiro ano de vida. A maior parte das crianças recebe chupeta entre o primeiro e o sétimo dia de vida.
De acordo com o odontopediatra Gabriel Politano, do Ateliê Oral Kids e diretor do Departamento de Odontologia para Gestantes e Neonatos da Associação Brasileira de Odontopediatria, o hábito de usar o acessório continua no Brasil, mesmo com a proibição da propaganda de chupetas no país pela Lei nº 11.265/2006.
Nos Estados Unidos, a Academia Norte-Americana de Pediatria passou a considerar positivo o uso da chupeta na hora de dormir somente a partir do primeiro mês de vida, com base em pesquisas que mostram que isso seria capaz de reduzir em até 90% o número de mortes súbitas. A morte súbita ocorre durante o sono, no primeiro ano de vida do bebê e não existe nenhum sinal prévio do risco.
No Brasil, as recentes diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) consideram que o uso de chupetas em crianças amamentadas atrapalha a dentição, a mastigação e a deglutição, a respiração, a fala e a linguagem oral, podendo causar otite média aguda e até a tendência no futuro de vícios orais, como fumar ou comer compulsivamente.
A principal preocupação com o uso da chupeta desde os primeiros dias de vida é o eventual risco de “confusão de bico” e desmame precoce, ou seja, quando a criança se acostuma com a sucção da chupeta e deixa o peito de lado.
Na prática, portanto, pode-se resumir tudo da seguinte forma, sempre com embasamento dos estudos publicados:
– Se possível, evite o uso da chupeta de modo geral;
– Evite-a, principalmente, no primeiro mês de vida;
– Caso opte pela chupeta, é fundamental usar uma com bico anatômico e somente nos momentos de grande irritação e sonecas;
– É preciso remover o hábito por completo, no máximo, até os 2 anos de idade.
Com essas considerações, as crianças terão menos riscos de problemas esqueléticos e musculares provocados pelo uso prolongado ou inadequado da chupeta. No entanto, o acompanhamento profissional é importante devido à predisposição que algumas podem ter a alterações.
Leia amanhã!
Como se alimentar durante a amamentação? Confira dicas nesta terça-feira (6)
Entenda e saiba como lidar com alguns dos principais desafios físicos da amamentação
De acordo com Lavínia Springmann, consultora de Amamentação da NUK, empresa alemã especializada em produtos para bebês e mães, os traumas mamilares mais frequentes são eritema, edema, fissuras, bolhas, marcas brancas, amarelas ou escuras e equimoses. A causa mais comum acontece pelo posicionamento ou pega inadequados. Outros fatores incluem mamilos curtos, planos ou invertidos, disfunções orais na criança e a não interrupção da sucção do bebê antes de retirá-la do seio, além das reações alérgicas causadas pelo uso de óleos e cremes nos mamilos.
A prevenção inclui amamentar com a técnica correta, manter os mamilos secos por meio do uso de protetores, amamentar em livre demanda e não utilizar produtos que retirem a proteção natural do seio. Se for preciso interromper a mamada, é aconselhável introduzir o dedo indicador ou mínimo pelo canto da boca do bebê, de maneira que a sucção seja interrompida antes de a criança ser retirada do seio.
O tratamento pode ser realizado por meio de compressas e uso de conchas de amamentação que ajudam a evitar o atrito da área afetada com a roupa. Também é importante que a mãe inicie a mamada com o seio menos afetado e ordenhe um pouco de leite antes do início para facilitar a pega correta.
O ingurgitamento mamário, popularmente conhecido como “leite empedrado”, ocorre quando há acúmulo de leite, causando dor e aumento do volume das mamas. Neste caso, o leite acumulado torna-se mais viscoso, dificultando a saída.
Uma vez gerado o ingurgitamento, é importante ordenhar um pouco de leite (manualmente ou por bomba) antes da mamada, massagear as mamas delicadamente, bem como usar compressas de água morna para ajudar na liberação do leite. Também é necessário que a mãe use com frequência sutiãs com alças largas e firmes e faça compressa de água fria logo após ou durante os intervalos das mamadas, que ajudam a diminuir o edema, a vascularização e a dor.
