Nos tempos do rei Arthur

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Agora sim os ingleses têm um assunto sério para discutir. Chega de falar da saída da Europa, da bomba do Kim Jong e outros escapismos. Há um bebê real à vista; e pouca coisa é mais levada a sério do que a família real naquela estranha ilha – com ramificações pelo mundo afora, do Canadá à Austrália, passando pela Índia.

A criança – atenção: daqui mais um pouco abrem-se as apostas para tentar adivinhar o sexo do bebê, lembrando que, segundo o Tinder, há 37 opções para escolher – já nasce em quinto lugar, que é a posição do grid para ocupar o trono britânico. Pode surpreender.

Até porque a aposta mais emocionante sempre é a escolha do nome. Alice ou Arthur saem na frente, segundo os especialistas em nascimentos reais britânicos (além de torta de fígado, lá tem disso, assim como temos jabuticaba e cientistas políticos).

O problema de ser Arthur é que certamente haverá uma torcida mundial pelo falecimento dos quatro membros (ôpa!) reais que estão na frente. Afinal, quem não gostaria de viver nos tempos do Rei Arthur? Talvez assim até aquela peça musical do Rick Wakeman fizesse algum sentido.

Paulo Pestana

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