Mês: outubro 2018
Há uma canção de Herivelto Martins e Marino Pinto que diz que segredo é para quatro paredes. Acredito nela, mas não ao ponto de cantar desbragadamente. Talvez por isso tenha tantas restrições a analistas, psicólogos e esse pessoal que vive de ouvir problemas alheios. Para mim não serve; sem meus segredos eu estaria irremediavelmente incompleto. Ainda levo fé na vida […]
A memória vai sendo embotada com o tempo – o disco rígido está cheio, me dizem – mas tenho quase que certeza que o nome dele era Samuel. Gerente da leiteria (note-se que é do tempo em que havia leiterias) e, com o sotaque luso ainda muito forte, fazia força para não ser confundido com o português da piada. Gostava […]
Não acredito mais em cigarras. Semana passava elas se engoelaram numa algazarra infernal e pararam de repente, anunciando uma chuva que, pelo menos até a hora em que essas linhas vão preenchendo a página branca, não caiu. Como diz minha mãe, e ninguém mais, que canícula! Eu sempre acreditei mais nesses insetos – que aliás não têm goelas, mas um […]