Um dos traumas mais conhecidos entre as mães é a mastite, que consiste em um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama, podendo progredir para uma infecção bacteriana. A lesão ocorre com maior frequência na segunda e na terceira semana após o parto e, por esse motivo, o leite acumulado e o dano tecidual resultante favorecem a instalação da infecção.
Quando há mastite, a parte afetada da mama se encontra dolorosa, hiperemiada (com aumento do fluxo de sangue no local), quente e com edemas. Em caso de infecção, ocorrem manifestações, tais como mal estar, febre alta e calafrios. Geralmente, a mastite sucede em apenas uma das mamas e seu tratamento se dá pelo esvaziamento adequado por meio da amamentação e se necessária, a retirada do leite após as mamadas.
Leia amanhã!
Confira, nesta segunda-feira (5), informações sobre a polêmica chupeta
Falta de empatia e desrespeito dos outros são grandes adversidades à amamentação
Além dos eventuais traumas fisiológicos que a amamentação pode causar às mães, os ambientes em que o aleitamento materno é feito também merecem atenção. Neste ano, a campanha anual de incentivo à amamentação do Ministério da Saúde destaca a importância do amparo de toda a rede de apoio (família, amigos, profissionais de saúde, empresários) aos pais, em especial às mulheres que estão amamentando.
Amamentar nem sempre é fácil. As adversidades podem ser tanto físicas e de saúde da mãe, quanto externas, quando a mulher não conta com compreensão por parte da rede de apoio (como amigos, familiares e até empregador) ou até de outras pessoas. Tanto é que existe um projeto de lei federal tramitando para proteger as mães desse problema.
Um exemplo claro de desrespeito aconteceu em 17 de julho, quando uma passageira amamentava a filha de 1 ano durante um voo internacional da companhia aérea KLM e foi abordada por uma comissária de bordo, que pediu que ela cobrisse os seios com um cobertor. A trabalhadora tomou a atitude após reclamações de outros passageiros, que consideraram a amamentação um ato “desrespeitoso” em público.
A mãe não aceitou a imposição e postou sobre o caso nas redes sociais. O caso viralizou e, no dia seguinte, a empresa aérea se posicionou o Twitter dizendo que é permitido amamentar durante voos, mas pede que as mães se cubram para evitar problemas com pessoas de outras culturas. O pediatra e homeopata Moises Chencinski, criador e incentivador do Movimento Eu Apoio Leite Materno, autor de blog homônimo e coautor do livro É mamífero que fala, né?, escreveu artigo sobra a questão. Confira o posicionamento:
“Obrigado, KLM: a amamentação agradece!
Estamos no Agosto Dourado, mês dedicado à sensibilização e à conscientização sobre a importância do aleitamento materno. Mas, todo ano, mesmo perto dessa data, aparecem situações que nos fazem refletir e repensar nossa postura e nossas ações.
Na semana passada (17/7), a empresa holandesa de aviação KLM protagonizou uma situação, no mínimo estranha. Durante um voo de San Francisco para Amsterdã, uma passageira que amamentava sua filha de 1 ano foi abordada pela comissária de bordo com um cobertor para que ela cobrisse os seios e a criança, por ter recebido reclamações de passageiros sobre essa atitude ‘desrespeitosa’.
A mãe, Shelby Angel, de Sacramento, na Califórnia, se negou a cobrir a filha e postou em sua página do Facebook, essa situação desagradável e constrangedora pela qual ela passou. As redes sociais da empresa KLM foram então inundadas por comentários e reclamações a respeito dessa atitude.
Em seu Twitter, no dia seguinte, a KLM explicou que ‘é permitido amamentar nos voos, mas, às vezes, é necessário pedir às mães que se cubram’ e que ‘essa era a política oficial da companhia aérea e que os passageiros precisavam respeitar pessoas de outras culturas, para preservar a paz em seus voos’.
Será que alguém respeitou a cultura dessa mãe e a de sua bebê de 1 ano de idade que estava, inocentemente, mamando, enquanto diziam que ‘para amamentar você vai ter que se cobrir e cobrir sua filha’?
