Onde andam os tremoços?

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Ainda bem que tem essas lojas que alugam roupa. Da próxima vez que me convidarem para ir num boteco que não conheça, passo por uma delas antes para pegar uma casaca, cartola e, quem sabe, polainas. Ainda mais se for um desses estabelecimento que participam do tal concurso Comida di Buteco, que de simples só tem letra ‘i’ no lugar […]

Mais do mesmo

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Maio trouxe o céu mais azul do mundo, o frio da noite – acompanhado dos bichinhos invisíveis que nos atacam por dentro – e o adeus à chuva. Já temos água na torneira, os gramados ainda vicejam e árvores estão cheias de frutos, especialmente amoreiras, mexeriqueiras e algumas pitangueiras mais teimosas. Mas a cidade ficou mais pobre. Não precisava ser […]

Sensações repetidas

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Nunca havia ouvido falar em Arnór Ingvi Trautason. Mas foi ele, obscuro jogador islandês que está no futebol grego, o responsável pela alegria de um garoto de seus 10 anos de idade que, na Banca do Brito, da 106 norte, completou o álbum da Copa da Rússia, com sua figurinha – a de número 305 – mesmo pagando caro; teve […]

Como era doce a borracharia

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A tecnologia já resolveu um monte de problemas, mas alguns continuam a perturbar nosso juízo. Não é um absurdo pneu furar? Ex-leitor dos quadrinhos de Flash Gordon e Buck Rodgers (e só porque não publicam mais!), ex-telespectador de Os Jetsons, cheguei a sonhar que um dia viveria num mundo sem rodas. E, portanto, sem pneus furados. Já tiraram a câmara […]

Desgraças musicais

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O rádio do carro estava no modo aleatório (shuffle), procurando uma emissora, quando começou a tocar uma canção sobre uma menina de olhos tristes, presa a uma cadeira de rodas; um drama. A música é de Fernando Mendes, especialista em tragédias musicadas –chegou a ser censurado em 1974 por Meu Pequeno Amigo, que tinha como tema o sequestro do menino Carlinhos, um […]

Lendas brasilienses

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                Com tão pouco tempo de vida, Brasília vem acumulando um bocado de estórias na sua História. Alias, nada é mais apropriado do que um termo que não existe para definir um caso que não pode ser comprovado. Estória é um neologismo criado por João Ribeiro, imortal sergipano da Academia Brasileira de Letras, em 1919, para designar os contos e […]

Nossos olhos azuis

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Por muitos anos, e graças à pena de Nelson Rodrigues, acreditamos que um simples jogo de futebol havia nos livrado do complexo de vira-latas que pesava sobre os ombros brasileiros desde sempre. Ou pelo menos desde que o conde francês Arthur de Gobineau desembarcou no Rio de Janeiro, em 1845, e chamou os cariocas de “macacos”. O inapelável placar de […]