Impressionado com a retórica dos causídicos, João Bosco Marinho, sonhou ser advogado. Acabou atendendo ao capricho do pai, caminhoneiro sertanejo, e virou médico. Fez carreira e amigos em Brasília, mas não se esquece da terra natal, Santa Luzia do Cabugi, na Paraíba, e nem das palavras que tanto o encantaram. Já com mais de 60 anos, decidiu fazer música e poesia. E na mesa o bar do Luisão, no Lago Norte, como Marquês de Cabugi, ele canta como tudo começou:
O preço do violão
Foi num domingo de festa
Na casa de um amigo meu
Que eu perguntei ao tocador
– Quer vender seu violão?
Diante da minha proposta
Quis saber sua resposta
E ele disse: Não vendo não!
Não faça isso comigo
Não me exponha a esse castigo
Ponha um preço merecido
Pra vender seu violão
Quero cantar a alegria
Fazer minhas melodias
Fugir da vida vazia
Abraçado ao violão
Ele então me respondeu
Que mulher e violão
Não se empresta, não se vende
Não se troca, meu irmão
Mas para acabar com a questão
Vou abrir uma exceção:
O violão é seu
É um presente meu
Dado de coração!
Foi num domingo de festa
Que eu ganhei um violão
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