Procurei nos sites da KLM qualquer informação a respeito da política relacionada à amamentação e, sinceramente, NÃO ENCONTREI NADA. Quando será que essa ‘política oficial’ foi divulgada? Será que essa ‘política oficial’ existe? Se alguém encontrar, favor encaminhar para conhecimento público.
A BBC ouviu outras companhias de aviação. A British Airways disse que ‘jamais impediria uma mãe de amamentar a bordo’. Afirmou ainda que ‘poderia providenciar privacidade se lhe fosse solicitado’. Já a empresa EasyJet disse que ‘suas passageiras são bem-vindas para alimentar seus bebês a bordo a qualquer momento’.
Enquanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a WABA (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) apresentam, desde 1992, campanhas na Semana Mundial de Amamentação (SMAM – 1º a 7 de agosto) para normalizar o aleitamento materno, favorecendo a saúde das mães (menos 20.000 mortes por câncer de mama por ano), dos lactentes (menos 823.000 mortes por ano de crianças abaixo de 5 anos de idade) e uma economia de mais de 300 bilhões de dólares anuais (se as mães amamentassem desde a sala de parto, exclusivo até o 6º mês de vida e complementado com alimentação saudável até 2 anos ou mais), ainda temos questões culturais que ‘erotizam’ o ato de amamentar, vindas de onde não se esperaria, culturalmente, esse tipo de atitude.
No Brasil, nossas ações através do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e de suas filiadas (incluindo a Sociedade de Pediatria de São Paulo) têm, por objetivo, aumentar as taxas de aleitamento materno para 50% em crianças até 6 meses de idade, seguindo a recomendação da OMS, até 2.025.
Hoje, existem leis municipais e estaduais (ainda não temos uma lei federal) que punem quem constranger uma mãe que amamenta em público. A amamentação vai além da questão nutricional e imunológica (passagem de anticorpos). Amamentar é vínculo, é olho no olho, é pele a pele.
Assim, lamentamos a atitude da empresa citada, de sua equipe de bordo, das pessoas no voo, que não foram identificadas, que se sentiram desconfortáveis com o ato absolutamente natural de uma mãe amamentando seu filho.
Aliás, se formos observar atentamente, há menos mães amamentando seus bebês em público do que seios à mostra no Carnaval e nas praias brasileiras, tão visitadas por turistas nacionais e internacionais. Se essa exposição é respeitada por todos, é encarada como normal (como deve ser) e é usada até como publicidade para se atrair investimentos em turismo para o Brasil, a amamentação pode e deve ser normalizada e respeitada.
E, concluindo, ‘agradecemos’ à KLM por essa atitude. Assim, conseguimos chamar a atenção para o aleitamento materno unir e mobilizar muitas famílias que, indignadas com essa atitude, aproveitarão a SMAM e o Agosto Dourado próximos e, mais sensibilizadas, propagarão e divulgarão cada vez mais o respeito ao aleitamento e a essas mães e bebês maravilhosos que nos mostram dia após dia, sua força e a importância dos vínculos. EMPODERAR MÃES E PAIS. FAVORECER A AMAMENTAÇÃO. Esse é o tema da Semana Mundial de Amamentação para 2.019.”
Leia amanhã!
Confira, neste domingo (4), as maiores dificuldades físicas da mãe ao amamentar, além de dicas para lidar com problemas, como mastite
Veja cinco passos para extrair o leite materno corretamente e 15 passos para doar no DF
Na semana e no mês da amamentação, o Blog da Primeira Infância traz ao público uma série de orientações e informações úteis sobre amamentação .
As bombas para extração de leite materno se tornaram fundamentais para algumas mamães. Atualmente, a retirada do leite faz parte da rotina das mães, seja para estocá-lo, manter a dieta dos bebês prematuros ou mesmo para extrair o excesso produzido, aliviando a mama, ou até mesmo para doar a bancos de leite. A bomba de extração facilita por ser prática, pela agilidade e por economizar no tempo.
A pediatra Fernanda Catharino, que é mãe de dois meninos, tem consultório no Rio de Janeiro e é autora do blog Colo de Pediatra, dá dicas para ajudar as mães a extrair o leite corretamente. Confira o passo a passo do que fazer:
1) Prender os cabelos, lavar as mãos e sentar-se confortavelmente;
2) Massagear as mamas com as pontas dos dedos do centro para a periferia;
3) Preparar os sacos de armazenamento;
4) Usar o próprio recipiente para realizar a extração;
5) Ao finalizar, mexer suavemente em movimentos circulares, anotar a data e colocar direto no freezer.
Ajude outros bebês doando leite
Se você é mãe, tem leite suficiente para seu bebê e mais, por que não doar para outros que precisam? É para ajudar as famílias que, pelos mais diversos motivos, não conseguem alimentar o filho com o leite da mãe. No Distrito Federal, as lactantes podem doar pelo portal Amamenta Brasília, ou entrando em contato pelo telefone 156, opção 4.
Para fazer a doação, a mulher deve estar amamentando, ser saudável e não usar álcool, cigarro ou drogas ilícitas. O serviço também solicitará exames de pré-natal (hemograma completo, VDRL e sorologias para HIV e hepatites), além de repassar orientações sobre ordenha e coleta.
É necessário apresentar um documento válido de identificação com o nome completo e fornecimento dos seguintes dados: endereço, telefone, escolaridade, profissão, informação de gestação e parto (em caso de pacientes nutrizes). Se for a sua primeira doação ou você estiver precisando, solicite o kit com o potinho vidro, uma touca e uma máscara para usar durante a coleta. Os bombeiros levarão até a sua casa ou você poderá pegar num Banco de Leite Humano mais perto. As mães interessadas também podem doar vidros para coleta para outras mães.
Confira o passo a passo para a doação no DF:
- Procure tirar o leite em um lugar limpo e tranquilo da casa.
- Use potes de vidro com tampa plástica.
- Ferva os potes por 15 minutos e deixe que sequem sobre um pano limpo.
- Use uma touca ou um lenço na cabeça.
- Coloque uma máscara ou amarre uma fralda sobre o nariz e a boca.
- Lave as mãos e os braços até o cotovelo com bastante água e sabão.
- Lave as mamas apenas com água.
- Seque as mamas e as mãos com um pano limpo.
- Massageie os seios com a ponta dos dedos, com movimentos circulares, e inicie a coleta diretamente no pote.
- Encha o pote até faltarem dois dedos para completá-lo e, caso seja necessário, recomece uma nova coleta em outro pote higienizado.
- Identifique o pote com seu nome e a data em que retirou o leite pela primeira vez.
- Para completar um pote que já está no congelador, faça a coleta em um copo de vidro e depois despeje no pote.,
- O leite pode ficar até 10 dias no congelador ou no freezer.
- Para agendar a coleta, ligue no número 160, opção 4.
- O Corpo de Bombeiros buscará a doação em sua casa ou você combinará de levar à unidade mais próxima.
Conheça os bancos de leite do DF:
- Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib)
- Hospital das Forças Armadas (HFA)
- Hospital Regional da Asa Norte (Hran)
- Hospital Universitário de Brasília (HUB)
- Hospital Regional do Paranoá
- Hospital Regional de Brazlândia
- Hospital Regional de Ceilândia
- Hospital Regional de Taguatinga
- Hospital Regional do Gama
- Hospital Regional de Santa Maria
- Hospital Regional de Sobradinho
- Hospital Regional de Planaltina
- Posto de Coleta de Samambaia (QS 614)
- Posto de Coleta de São Sebastião (Centro de Múltiplas Atividades)
Ainda tem dúvidas sobre amamentação?
O HMIB oferece gratuitamente palestras sobre: Cuidados com o bebê e amamentação (2º e 4º sábados do mês) e curso de preparação para o parto (1º e 3º sábados do mês). As palestras são de responsabilidade da equipe de residência de enfermagem do Hmib. Agendamento: de segunda à sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 12h e das 14h às 18h, pelo telefone (61) 2017-1608.
Leia amanhã
Confira neste sábado (3) orientações de como lidar com adversidades na amamentação